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Estado de Minas NOROESTE DE MINAS

Paracatu encanta pelo patrim�nio hist�rico e para�so natural

Nascida no ciclo do ouro, cidade do Noroeste de Minas foi dada como presente a dom Pedro I


16/11/2021 06:00 - atualizado 16/11/2021 09:23

 
Matriz de Santo Antonio
Matriz de Santo Antonio, erguida em 1754 pelos padres jesu�tas (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)


Paracatu – Situada no Noroeste de Minas, a 228 quil�metros de Bras�lia (DF), Paracatu tem sua economia baseada na minera��o e na produ��o de gr�os. Mas a cidade tamb�m guarda outras riquezas que atraem (e encantam) os visitantes, a come�ar pelos casar�es e igrejas do per�odo colonial, museus e belezas naturais (cachoeiras e gruta). Tudo isso temperado por uma gastronomia incompar�vel. 

A cidade conta  com uma rica programa��o cultural e festas populares, parte oriunda das tradi��es dos escravos,  que est�o sendo  retomadas ap�s a paralisa��o motivada pela pandemia de COVID-19.

O n�cleo urbano de Paracatu surgiu no in�cio do s�culo 18, sob o signo do ouro, que aflorava nos c�rregos da regi�o (ouro de aluvi�o). Por causa da abund�ncia do valorizado metal, o arraial teve um r�pido crescimento e foi dado de presente a ningu�m menos que o pr�ncipe dom Pedro I. Em 20 de outubro de 1798, foi elevado � condi��o de Vila de Paracatu do Pr�ncipe.

Passados mais de 200 anos, a riqueza miner�ria permanece. A cidade responde por 25% da produ��o de ouro do Brasil, sediando as atividades da empresa Kinross Paracatu, que explora a minera��o, gerando 6 mil empregos diretos e indiretos.

O munic�pio conserva a hist�ria e a mem�ria. O seu centro hist�rico foi tombado pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) em 2012. Um dos mais imponentes pr�dios antigos de Paracatu � a Matriz de Santo Antonio, erguida em 1754 pelos padres jesu�tas e feita de taipa, adobe e vigas de aroeira, que continuam preservadas. O altar-mor � todo confeccionado em madeira. “Esta � a igreja com maior v�o livre do mundo, com o telhado sem cumieira”, explica Cristiane Pereira dos Santos, guia de turismo na cidade.

Prédio da Casa de Cultura
Pr�dio da Casa de Cultura j� sediou tamb�m a C�mara Municipal (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)

Outro cart�o postal � a Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio dos Pretos Livres, de estilo jesu�stico-barroco. Datada de 1744, a igreja foi constru�da por escravos alforriados, que a frequentavam. Um dos destaques do antigo templo � uma enigm�tica imagem talhada em madeira no altar-mor, um “quebra-cabe�a”, com o desenho de uma parreira e de um ramo de trigo, que traz a representa��o do rosto de um homem negro, que somente � descoberto ap�s certo tempo de observa��o pelo visitante.

Imposs�vel n�o fazer uma volta ao passado com visitas aos pr�dios do Centro Hist�rico. Um deles � a Casa de Cultura. Erguido na metade do s�culo 19, o edif�cio j� sediou a C�mara Municipal de Paracatu e um antigo grupo escolar. Atualmente, � dedicado a diversas atividades culturais. 

Vale a pena uma passagem pelo Museu Hist�rico, sediado no antigo Mercado Municipal de Paracatu, onde as visitas s�o gratuitas. O espa�o re�ne elementos do ciclo do ouro e dos tropeiros, objetos usados na escravid�o e equipamentos antigos do cinema. Tamb�m h� livros e fotos que registram o modo de vida e as manifesta��es culturais da regi�o em outras �pocas.

A hist�ria  e os acontecimentos marcantes de Paracatu tamb�m podem ser conferidos na Casa Kinross. Trata-se de um espa�o interativo de conviv�ncia onde foram reunidas mem�rias do munic�pio. O acervo conta com depoimentos de moradores da cidade em v�deo, compartilhando suas pr�prias lembran�as, coletados pela equipe do Museu da Pessoa, de S�o Paulo.

Tradi��o quilombola

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos Livres
Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio dos Pretos Livres, de 1744 (foto: Click Filmes/Divulga��o)

Em  Paracatu, uma boa dica � um passeio cultural ao povoado de S�o Domingos, comunidade quilombola encostada na �rea urbana do munic�pio. Ali, o visitante tem a oportunidade de conhecer a hist�ria e os costumes dos descendentes de escravos, a partir da narrativa deles pr�prios. 

Os quilombolas preservam tradi��es e comemora��es como a Festa da Caretada, realizada h� mais de 200 anos, sempre  nos dias 23 e 24 de junho. O destaque � a participa��o de homens com os rostos cobertos (da� o nome) e fantasiados, divididos em dois grupos: de cavalheiros e damas. 

Eventos culturais e painel de pinturas

Al�m da Caretada, Paracatu conta com outras festas tradicionais, realizadas  ao longo do ano e cuja  programa��o foi retomada ap�s uma parada por causa da pandemia. Entre os eventos est�o a Festa da Folia de Reis (dezembro/janeiro), de Santo Ant�nio (1º a 13 de junho) e de S�o Benedito (20 a 29 de junho), al�m de festivais gastron�micos e apresenta��es musicais. 

