O jornalista e apresentador do Jornal Nacional, William Bonner, revelou que deixou a vida social de lado para não ser hostilizado ou entrar em conflito em locais públicos em função da polarização política. O editor-chefe do maior telejornal do país contou, em participação no “Altas horas”, que teme ataques de haters tanto da direita quanto da esquerda.
"Recebo muitos convites, mas qual o meu temor? Se eu for ao teatro e houver um, porque basta um, no teatro, avião, aeroporto e levantar a voz e fazer graça com um celular na mão, me filmando, [eu] arruíno o show, peça de teatro. Estrago a viagem de todo mundo. Prefiro viajar de carro, evito esse tipo de coisa", contou.
Mesmo com o medo, ele disse que tem esperança de que a situação melhore."Mas tem muita gente que está com o coração aberto a escutar o outro, aplaudir talentos, enquanto isso houver, haverá esperança que seja assim", afirmou.
Tempos de faculdade
No programa, Bonner também revelou que foi colega de faculdade do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice Paiva, autor do livro "Ainda estou aqui", que inspirou o filme homônimo indicado a três categorias do Oscar.
Os dois estudaram juntos na Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo (USP) e chegaram a fazer trabalhos juntos. “Fui colega de faculdade do Marcelo Rubens Paiva, conheci Eunice Paiva, frequentei a casa do Marcelo para fazer trabalhos de faculdade”, afirmou no programa de Serginho Groisman.
O jornalista ainda falou sobre o filme de Walter Salles, protagonizado por Fernanda Torres. Bonner classificou o filme como “incrível” e elogiou a atuação de Humberto Carrão, que também estava no "Altas horas".