Jos� de Abreu (Coronel Tert�lio, ao centro) celebra o fato de ter Debora Bloch (Deodora) nas cenas da dupla como os pais de Tertulinho (Renato G�es) (foto: Paulo Belote/Globo)
Jos� de Abreu simboliza a elite de Canta Pedra em “Mar do sert�o”, na pele de Tert�lio. Na novela das 18h da Globo, o ator d� vida ao dono do �nico a�ude da cidade, que sofre com as secas.
Poderoso, ele se sente amea�ado com a volta de Z� Paulino (Sergio Guiz�). O ex-vaqueiro se tornou empres�rio e rivalizar� diretamente com a fam�lia do coronel. Embora n�o saiba, Tertulinho (Renato G�es), filho de Tert�lio, escondeu de todos que o mocinho estava vivo, ap�s o acidente que sofreram. E ainda tentou matar o ent�o funcion�rio do pai no hospital.
"A grande esperan�a do coronel � que Tertulinho, esse cabra estragado pela m�e, se transforme. O filho � almofadinha, um sujeito de car�ter male�vel. N�o � um criminoso, mas um amoral", observa Abreu.
Apesar de ter nutrido profunda admira��o por Z� Paulino no passado, Tert�lio passa a odi�-lo. O coronel se sente tra�do pelo ex-noivo de Candoca (Isadora Cruz) e se recusa a negociar com ele. Influenciado por Deodora (Debora Bloch), o homem pensa em atrapalhar os planos do mocinho da novela.
Um toque de com�dia
"A gente n�o pode esquecer essa coisa da com�dia. Ela existe na rela��o com a esposa e tamb�m com Z� Paulino. � uma novela leve. N�o fa�o humor desde 'Avenida Brasil' (Globo, 2012). S� tinha estado em tramas s�rias, e agora estou com uma comediante como Debora Bloch ao meu lado", celebra Abreu.
De acordo com o int�rprete de Tert�lio, parte interessante do trabalho � apresentar ao p�blico, em uma geografia inventada, situa��es reais da sociedade brasileira.
Como o inesquec�vel Nilo de "Avenida Brasil", o ator contracenou com Cau� Reymond (Jorginho) (foto: Jo�o Miguel J�nior/Globo)
Em mais de quatro d�cadas na televis�o, Jos� ressalta que conhece bem o universo sertanejo nordestino e com pitadas de com�dia. Afinal, esteve em folhetins como “Tieta” (Globo, 1989-1990), “A indomada” (Globo, 1997) e “Porto dos milagres” (Globo, 2001).
"Quando o Allan (Fiterman, diretor) me mandou a sinopse, fiquei impressionado com a escrita do nosso autor, Mario Teixeira. O que me encanta em novelas � isso: criar uma cidade que n�o existe e trazer essa realidade para o universal, quando junta o delegado, o prefeito, o vaqueiro", comenta.
"Tenho a impress�o de estar fazendo uma obra de arte, criando algo e convencendo o povo de que isso existe. Representamos um universo brasileiro muito rico"
Jos� de Abreu, ator
Em Canta Pedra, Tert�lio faz parte da turma de poderosos que oprime os mais pobres. Como se trata de obra aberta, ele n�o sabe para que lado a trama vai caminhar.
"Esse nome, Canta Pedra, tem um significado, porque pedra cantada � voc� dizer que alguma coisa vai acontecer. A novela cria um universo quase fabular. � uma realidade fantasiosa e me inspira muito. Tenho a impress�o de estar fazendo uma obra de arte, criando algo e convencendo o povo de que isso existe. Representamos um universo brasileiro muito rico", afirma o ator.
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