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Estado de Minas ESPECIAL BEL�M DO PAR�

Conhe�a a hist�ria, lendas e milagres de Nossa Senhora de Nazar�

Registros hist�ricos apontam o ano de 1793 como o in�cio da venera��o � m�e rainha da Amaz�nia


postado em 01/10/2019 04:00 / atualizado em 01/10/2019 13:37

Durante o Círio de Nazaré, fiéis carregam sobre a cabeça réplicas de barcos e casas durante a festividade religiosa (foto: Paulo Santos/Reuters)
Durante o C�rio de Nazar�, fi�is carregam sobre a cabe�a r�plicas de barcos e casas durante a festividade religiosa (foto: Paulo Santos/Reuters)

A devo��o a Nossa Senhora de Nazar� remonta ao in�cio da coloniza��o portuguesa no Brasil. O termo c�rio vem da palavra latina cereus, que significa vela ou tocha grande. Por ser a principal oferta dos fi�is nas prociss�es em Portugal, com o tempo o termo passou a ser sin�nimo da prociss�o de Nazar� em Bel�m e de muitas outras cidades pelo interior do estado.
 
H� diversas vers�es para o in�cio do louvor � Virgem de Nazar�, em Bel�m. A mais compartilhada por s�culos diz que tudo teve in�cio quando o caboclo Pl�cido Jos� de Souza encontrou, no ano de 1793, uma pequena imagem de Nossa Senhora �s margens do Igarap� Murutucu, onde hoje fica os fundos da Bas�lica Santu�rio de Nossa Senhora de Nazar�.
 
 
 
De acordo com a lenda, o caboclo levou a imagem para casa, mas n�o a encontrou no dia seguinte. A santa foi localizada novamente no igarap�. O fato repetiu-se durante alguns dias e a not�cia do “desaparecimento” se espalhou, provocando a interven��o das autoridades civis e eclesi�sticas, fazendo com que fosse levada para o Pal�cio do Governo, para o Pa�o Episcopal e � rec�m-erguida catedral, de onde ela tamb�m sumiu, sendo encontrada mais uma vez no Igarap� Murutucu.
 
Entendendo que era o desejo da Virgem permanecer no igarap�, a comunidade cat�lica de Bel�m construiu uma ermida no local onde a imagem foi encontrada, o que deu in�cio � romaria e � devo��o do povo da capital paraense
 

Prociss�es

 
O primeiro c�rio foi realizado na tarde de 8 de dezembro de 1793, saindo do pal�cio do governo. Esste roteiro se manteve at� 1881. Em 1854, o c�rio passou a ser realizado de manh�, para evitar as chuvas, que s�o mais comuns no per�odo da tarde. A partir de 1882, o bispo dom Macedo Costa, de comum acordo com o presidente da Prov�ncia,  Justino Ferreira Carneiro, resolveu que o ponto de partida seria a Catedral de Bel�m, como � at� hoje. A imagem que participa das prociss�es � uma r�plica, j� que a santa encontrada por Pl�cido tem mais de 226 anos. Apenas no c�rio de n�mero 200, em 1992, a imagem original saiu na prociss�o.
 


Milagres e promessas

Penitência dos romeiros é uma das demonstrações de fé no Círio(foto: Paulo Santos/Reuters)
Penit�ncia dos romeiros � uma das demonstra��es de f� no C�rio (foto: Paulo Santos/Reuters)
Diversos milagres s�o atribu�dos pelos crist�os a Nossa Senhora de Nazar�.Um dos mais conhecidos teria sido a gra�a alcan�ada pelo fidalgo portugu�s dom Fuas Roupinho, cujo cavalo no qual galopava saiu em disparada em dire��o a um abismo. Ao perceber que morreria, o fidalgo pediu a prote��o de Nossa Senhora e o cavalo conseguiu parar.
 
Outro milagre aconteceu no ano de 1846, com os passageiros do barco portugu�s S�o Jo�o Batista, que deixou Bel�m rumo a Lisboa. A embarca��o naufragou durante a viagem, e os passageiros foram salvos por um bote que os trouxe de volta a Bel�m. Depois de um tempo, foi descoberto que tanto o barco quanto o bote teriam transportado a imagem de Nossa Senhora de Nazar� a Lisboa, para ser restaurada.
 
Diversos fi�is que t�m suas gra�as alcan�adas acompanham o c�rio com uma representa��o das suas promessas. S�o objetos de cera, miniatura de barcos, casas e at� mesmo cadernos e livros. Esses objetos s�o depositados nos carros das promessas. Ao todo, s�o 13 carros: carro de Pl�cido, barca dos escoteiros, barca nova, quatro carros dos anjos, cesto de promessas, barca com velas, barca portuguesa, barca com remos, carro dom Fuas e carro da Sant�ssima Trindade.
 
