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Estado de Minas Coluna do Bob Faria

Bob Faria // Muito suor e pouca emo��o

O torcedor n�o sente falta s� do resultado. � do cora��o batendo mais forte, da emo��o envolvida em ser n�o s� o l�der, mas de ter uma alma aquecida


19/07/2022 04:00

Bob Faria


N�o conhe�o pessoalmente o t�cnico do Atl�tico. Portanto, obviamente, n�o tenho embasamento algum para falar sobre seu temperamento, sua maneira de lidar com as pessoas ou mesmo seus valores individuais como ser humano. Tudo o que se possa dizer a seu respeito tem origem �nica e exclusivamente na observa��o daquilo que seu time apresenta em campo. Que isso fique muito claro.

Assim, me surpreende que embora um olhar r�pido possa sugerir que est� tudo bem, porque os n�meros e a posi��o nas tabelas mostram isso (o time est� entre os primeiros do campeonato Brasileiro, classificado na Libertadores), h� um distanciamento enorme entre o treinador e o cora��o da torcida. Por qu�?

N�o se pode analisar os m�todos de treinamento dele. Ningu�m tem acesso irrestrito a ponto de poder opinar sobre isso. Ent�o vamos nos atentar ao que pode ser observado. A qualidade do jogo coletivo que o time mostra. E � a� que a coisa desanda, porque se h� poucos dados para se comparar, o que sobra � a mem�ria afetiva. E a mem�ria afetiva do torcedor � a de uma equipe que praticamente com os mesmos jogadores empolgava, amassava advers�rios e dava espet�culo, comandados por um treinador comunicativo, carism�tico e, por vezes, at� exc�ntrico numa boa medida.

� disso que o torcedor sente falta. N�o � s� do resultado. � do cora��o batendo mais forte, da emo��o envolvida em ser n�o s� o l�der, mas de ter uma alma aquecida. O atl�tico de Tony Mohamed � um time que sua muito, mas emociona pouco, n�o faz os olhos brilharem. E times assim podem at� vencer, mas n�o ficam na mem�ria, n�o fazem hist�ria.

N�o vejo uma solu��o em curto prazo. N�o h� como mudar um padr�o de comportamento assim de uma hora para outra. E duvido que essa seja a vontade do treinador. Ele � como � e faz como faz. A equipe � um reflexo do seu comandante.

Talvez, e s� talvez, estejamos vendo um rar�ssimo caso em que o “resultadismo” esteja sendo sobreposto pela necessidade de emo��o. A torcida do Galo � um nervo exposto e precisa ser representada com mais energia. � o que a arquibancada chama de “ra�a”. Mas que pode ser traduzido como aquela sensa��o de que tudo gira em volta do que est� acontecendo no gramado. Como se cada jogador, e evidentemente o t�cnico, fosse uma extens�o do sentimento que vem de fora. � a alma atleticana permeando o jogo. Ouso dizer que � disso que se est� sentindo falta.

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