
Dia da Mulher marca celebração de resliência e conquistas
Elas devem ser lembradas como seres humanos, celebrando autonomia, autoridade e continuam importantes e necessárias dentro de um mundo que ainda não as valoriza
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Há mais de cem anos, o Dia da Mulher já era comemorado em diferentes locais do mundo, contudo, foi apenas com a Organização das Nações Unidas (ONU) que a data se tornou unificada e internacional, definindo março como o mês para celebrar e homenagear a resiliência feminina.
A verdade é que existem diferentes histórias sobre os motivos da criação da data, sendo que as duas mais populares aconteceram em países de continentes opostos: Rússia e Estados Unidos. No dia 8 de março de 1917, as russas organizaram um protesto contra as condições de vida, o desemprego, o elevado custo e a participação na Primeira Guerra Mundial. A forte repressão precipitou o que depois se tornaria a Revolução Russa.
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Do outro lado do globo, em 25 de março 1911, 129 mulheres e 23 homens, morreram queimados em um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova Iorque, decorrente das condições precárias do local e, após anos de movimentos em busca de melhores condições, a tragédia forçou a criação de modificações nas leis trabalhistas.
Felizmente, ao longo dos séculos, centenas de mulheres tiveram a coragem de iniciar movimentos contra o modelo patriarcalista, imposto pela sociedade, demandando melhores condições de vida, mais direitos e a igualdade perante o sexo masculino. É devido a todas essas manifestações que, atualmente, grande parte do grupo ao redor do mundo usufrui de sua liberdade.
É preciso ver a evolução da mulher através das conquistas de cada geração. Uma das mais marcantes no século passado, foi a permissão do voto que, na maioria dos países, a lei, sequer, completou cem anos de implementação. A liberdade para escolher sua própria sexualidade também é algo recente. Além disso, a oportunidade de estudar, trabalhar e, principalmente, ser a única pessoa responsável por definir os caminhos da própria vida, são alguns dos desejos realizados, desde então.
Mulher dobra os braços para cima, demonstrando a força feminina em seguir lutando pela igualdade de direitos
A geração feminina atual, mais do que nunca, disputa o espaço do homem e, onde chega, chama a atenção, ao mostrar sua determinação, resiliência, sabedoria, audácia, empatia, envolvimento e ternura.
O Dia Internacional da Mulher é muito merecido. A data é uma forma de manter viva a memória de todas essas mulheres, promover a sororidade e inspirar a essa geração a continuar buscando a igualdade de direitos. A verdade é que, apesar das grandes conquistas, ainda há muito a ser modificado para garantir maior segurança e oportunidades.
Contudo, o grupo também não deve ser lembrado por apenas um dia ou mês. Elas precisam ser vistas como seres humanos que celebram sua autonomia e autoridade e, acima de tudo, continuam importantes e necessárias dentro de um mundo que ainda não as valoriza.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.