O retorno das atividades culturais foi marcado com o concerto “Valencianas”, apresentado pela Orquestra Ouro Preto juntamente com o cantor e compositor pernambucano Alceu Valen�a, realizado no dia 20 de outubro, no J�quei Clube da cidade. Com entrada gratuita, o evento foi patrocinado pela empresa Kinross Paracatu. 

O espet�culo “Valencianas” celebrou a comemora��o dos 223 anos da eleva��o de Paracatu � condi��o de Vila de Paracatu do Pr�ncipe. O anivers�rio da cidade tamb�m foi marcado pela inaugura��o de um mural de arte sobre a hist�ria e as tradi��es em pain�is pintados no muro do J�quei Clube, “IntegrArte Paracatu”. De autoria da artista pl�stica Jana�na Campos, o trabalho re�ne 30 murais com desenhos interativos que totalizam 750 metros quadrados (250 metros de extens�o por tr�s metros de altura).

Quitutes mineiros com marca pr�pria


Em Paracatu, o turista  pode saborear as del�cias da culin�ria regional. S�o encontradas iguarias que d�o �gua na boca como doces de frutas, a empada de capa fina (a base de trigo recheado com frango) e o famoso p�o de queijo mineiro. 

Um “compromisso imperd�vel” � visitar o caf� colonial do Quintal da Angela. Trata-se de um espa�o agrad�vel e acolhedor, marcado pela simplicidade. Ali, o cliente � recebido pela propriet�ria Maria �ngela Neto Siqueira Resende, que prepara os quitutes. Um dos mais apreciados � o delicioso Bolo da desmandada, iguaria regional que vem dos tempos escravos. 

Outro ponto para os amantes das iguarias mineiras em Paracatu � o Trem b�o Paodequeijaria. Como o nome indica, ali se consome o saboroso p�o de queijo, mas feito das mais diferentes formas. Al�m do produto tradicional, no card�pio consta o p�o de queijo com bacon, requeij�o cremoso, lingui�a caseira,  carne seca, pizza e com outras combina��es, servidas com o bem preparado cafezinho, caf� expresso, capuccino ou com sucos variados, ao gosto do fregu�s. 

Para apreciar (e saborear) a culin�ria regional, vale a pena uma esticada at� o restaurante Casa de Concessa, situado �s margens da BR-040 (sentido Bras�lia), a sete quil�metros da �rea urbana. Com decora��o em estilo fazenda, o estabelecimento oferece a leg�tima comida mineira no sistema self-service, em fog�o � lenha. Tem, por exemplo, o famoso leit�o � pururuca. Ali tamb�m pode se comprar doces e lembrancinhas.

C�rrego da Prata guarda para�so natural

O munic�pio de Paracatu guarda um verdadeiro para�so natural, escondido na regi�o do C�rrego da Prata. S�o mais de 10 quedas d’�gua, sendo a Cachoeira do Asc�nio, com 50 metros de altura, a maior delas. Logo ap�s a queda, forma-se um grande po�o, perfeito para um bom mergulho.

Cachoeira do Ascânio
Formada pelo C�rrego do Prata, a Cachoeira do Asc�nio tem uma queda de 50m e � um dos mais belos cart�es-postais de Paracatu (foto: Guiastur/Divulga��o)

A regi�o de cachoeiras fica distante 40 quil�metros da sede urbana. O caminho � a MGC-188, sentido Guarda-Mor – 16 quil�metros de asfalto e outros 24 quil�metros n�o pavimentados. As condi��es do trecho de terra n�o est�o muito agrad�veis. Mas compensa o sacrif�cio. As quedas d’�gua ficam situadas em �rea particular, sendo cobrado o valor de R$ 15 por pessoa. 

Outro atrativo natural de Paracatu � a Gruta Lapinha de Santo Antonio, situada a apenas 14 quil�metros da cidade, �s margens da MG-188, no sentido Una�. A caverna encanta pelas belezas da sua cavidade, com destaque para os espeleotemas (pequenas forma��es c�rsticas), al�m de colunas, estalagmites e estalactites em um sal�o. A entrada na gruta � guiada, com o valor de R$ 180 por pessoa, incluindo a cess�o de equipamento de seguran�a.  *Rep�rter viajou a convite da Kinross Paracatu
 

Servi�o


Distância entre Paracatu e BH
Dist�ncia entre Paracatu e Belo Horizonte (foto: Arte EM)
Como chegar a Paracatu
Partindo de Belo Horizonte (502 quil�metros), segue pela BR-040, sentido Bras�lia. 

Onde comer
 
Restaurante 
Casa de Concessa
BR 040, sentido Paracatu/Bras�lia, 
a 7 km da �rea urbana

Bistr� Canuto
Rua Goi�s, 245 - 
Largo do Ros�rio

Trem B�o Paodequeijaria
Rua Goi�s, 343, Centro

Onde ficar

Hotel Veredas
Rua Get�lio Melo Franco, 333. Fone: (38) 3671-3366 

Hotel das Palmeiras
Rua Lindolfo Garcia Adjuto, 1.030, Alto do C�rrego. Fone: (38) 3672-1310

Hotel Eldorado
Avenida Oleg�rio Maciel, 1210. Fone (38) 3671-5500

Onde se informar

Guiastur: 
E-mail: Paracatu.guiastur@gmailcom
Telefone: (38) 99985-5902


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