
Admirado ao redor do mundo, o cristal � uma manifesta��o de arte que, atrav�s do fogo e do sopro, transforma a areia em um objeto de desejo. Essa arte milenar surgiu h� 5 mil anos antes de Cristo. Os primeiros ind�cios do vidro que se tem na hist�ria foram com um grupo de mercadores fen�cios, que comercializavam o objeto em uma praia do Rio Belo, na S�ria. Mas foi a partir do s�culo 13, na Ilha de Murano, pr�xima a Veneza, na It�lia, que o cristal ganhou proje��o mundial. Suas cores e formatos s�o �nicos, j� que a produ��o � artesanal, o que chama a aten��o .
TRADI��O
A t�cnica da fabrica��o do cristal de Murano come�ou em Veneza, na It�lia. Era um segredo de fam�lia passado de gera��o para gera��o. Em 1291, os cristaleiros foram obrigados a se mudar para a ilha de Murano, na costa de Veneza. H� duas vers�es sobre essa medida. A primeira, disseram que seria por preven��o contra o risco de inc�ndio, j� que a fabrica��o do cristal necessita de altas temperaturas para a fundi��o do vidro e a maior parte das constru��es em Veneza era de madeira. E a segunda, seria uma forma de o governo italiano confinar as fam�lias de vidreiros na ilha e, dessa forma, impedir que o conhecimento da t�cnica fosse compartilhado.
Com a presen�a dos artes�os na ilha, as t�cnicas de produ��o foram se aprimorando e surgiram cristais com novos formatos e cores. Destaca-se o trabalho da fam�lia Barovier – criadores da empresa Barovier em 1295, e que mais tarde passou a ser chamada de Barovier & Toso –, que � considerada, at� os dias de hoje, a empresa mais criativa por fabricar verdadeiras rel�quias em cristal. Em 1861, foi aberto em Veneza o Museo del Vetro, que conta toda a hist�ria do vidro, e claro, a maestria sem igual das belas esculturas de Murano.
* Estagi�ria sob a supervis�o do subeditor Carlos Altman