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Estado de Minas Delta do Parna�ba

Conhe�a as esculturas naturais do Parque das Sete Cidades

Esculpidas h� milh�es de anos, forma��es rochosas surpreendem os turistas que visitam o parque, no Piau�


04/02/2020 04:00 - atualizado 05/02/2020 14:24

Do mirante do parque se avistam as formações rochosas esculpidas na região de Piripiri pela ação das chuvas e do vento(foto: Bertha Maakaroun/em/d. a press)
Do mirante do parque se avistam as forma��es rochosas esculpidas na regi�o de Piripiri pela a��o das chuvas e do vento (foto: Bertha Maakaroun/em/d. a press)


Numa das �reas mais secas do Nordeste, na transi��o entre o cerrado e a caatinga, anunciam-se na bacia sedimentar do Rio Parna�ba assombrosos afloramentos de rochas da Era Paleozoica (entre 416 milh�es e 359 milh�es de anos). Tais forma��es geol�gicas insinuam-se por entre folhagens de muricis, paus-terra, palmeiras, buritis, carna�bas, tucuns, entre tantas outras manchas da vegeta��o que preserva juazeiros, juremas, aroeiras e cactos, como o xique-xique e a coroa-de-frade.
 
Obra da a��o da chuva, do vento e do calor inclemente sobre as rochas de arenito, as monumentais esculturas naturais de dezenas de metros ganham o ritmo da imagina��o: o Dedo de Deus, o Arco do Triunfo, Cabe�a de Dom Pedro, Cabe�a de �ndio, Casco de Tartaruga, a Pedra do Elefante, as pedras do Cachorro, da R�, o p� de um gigante, o beijo dos lagartos, o mapa do Brasil, os tr�s reis magos, a Pedra do Falo, entre tantas outras quantas mais a vista desvendar.
 
A Pedra da Biblioteca faz parte dos 26 sítios arqueológicos catalogados pelo Iphan(foto: Bertha Maakaroun/em/d. a press)
A Pedra da Biblioteca faz parte dos 26 s�tios arqueol�gicos catalogados pelo Iphan (foto: Bertha Maakaroun/em/d. a press)
Esse � o Parque Nacional das Sete Cidades, no Piau�. Foi criado em uma �rea de 6.304 hectares atrav�s do Decreto 50.744, de 5 de junho de 1961. Est� localizado entre Teresina e Parna�ba, ao norte do estado, nos munic�pios de Piripiri e de Piracuruca, a 217 quil�metros da capital. T�o enigm�ticas quanto espetaculares, provocam ao longo da hist�ria especula��es. A primeira not�cia oficial sobre as estranhas forma��es foi feita pelo conselheiro Trist�o de Alencar Araripe ao Instituto Hist�rico e Geogr�fico, denominando-a de “Cidades petrificadas e inscri��es litogr�ficas no Brasil”, em 9 de dezembro de 1886. Mais tarde, as sete cidades de pedra foram consideradas “ru�nas de cidades fen�cias fundadas h� tr�s mil anos” pelo historiador austr�aco Ludwig Schwennhagen, nas primeiras d�cadas do s�culo passado. Houve ainda quem nelas identificasse heran�a de vikings. Nos anos 60, Erich von D�niken, autor de Eram os deuses astronautas?, descreveu-as como uma evid�ncia da presen�a da intelig�ncia extraterrestre na Terra.
 
Ap�s a travessia do Arco do Triunfo e da gigantesca “biblioteca” – superf�cie de eros�o na base de um dep�sito de canal – com os seus “livros” e “documentos” empilhados, ambos na Segunda Cidade, � do mirante, a 82 metros, ponto mais alto do parque, que a mais abrangente paisagem c�nica salta no horizonte como a magia de um conto ficcional. Separados entre si pela vegeta��o de transi��o – que abriga os sete diferentes grupos de afloramentos rochosos esculpidos pelas for�as naturais, exalam mist�rios e quem sabe, os detalhes nem sempre revelados, da evolu��o entre os �ltimos 190 a 200 milh�es de anos. Em cada “cidade petrificada”, os monumentos naturais erguem-se no horizonte da vegeta��o em tonalidades cambiantes ao sabor da luz do dia.
 
Ainda na Segunda Cidade, entre os pontos de maior interesse do parque, est�o os pitorescos pared�es monumentais que foram o espa�o escolhido pelo homem pr�-hist�rico para deixar a sua imortalidade em pinturas monocrom�ticas. Um deles leva o nome de Pedra do Americano e dos Seis dedos: em 1951, quatro americanos ali acampados determinaram que moradores cavassem a base de uma rocha, orientados por algumas inscri��es em forma de setas que apontam para baixo. Os americanos nunca informaram o que levaram, mas no local foram encontrados restos de carv�o. Dez anos depois, em 1961, eles retornaram ao parque, na ocasi�o j� sob a administra��o do ent�o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), que proibiu qualquer tipo de escava��o.
 
Na Pedra do Americano e dos Seis Dedos h� diversos desenhos geom�tricos, registros de m�os, entre as quais uma de seis dedos. Essas inscri��es foram datadas pelo m�todo do carbono 14 com idade presum�vel de 6.000 anos. Mas a idade das inscri��es � pol�mica: h� autores que as interpretam como p�s-colombianas, do s�culo 19. Historiadores brasileiros consideram que a �rea teria sido habitada pelos �ndios da na��o tabaranas, das tribos dos quirirus e dos jenipapos. O territ�rio desses �ndios abrangia �rea limitada ao Norte pela regi�o costeira, a Oeste pelo Rio Parna�ba, ao Sul pelo Rio Poty e a Leste pela Serra da Ibiapaba.
 
O parque tem 26 s�tios arqueol�gicos catalogados pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan). E diversas piscinas naturais e quedas d'�gua, como a espetacular Cachoeira do Riach�o, que com os seus 15m de altura � muito procurada pelos visitantes. Todo esse ecossistema, protegido, � h�bitat para aves como o jacu, a seriema, o nambu (tamb�m conhecido como perdiz e p�-vermelho), o papagaio, o pica-pau, o sabi�, al�m de periquitos, corujas, sericoras (ou galinha-d’�gua, com tamb�m � conhecida), aracoans, galos-da-campina, can�rios e rolinhas. Entre os animais est�o a jaguatirica, a on�a ma�aroca, o veado, pebas, tatus, moc�s, guaxinims, raposas, gatos-maracaj� e iguanas.


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