Natal e R�veillon, datas que costumam levar milhares de pessoas aos
aeroportos
, exigem cuidados adicionais que o viajante tem de tomar, sobretudo num ano de pandemia.Espera-se que cerca de 130 mil pessoas embarquem no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em
Confins
, na Grande BH, at� as v�speras da virada. Passado esse per�odo, a estimativa sobe a 140 mil passageiros.
Em meio � pandemia de COVID-19, a tranquilidade dessas viagens n�o � a mesma. Uma s�rie de cuidados precisam ser adotados pelos viajantes, como alerta o infectologista Carlos Starling , diretor da Sociedade Mineira de Infectologia. “Desde a sa�da de casa at� o embarque, a primeira coisa a se preocupar � com as m�scaras de prote��o individual.
� preciso levar mais de uma para que a troca possa ser feita de acordo com as necessidades e, se poss�vel, a cada quatro horas”, recomenda. Se os planos para o fim de ano incluem uma viagem, lembre-se de acrescentar m�scaras de prote��o individual � sua lista de itens indispens�veis na bagagem, de acordo com os dias os quais vai passar fora de casa e, tamb�m, leve em conta a necessidade de troca.
Carlos Starling destaca, ainda, que durante a espera pelo embarque e no voo, tendo em vista a maior possibilidade de contato e de cont�gio, � importante que a prote��o seja refor�ada com o uso das m�scaras face shield. “A prop�sito, use m�scaras de boa qualidade e, se poss�vel, d� prefer�ncia para as cir�rgicas”, indica o infectologista. Numa viagem feita em curto espa�o de tempo, outra dica dada por Carlos Starling � evitar retirar a m�scara e se alimentar.
“At� quatro horas, n�o h� necessidade de retirar a m�scara e nem o face shield, inclusive porque nunca se sabe quem est� sentado ao seu lado e a condi��o cl�nica dessa pessoa”, diz. Nesse cen�rio, observe tamb�m o distanciamento social m�nimo de dois metros e a higieniza��o das m�os, justamente para evitar a contamina��o pelo v�rus – duas medidas cl�ssicas do cotidiano e que devem ser respeitadas tamb�m durante os voos e viagens.
� o que diz o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estev�o Urbano. “Deve-se evitar ao m�ximo locais cheios e ficar pr�ximo das pessoas, seja em filas ou em qualquer momento de espera ou embarque, principalmente se elas estiverem sem m�scara. A aglomera��o � um risco. Por isso, � importante que o turista fique o menor tempo poss�vel dentro das instala��es do aeroporto e, quando necess�rio estar, mantenha sempre a dist�ncia m�nima e busque fazer a higieniza��o com o �lcool 70%.”
“O v�rus se transmite pela proximidade e, geralmente, pelas got�culas respirat�rias. Por isso, tem-se que fazer no aeroporto, tudo o que voc� faria em casa ou na rua, por exemplo. E o fundamental � manter o uso da m�scara nos aeroportos com o m�ximo de rigor, porque ali frequentam pessoas de v�rias cidades, �s vezes, de v�rios pa�ses, e isso aumenta muito a chance de contamina��o. Aeroporto � um local cr�tico. Ent�o, higiene das m�os, distanciamento e m�scara s�o 100% importantes. � fundamental”, completa.
Ainda segundo Carlos Starling, um ponto de preven��o importante � a realiza��o do exame de diagn�stico antes do embarque e at� mesmo antes de chegar at� o aeroporto. “A �ltima coisa que voc� quer, com certeza, � levar o v�rus de presente para quem voc� ama, caso as viagens sejam feitas para visitas em fam�lia. Mas independentemente, fa�a um teste antes das viagens. Existem at� mesmo laborat�rios de base dentro dos aeroportos. Vale a pena”, observa o infectologista. Protocolos Estev�o Urbano, presidente da SMI, enfatiza, ainda, os cuidados que as companhias a�reas t�m de adotar desde o preparo da viagem at� o desembarque no destino escolhido.
