Preste aten��o no primeiro v�deo, ou�a esta can��o e sinta o poder da devo��o. Ao som de 'Noites trai�oeiras', m�sica eternizada na voz do Padre Marcelo Rossi, integrantes da Congada do Z� Cilino, de Moema, Minas Gerais, em coro, fazem o cortejo de entrada na Igreja de S�o Benedito, na cidade de Aparecida, em S�o Paulo. Os participantes se juntam aos outros 300 grupos de congadeiros de Minas que est�o na cidade da padroeira do Brasil para a Festa de S�o Benedito, que completa 114 anos. � a maior manifesta��o religiosa, cultural e folcl�rica do estado de S�o Paulo.
Os festejos que come�aram no �ltimo domingo (9/4), seguem at� a pr�xima segunda (17/4). A expectativa de p�blico para todo o per�odo da festa � de 300 mil pessoas, segundo a Par�quia de S�o Benedito, respons�vel pelo evento.
Neste s�bado (15/4), a Bas�lica de Nossa Senhora Aparecida recebeu centenas de Guardas de Reinados/Congados para a 114ª Festa de S�o Benedito. Todos os anos, tradicionalmente, os mineiros fazem desta festa um grande encontro de congadas oriundos de v�rias cidades de Minas Gerais. Al�m da presen�a de grupos de outros estados. Sendo evidente a maior parte desses grupos serem de Minas Gerais, este ano, a Secretaria de Cultura de MG, atrav�s do IEPHA, acompanha a festividade durante todos os dias para registrar e elaborar um relat�rio desta grande excurs�o mineira em devo��o a S�o Benedito, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora do Ros�rio, ato que demonstra a for�a das afromineiridades n�o somente como Patrim�nio Cultural, mas tamb�m como agente mobilizador do turismo da f�.
Resist�ncia e f�
Os Congadeiros e Reisados s�o grupos formados por devotos que buscam honrar seus santos de devo��o atrav�s de dan�as, cantos, batuques e prociss�es. S�o grupos que mant�m acesa a chama da f� cat�lica, mas que tamb�m s�o herdeiros das tradi��es e dos rituais africanos trazidos pelos negros escravizados para o Brasil. A rela��o desses grupos com a religi�o cat�lica � complexa e, muitas vezes, contradit�ria. Por um lado, eles s�o devotos fervorosos, que dedicam suas vidas � honra dos santos e � propaga��o da f�. Por outro lado, eles carregam consigo as marcas da opress�o e da viol�ncia que a Igreja Cat�lica e o Estado brasileiro impuseram aos negros e aos povos ind�genas ao longo da hist�ria.
Mas mesmo diante de todas as dificuldades, esses grupos mant�m viva a tradi��o e a devo��o, transformando a dor em resist�ncia e a f� em esperan�a. S�o grupos que nos emocionam e nos inspiram, que nos lembram da import�ncia de valorizarmos as nossas ra�zes e de mantermos viva a chama da f�, da resist�ncia e da esperan�a.