Os objetos depositados nos carros do c�rio, e que representam as gra�as alcan�adas pela intercess�o de Maria, v�o para a Mem�ria de Nazar�, exposi��o permanente em espa�o montado ao lado da Casa de Pl�cido desde o ano passado, e tamb�m no Museu do C�rio, instalado no Complexo Feliz Lusit�nia.
 
O C�rio de Nossa Senhora de Nazar� e seu conjunto de manifesta��es religiosas e culturais recebeu da Unesco, em 2015, o t�tulo de patrim�nio imaterial da humanidade, e em 2004, foi inscrito pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) como patrim�nio cultural de natureza imaterial brasileiro.

*O rep�rter viajou a convite do governo do Par�
 


Recantos de f�

 
Templos religiosos Al�m da Bas�lica de Nazar�, outras igrejas merecem destaque ao visitar a capital paraense durante o C�rio 
 
Riqueza dos detalhes do altar da Basília de N. S. de Nazaré(foto: Paulo Santos/Reuters)
Riqueza dos detalhes do altar da Bas�lia de N. S. de Nazar� (foto: Paulo Santos/Reuters)
O local mais visitado por moradores e visitantes de Bel�m, o templo � o auge da festa do C�rio de Nazar� 2019. L�, a imagem da Virgem de Nazar� � depositada depois da grande prociss�o pela cidade. Al�m de ser um s�mbolo forte na cultura paraense, a bas�lica chama a aten��o pela arquitetura neocl�ssica. Foi constru�da em 1852, no mesmo lugar onde foi encontrada a imagem de Nossa Senhora pelo caboclo Pl�cido, �s margens de um rio que hoje n�o existe mais na cidade, chamado Igarap� Murucutu. No altar, a imagem original da santa permanece no Gl�ria (espa�o elevado ornado com anjos e esplendores) durante o ano todo, sendo retirada somente no dia da missa ap�s a romaria fluvial para a apresenta��o dos fi�is.Localiza��o: Avenida Nazar� – Pra�a Justo Chermont.

Catedral Metropolitana


Constru�da em 1748, foi a primeira igreja dos paraenses dedicada a Nossa Senhora das Gra�as, em Bel�m. Ela chama a aten��o por 28 candelabros ingleses de bronze. Tamb�m � no local que se inicia a celebra��o do C�rio de Nazar�.
Localiza��o: Pra�a Dom Frei Caetano Brand�o – Cidade Velha.

Igreja Santo Alexandre

Constru�da em estilo barroco amaz�nico, em 1698, pelos jesu�tas e com m�o de obra ind�gena, � o templo mais antigo de Bel�m. O local tamb�m abriga o Museu de Artes Sacras de Bel�m (MAS), com um acervo de 300 pe�as e obras que datam dos s�culos 18 e 20. Localiza��o: Pra�a Dom Frei Caetano Brand�o – Cidade Velha. 
 
 

Programa��o

Na véspera do Círio de Nazaré, centenas de barcos acompanham a romaria fluvial pela Baía do Guajará(foto: Thiago Gomes/Setur)
Na v�spera do C�rio de Nazar�, centenas de barcos acompanham a romaria fluvial pela Ba�a do Guajar� (foto: Thiago Gomes/Setur)
 
O C�rio de Nossa Senhora de Nazar� deste ano ter� como tema “Maria M�e da Igreja”. No pr�ximo dia 13, a grande prociss�o percorre as principais ruas de Bel�m, saindo da Catedral Metropolitana de Bel�m/Catedral da S�, �s 6h30, em dire��o � Bas�lica Santu�rio de Nossa Senhora de Nazar�, reunindo fi�is paraenses num conjunto de manifesta��es religiosas que envolvem profunda f� e devo��o. Al�m de atrair grande fluxo tur�stico nacional e internacional, principalmente relacionado ao turismo religioso. A santa missa que antecede a grande prociss�o ocorre na Pra�a Frei Caetano Brand�o (em frente da Catedral da S�), �s 5h. 
 
Na quinta-feira (10), na Bas�lica de Nazar�, tem apresenta��o do t�o esperado manto que ser� usado pela santa nas prociss�es deste ano. No s�bado, v�spera do c�rio, ocorrem as romarias rodovi�ria, fluvial e a de moto.

Servi�o


Hotel Regente
Pacote C�rio de Nazar� 
De 11 a 14/10
Su�tes superior ou m�ster para casal – R$ 2.397 (N�o h� mais reservas para as categorias inferiores).
O pacote inclui o KIT C�rio, com direito a uma camiseta exclusiva 
da santa, al�m de brindes que incluem bombons regionais, almo�o e jantares degustando comidas t�picas paraense e shows de dan�as folcl�ricas, como carimb� e frevo.
 
 


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