Terra Santa para os crist�os, Israel para os judeus e Palestina para mu�ulmanos e �rabes – nesta viagem, “os caminhos das �guas” levam � paz interior e � contempla��o da beleza, refletindo uma parte da hist�ria da humanidade. O pa�s tem o tamanho do estado brasileiro de Sergipe, ent�o as dist�ncias entre os lugares mais visitados n�o s�o l� imensas. E melhor: as rodovias s�o seguras, preservadas e bem policiadas. Depois do Mediterr�neo, vamos nos emocionar na Galileia, que tem outro mar – na verdade, um lago de �gua doce – e um territ�rio demarcado pela hist�ria de Jesus, Maria e Jos�. Na orla, est� a Igreja da Primazia de S�o Pedro ou Mensa Christi (a Mesa de Cristo), sinalizando o local em que o Filho de Deus apareceu pela terceira vez ap�s a morte na cruz.
Na regi�o, onde o Messias foi batizado no Rio Jord�o, andou sobre as �guas, multiplicou p�es e peixes e fez o Serm�o da Montanha, alegrias e l�grimas v�o se misturar em cada canto, e deixar o cora��o em festa. E os l�bios silenciosos – ali�s, evite conversar alto dentro das igrejas, pois sempre haver� algu�m para falar em ingl�s, em alto e bom som, SSSSShhh... Silence, please! (sil�ncio, por favor!), e, dependendo do tamanho da balb�rdia, Shut up!, o popular “cala a boca”. Os pedidos costumam ser mais severos � medida que se intensifica o som das vozes estrangeiras.
Com vista para o Mar da Galileia e localizada no topo do Monte das Bem-Aventuran�as, a Igreja das Beatitudes marca o lugar que Jesus pregou o Serm�o da Montanha: “E Jesus, vendo a multid�o, subiu a um monte e, assentando-se, aproximaram-se dele seus disc�pulos” (Mateus 5:1-2). Vale lembrar que os franciscanos s�o guardi�es, h� mais de 800 anos, da quase totalidade dos santu�rios cat�licos na Terra Santa. No dia ensolado em que estive na igreja, um padre da Guatemala atendeu prontamente minha solicita��o e me deu uma b�n��o, no jardim. Como ocorre em todo o circuito tur�stico, h� lojinhas com suvenires, na forma de ter�os, medalhas, imagens e outras lembran�as do templo octogonal que remete �s oito b�n��os, uma escrita em cada parede.
Um dos momentos mais esperados da viagem, pelo menos para mim, era o momento de mergulhar nas �guas do Rio Jord�o. N�o se sabe exatamente se foi em Yardenit que o batismo de Cristo ocorreu, mas s�o as “�guas sagradas” das Escrituras e isso j� me deixa feliz e curioso. Entrar no rio sem camisa ou de sunga, nem pensar. � preciso alugar uma t�nica branca e colocar por cima do cal��o. O pre�o, incluindo toalha, � de 10 d�lares.
Ningu�m precisa se assustar com a multid�o querendo se batizar ou rebatizar: ali est�o muitos grupos de religiosos interessados nesse momento especial. Quem est� de passagem, pode chegar num canto do rio e entrar tranquilamente – segui a orienta��o de um pastor norte-americano e n�o tive problemas. O curso d'�gua desperta bons sentimentos e faz bem. Tem tonalidade verde e d� para entrar sem medo, pelo menos na beira.
Ir � Terra Santa e n�o trazer para os amigos um vidrinho da �gua do Jord�o � pecado. E muita gente ainda pede um pouquinho de terra. Sem problemas. Voc� poder� comprar vidrinhos, vidr�es e at� gal�es com o l�quido (pense na hora de voltar, viu?). E voc� pode tamb�m comprar os recipientes e ench�-los calmamente. Fiz isso cinco vezes, bem na beiradinha, mas fui surpreendido por um pato enorme que insistia em me empurrar para a �gua. Assim que acabei meu ritual, olhei para cima e vi quatro adolescentes me filmando, rindo e esperando que eu...tibum...ca�sse na �gua. Mas sa�ram frustrados, gra�as a Deus.
MILAGRE Na sequ�ncia, fomos para Tabgha, palavra derivada do grego (Heptapegon), que significa sete nascentes. No passado, dizem os historiadores, sete nascentes neste ponto e convergiam para o Mar da Galileia, mas hoje s� h� cinco. Neste ponto, Jesus fez o milagre do p�o e dos peixes para alimentar uma multid�o. N�o deixe de apreciar os mosaicos que recriam os p�es e os peixes, com um detalhe: a lojinha vende pedras com os desenhos, um presente bem legal que, sem d�vida, vai fazer o maior sucesso na volta para casa.