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins, na Grande BH, informa, em seu site, uma s�rie de protocolos e recomenda��es para manter a prote��o de passageiros e profissionais do setor a�reo. Os cuidados indicados se dividem em quatro vertentes: prepara��o para a viagem, chegada e perman�ncia no aeroporto, seguran�a a bordo e desembarque. Antes de chegar ao aeroporto, certifique-se de que separou suas m�scaras de prote��o individual, haja vista a obrigatoriedade do uso do acess�rio em toda a viagem, seja em aeroportos ou aeronaves.
Al�m dos turistas, todas as pessoas envolvidas na viagem devem fazer uso dos equipamentos de seguran�a individual. “A utiliza��o do item � uma garantia para a prote��o do passageiro e dos demais viajantes, das pessoas que trabalham nos aeroportos e dos tripulantes. Todos devem usar m�scaras e j� chegar no aeroporto com a prote��o, que pode ser de tecido”, informa o site do terminal.
O check-in pode ser feito por meio da internet. Caso isso n�o seja poss�vel, a recomenda��o �: distanciamento social m�nimo de dois metros entre os passageiros na fila de espera para o atendimento. Essa dist�ncia deve ser respeitada, tamb�m, em demais �reas do aeroporto durante a espera do embarque. Justamente por isso, o protocolo obriga que parte dos assentos sejam bloqueados pelo terminal, evitando a proximidade dos passageiros.
Dentro dos avi�es, antes de cada embarque, est� sendo feita desinfec��o completa das aeronaves, o que n�o significa que o turista pode relaxar. Ap�s o embarque, o passageiro deve evitar contato com os tripulantes, levantando-se s� ap�s autoriza��o. O uso de �lcool 70% em gel � indicado dentro dos avi�es.
Por isso, n�o o esque�a em casa e se atente as regras de transporte: na bagagem de m�o � limitado a n�o mais do que 500 ml e com o fechamento em perfeito estado para prevenir a libera��o do conte�do. No caso de voos internacionais, s�o exigidos os frascos de �lcool em gel de pl�stico transparente e com capacidade m�xima de 1000ml. Assim como artigos considerados perigosos, n�o se deve transportar mais que dois quilos ou dois litros por pessoa.
Destino
Os cuidados adotados pelos passageiros no embarque devem ser mantidos no momento do desembarcar e retirar bagagens. Ao chegar ao destino, a recomenda��o � de que os tripulantes aguardem a chamada do comandante e a abertura das portas para se levantarem e, s� ent�o, preparem a sa�da. Na retirada de bagagens tamb�m � necess�rio seguir o distanciamento social. Orienta��es sobre como manter a seguran�a est�o dispon�veis no site oficial do Aeroporto Internacional de BH, na aba de informa��es sobre COVID-19: https://site.bh-airport.com.br/SitePages/pt/passageiro/informacoes-para-viagens.aspx.
Os especialistas em Sa�de destacam a import�ncia de os passageiros atentarem, tamb�m, para o destino. Os locais ideais s�o aqueles em que as pessoas v�o se aglomerar menos, as cidades menos cheias e com menos frequ�ncia de turistas. Al�m disso, nesses locais, � essencial ter os mesmos cuidados que s�o mantidos na terra natal. Ou seja, m�scara, distanciamento, evitando aglomera��es, entre outros.”
Um dos fatores que devem ser analisados � o n�vel dos indicadores da COVID-19 no local de destino. “E, obviamente, repensar, inclusive, a viagem, se o local estiver tendo um grande n�mero de cont�gio e um aumento da pandemia, por exemplo”, destaca Estev�o Urbano. A preven��o �, para Carlos Starling, uma dica de ouro. “Se puder evitar a viagem, evite. Por�m, se precisar mesmo viajar, evite aglomera��es e mantenha-se o tempo todo protegido”, recomenda.
Se o viajante se dirigir a um restaurante ou mesmo ao banheiro, dois locais p�blicos e propensos � contamina��o e que, normalmente, em viagens, s�o muito usuais, precisa redobrar os cuidados. “Prefira locais abertos e com o distanciamento adequado entre as mesas. E tome cuidado o tempo todo com a higiene pessoal. Os banheiros geralmente s�o mal ventilados, e o v�rus pode ser excretado pelas fezes. Ent�o, se for uma viagem/passeio curto, evite utilizar banheiros p�blicos. Eles sempre correspondem a um local de maior risco”, destaca.
*Estagi�ria sob a supervis�o da subeditora Marta Vieira