O fundador da Fortescue Metals Group (FMG), Andrew Forrest (foto), anunciou um investimento de US$ 10 milhões no Tropical Forests Forever Fund (TFFF), iniciativa considerada a principal aposta da COP30, que acontece em Belém (PA). O fundo busca levantar US$ 125 bilhões para financiar, por meio de pagamentos anuais baseados em resultados, a preservação de florestas tropicais, destinando pelo menos 20% dos recursos diretamente a povos indígenas e comunidades locais.

O aporte será feito pela Fundação Minderoo, criada por Forrest e sua esposa, Nicola, e foi estruturado como um investimento de impacto de longo prazo, com retorno indexado aos títulos de 25 anos do Tesouro dos EUA, mas com pagamentos distribuídos ao longo de 40 anos após dez anos de carência. Forrest destacou que não se trata de doação, mas de “capital paciente” capaz de atrair filantropia estratégica e investidores atentos à transição climática.

Com compromissos públicos já próximos de US$ 5,5 bilhões – incluindo aportes de Brasil, Indonésia, Noruega, França e Portugal –, o TFFF tenta criar um mecanismo econômico que torne a floresta em pé mais valiosa do que sua destruição. Para Forrest, o modelo corrige distorções geradas por compensações de carbono usadas como “licença para poluir” e pode acelerar uma mudança real na proteção dos grandes sumidouros de carbono do planeta.


US$ 465 milhões

é o valor do investimento do governo dos Estados Unidos em terras raras do Brasil por intermédio da Mineração Serra Verde

LUCAS GODOY/DIVULGAÇÃO


“Ao longo do terceiro trimestre de 2025, o mercado norte-americano manteve-se resiliente, com um bom nível de demanda por aço, tendo a Operação América do Norte registrado seu maior Ebitda ajustado trimestral dos últimos dois anos. O mercado brasileiro, por sua vez, continuou sendo impactado no período pela alta penetração de aço importado, que chegou a uma média de 25% nos nove primeiros meses do ano”

Gustavo Werneck, CEO da Gerdau

 

Acordo encerra disputa entre Sibanye e Appian sobre minas brasileiras

A Sibanye-Stillwater fechou um acordo de US$ 215 milhões para encerrar a disputa judicial com a Appian Capital Advisory no Reino Unido, após desistir da compra da Atlantic Nickel (mina Santa Rita, na Bahia) e da Mineração Vale Verde (mina Serrote, em Alagoas). A Appian pedia cerca de US$ 600 milhões pelo cancelamento da transação de US$ 1,2 bilhão assinada em 2021, cuja rescisão foi considerada ilegal pela justiça britânica em outubro de 2024. O pagamento inclui cerca de 5 milhões de libras esterlinas em honorários advocatícios.

Para a Appian, o desfecho é positivo e permite concentrar esforços na gestão de seus fundos e no avanço dos projetos, incluindo o plano de investimento de US$ 600 milhões para desenvolver a fase subterrânea da mina Santa Rita. A MVV, por sua vez, já havia sido vendida pela gestora para a Baiyin Nonferrous por US$ 420 milhões. O evento geotécnico alegado pela Sibanye como motivo para o distrato foi considerado pelo tribunal como não material para justificar a rescisão.

A Sibanye afirmou estar convencida de que o acordo é do melhor interesse do grupo, evitando novos custos jurídicos e encerrando uma incerteza de quase quatro anos. O encerramento da disputa marca um capítulo importante no mercado de mineração brasileiro e reforça o apetite de investidores globais por ativos de níquel e cobre, estratégicos para a transição energética.

Brazilian Nickel avança para construir mina de US$ 1,2 bi no Piauí

A Brazilian Nickel pretende iniciar em 2026 a construção do projeto Piauí Níquel (PPN), um empreendimento de US$ 1,2 bilhão para produzir até 27 mil toneladas de níquel e 1 mil toneladas de cobalto por ano. Segundo o CEO Mark Travers, a empresa já tem licenças e engenharia avançada, e busca concluir a captação de cerca de US$ 800 milhões necessários para viabilizar a obra, por meio de dívida, contratos de offtake e aportes de private equity.

A companhia opera desde 2021 uma planta-piloto no estado e prevê início da construção no segundo semestre de 2026, com entrada em operação em 2029. O projeto também foi selecionado em chamada conjunta de BNDES e Finep para financiamento de minerais estratégicos, e mantém negociações com investidores e clientes industriais, descartando, por ora, a alternativa de realizar um IPO, diante do mercado desfavorável e do preço deprimido do níquel.

A BRN aposta que o momento de entrega do projeto coincidirá com o início de um novo ciclo de alta do níquel, impulsionado pela demanda por eletrificação e pela necessidade de diversificar a cadeia global dominada pela Indonésia e China. Para Travers, o Brasil pode ocupar posição estratégica como fornecedor ocidental de níquel voltado à transição energética. Com informações de Notícias de Mineração.

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