
A TV Globo revelou durante o programa Fant�stico um �udio gravado pela funcion�ria na noite de 16 de mar�o. No dia em quest�o, Rog�rio Caboclo chamou a funcion�ria � sua sala na sede da CBF, no Rio de Janeiro. O dirigente queria que ela tirasse a m�scara e aceitasse uma ta�a de vinho. Ela recusou.
Desconfort�vel, a mulher mandou mensagens a dois diretores da CBF pedindo ajuda. Quando um deles chegou, ela saiu da sala. Entretanto, Caboclo voltou a cham�-la e ela resolveu gravar a conversa.
A grava��o faz parte da den�ncia de ass�dio apresentada pela funcion�ria ao Comit� de �tica da CBF, na �ltima sexta-feira. Antes da den�ncia, o dirigente tentou fazer um acordo e ofereceu R$ 12 milh�es � funcion�ria. Ela recusou.
A seguir, trechos da transcri��o revelados pela Globo:
Rog�rio Caboclo: Seu cora��o t� no cabe��o ou no pilot�o (Nota da Reda��o: funcion�rios da CBF)?
Funcion�ria: Em nenhum dos dois.
Rog�rio Caboclo: Em quem est�?
Funcion�ria: N�o t� em ningu�m, � verdade. Mulher consegue ficar bem sozinha.
Rog�rio Caboclo: Eu conhe�o minha mulher h� 26 anos... J� apaixonei, pirei por amor.
[...]
Rog�rio Caboclo: Eu tinha te jurado que eu n�o ia falar sobre assuntos particulares. Ela tem a buceta dela e eu tenho o meu pau [...] Eu sou horroroso?
Funcion�ria: Chefe, eu n�o vou entrar no assunto da vida sexual de voc�s [ri constrangida].
Rog�rio Caboclo: [...] Ela vai fazer gin�stica, vai voltar tesuda [...]
Funcion�ria: Ent�o, todo mundo… deixa ela ser feliz.
Rog�rio Caboclo: Sabe o que eu sou contra? Nada [...] Voc� quer uma ta�a de vinho? [...] N�o... se n�o parece que eu t� louco [...] Posso te fazer uma pergunta?
Funcion�ria: Chefe, n�o vou me meter na sua vida sexual seu e da [...]. N�o vou, n�o vou.
Rog�rio Caboclo: N�o � isso. � na sua [vida pessoal].
Funcion�ria: Deixa a minha [vida pessoal] quietinha.
Rog�rio Caboclo: Voc� consegue resistir ao [...] todo dia dando em cima de voc�?
Funcion�ria: Consigo, n�s somos amigos. Acabei de falar, consigo, ponto, n�s somos amigos. E t� tudo bem, t� tudo certo, n�s somos amigos, a gente se d� bem, ele no sof�, eu no quarto e t� tudo bem. (Nota da Reda��o: aqui, a funcion�ria fala sobre um colega de trabalho com quem divide apartamento).
Rog�rio Caboclo: Eu n�o acredito.
Funcion�ria: Eu n�o tenho por que mentir, n�o.
Rog�rio Caboclo: T� bom. Segunda pergunta. Posso?
Funcion�ria: Fala.
[...]
Rog�rio Caboclo: Voc� se masturba?
Funcion�ria: Chefe, tchau.
Rog�rio Caboclo: Ei...
Funcion�ria: N�o quero falar disso, n�o quero. Eu vou avisar ao [...] que voc� t� l� embaixo.
A defesa de Rog�rio Caboclo enviou � Globo e ao GE a seguinte nota:
"Rog�rio Caboclo nega veementemente ter cometido qualquer ato de ass�dio. Embora ele reconhe�a que houve brincadeiras inadequadas e excesso de intimidade, � preciso deixar claro que essas decorreram do fato de que havia uma rela��o de amizade entre ambos, que a denunciante esteve v�rias vezes na casa dele, convivia com sua fam�lia e que ambos conversavam com frequ�ncia sobre assuntos de natureza pessoal. Mas jamais ele se aproximou fisicamente da denunciante, menos ainda fez qualquer movimento ou proposta no sentido de se aproveitar de forma libidinosa dela. Denunciante omite o fato de que, por v�rias semanas, negociou acordo em torno da quest�o, e at� constituiu advogado para tanto, tendo feito pedido inicial de 12 milh�es de reais, em troca da n�o divulga��o da grava��o. Estranhamente, acabou por fazer a den�ncia, tr�s meses ap�s a data em que realizou a grava��o, e em dia de jogo oficial da Sele��o Brasileira. Minutas de acordo foram comprovadamente trocadas, mas, ao que parece, ao final, a denunciante n�o se contentou com seus termos".
Procurada pela Globo, a defesa da funcion�ria afirmou que jamais houve algum pedido por parte dela, mas sim uma oferta, que foi recusada.
'Cadelinha'
Em outro momento, a funcion�ria ainda alega que foi insultada durante um dia de trabalho na resid�ncia de Rog�rio Caboclo, em S�o Paulo. Ap�s consumo de bebida alco�lica, o dirigente teria chamado a funcion�ria de "cadelinha" e oferecido biscoitos de cachorro para ela. Repreendido, ele simulou latidos. No dia seguinte, ele teria afirmado para a funcion�ria que as roupas de trabalho dela n�o eram compat�veis com o cargo.
A funcion�ria pediu licen�a no dia 9 de abril deste ano. Depois disso, houve uma negocia��o para que o caso fosse abafado. Segundo a den�ncia, Caboclo queria que ela desse declara��es falsas para a imprensa e assinasse um documento desmentindo os ocorridos denunciados por ela.