E o Rio, de janeiro a dezembro, continua como sempre: lindo

 

Como diz a letra da can��o de Gilberto Gil, “o Rio de Janeiro continua lindo, o Rio de Janeiro continua sendo, o Rio de Janeiro, fevereiro e mar�o...” mas em abril, e creio que o ano inteiro, n�o seja diferente. Como viajar � sempre bom, mesmo que seja para lugares que voc� j� conhece. H� sempre uma descoberta a ser feita, basta se permitir a um novo olhar e enxergar o t�o lindo est� por vir. Assim, foi esse olhar para esse novo ”Rio”.

 

Acostumado sempre a visitar as praias da Zona Sul, como Leme, Copacabana e Ipanema, ficava limitado �s belezas do Rio que os gringos e, a maioria turistas, desfrutam da Cidade Maravilhosa. Desta vez, atravessei o t�nel e me instalei na Tijuca. Para ser exato, na Barra da Tijuca – uma regi�o surpreendente com belas praias, bons restaurantes, beleza natural e lugares escondidos. Destino que vai muito al�m da imagem de apenas ser reduto de condom�nios de luxo. 

 

 

 

 

 

  

Com as mudan�as dos �ltimos anos na regi�o, o acesso ao bairro ficou mais r�pido e, com isso, ganhou mais visibilidade. Novos hot�is se instalaram na orla, alavancando assim, o turismo na Zona Oeste carioca. Sem aquele tr�nsito ca�tico pela manh�, comum nos grandes centros, fico meio impressionado com o local. Simplesmente sensacional. Favorecido pelo andar do hotel onde fiquei, acordo com o barulho do mar, me deparando com uma vista maravilhosa do mar e da barra. Op��es de praias � que n�o faltam, como a praia do Pep�, famoso piloto de asa delta. � uma praia dentro de outra, bem no in�cio da Barra da Tijuca.

 

 

Para quem � adepto de uma boa caminhada, ou mesmo f� de um pedal, o Parque Nacional da Tijuca � �timo. Ao que tudo indica, a consci�ncia ecol�gica j� vem de h� alguns s�culos. Isso, porque, em 1861, Dom Pedro II j� demonstrava preocupa��o com a mata. Tanto, que a declarou como floresta protetora. O parque, � considerado a maior mata reflorestada do mundo, com uma �rea de mais de 39 km2. Abriga em seu interior, uma enorme diversidade de fauna e flora. Ainda hoje, � poss�vel deparar com resqu�cios de ru�nas, do primeiro ciclo do caf�.

 

Uma bela cascata de 35 metros de queda, tamb�m integra essa maravilhosa selva. Que segundo a hist�ria, ali, no ano de 1817, o artista franc�s - Nicolas Antoine Taunay, encantado pelo lugar, construiu uma pequena casa pr�ximo da cascatinha, para imortalizar a beleza da queda d’�gua em seus quadros. Originando assim, o nome do local, Cascatinha Taunay.

 

Pr�ximo dali, fica a capela de Mayrink - Constru�da em 1850 pelos franco ma�ons - quando o ciclo do caf� ainda imperava, a capela, consagrada � Nossa Senhora da Gl�ria, leva a estrela de 8 pontas em cima. Com capacidade para 50 pessoas, abre uma vez por m�s, para missa e batizado em geral. 

 

 

Aproveitando o passeio ao Rio , que tal uma ida at� a Urca? Com uma mureta com mais de 1quil�metro de extens�o, o lugar tem a fama de reunir famosos da cidade. Ao entardecer, turistas e moradores da cidade ficam sempre atentos � roda de samba. Entre antigos sabinhas de Cartola e Noel Rosa, a magia carioca se estende noite adentro. Tudo isso, regado a uma boa cervejinha, acompanhado de um delicioso pastelzinho feito no bar em frente.

 

Enquanto no horizonte, avi�es que aterrissam no aeroporto Santos Dumont, d�o a impress�o de que v�o tocar a �gua. Outros turistas, vislumbram a paisagem a bordo de um restaurante flutuante, enquanto barcos de passeios tur�sticos e, veleiros - transitam incessantes pela Ba�a de Guanabara.