ARTE E LUZ

Festa da Luz vai fazer Baixo Centro de BH brilhar a partir de quinta (14/8)

Evento chega à quarta edição, levando instalações gigantescas para o circuito da Praça da Estação, edifício Sulacap e Viaduto Santa Tereza

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Anunciada como a maior de suas quatro edições, a Festa da Luz, que ocupará diferentes espaços do Baixo Centro de Belo Horizonte de quinta-feira até domingo (14 a 17/8), chega com a promessa de provocar encantamento em quem circular pela Praça da Estação e arredores.

Com o tema “Culturas urbanas”, a programação propõe um mergulho na força criativa que vem das ruas, destacando manifestações como hip-hop, graffiti e funk.

Serão 13 instalações de arte e luz – boa parte delas em grande escala –, espalhadas pelo viaduto Santa Tereza, o vão dos edifícios Sulacap e Sulamérica, as ruas Aarão Reis e Sapucaí e a Praça da Estação, que, reformada, volta a compor o circuito. Estão previstos shows, performances, projeções e edição especial do Duelo de MCs.

Um dos curadores da festa, Matheus Rocha diz que o evento já nasceu ligado às culturas urbanas. Ele é sócio da Híbrido, correalizadora do evento ao lado das produtoras Pública e Casinha e do Governo de Minas.

“É um tema que a gente sempre quis abordar, pois tem tudo a ver, já que a festa ocupa o espaço por onde passam diversas expressões que nascem das ruas”, diz Rocha, explicando que em edições pregressas outros temas acabaram se impondo.

 Arcos do viaduto Santa Tereza ficarm cor de rosa, iluminados à noite, na Festa da Luz em 2024
Viaduto Santa Tereza se encheu de cores durante a Festa da Luz em 2024 Marcos Vieira/EM/D.A Press

“Agora as condições confluíram para que pudéssemos trazer à tona as culturas urbanas, reforçando o Centro de BH como espaço pulsante desse tipo de manifestação”, ressalta. O número de artistas, o tamanho das obras e a ampliação do circuito, com a retomada da Praça da Estação, fazem da quarta edição a maior já realizada, ele garante.

“Posso dizer que a Festa da Luz de BH é, se não uma das maiores, uma das mais legais do mundo”, afirma.

A curadoria é pensada a partir de viagens da equipe a vários países para conhecer cidades com eventos similares. “Visitamos a Festa da Luz de Lyon, na França, uma das maiores do mundo. Nas viagens, vamos pensando as obras e os artistas que podem conversar com o espaço urbano daquela região do Centro de Belo Horizonte, buscando as linguagens que têm a ver com ele”, diz.

Projeção gigante

O viaduto Santa Tereza será ocupado por instalação maior do que em edições anteriores. A ideia é de que o público circule mais para ver as obras.

“Um dos destaques é o tamanho das obras, a escala e o formato do que estamos apresentando nesta quarta edição. No ano passado, com a Praça da Estação em obras, o circuito ficou mais restrito. Agora teremos projeções em tamanho gigante na fachada do Museu de Artes e Ofícios”, adianta.

O curador ressalta que a programação traz nomes que vêm transformando o imaginário urbano com obras que unem arte contemporânea, arquitetura e cultura popular. A mineira Criola, por exemplo, exalta a ancestralidade negra e o sagrado feminino com cores vibrantes e símbolos de empoderamento. A grafiteira Raquel Bolinho comparece com seus personagens icônicos, abordando temas com leveza e humor.

 Instalação de figura iluminada, sentada como Buda, em cima de prédios na região da Praça da Estação, em BH
Instalações iluminadas mudaram o visual noturno da região Praça da Estação durante a Festa da Luz em 2023 Nereu Jr./divulgação

'Foco' no Viaduto Santa Tereza

Francine de Paula (Dpaula), artista paulista radicada em Curitiba, traz ao Centro de BH a força gráfica do hip-hop. Os arcos do viaduto Santa Tereza receberão a instalação “Foco”, do artista e arquiteto Ricardo Bizafra, com 10 arcos infláveis que criam um grande túnel de luz.

O italiano Carlo Bernardini expõe, em dois andares do Museu de Artes e Ofícios, a instalação “O invisível suspenso”, que desenha no espaço formas ilusórias e mutáveis.

Completam o rol de expositores o arquiteto e artista visual Rafael Cançado, conhecido como Homem Gaiola; o Coletivo Levante, nascido no Aglomerado da Serra, em BH; o paulistano Alex Senna, cuja obra foi apresentada em primeira mão no Festival Sensacional 2025, na Pampulha; a dupla Mutabile Arquitetura e João Wilbert; o VJ Bah, que captura e projeta imagens em tempo real; a escritora, professora e ativista Amara Moira; e o poeta Francisco Mallmann.

Outras atrações

Além da edição especial do Duelo de MCs, a cultura de rua de BH estará representada pela Velha Guarda do Soul, que resgata, por meio da dança, os bailes black dos anos 1970. Outras atrações são Trovão Tropical: carrinho projetor; Na Régua, cortes na barbearia da Rua Tamoios; Arrastão Samba D'ouro e o Karaokê da Bia. O curador Matheus Rocha observa que a agenda foi refinada ao longo das edições anteriores.

“Desde que foi criada, a Festa da Luz de Belo Horizonte teve aceitação imediata pela forma como ressignifica o espaço público”, aponta.

4ª FESTA DA LUZ

De quinta-feira a domingo (14 a 17/8), na Praça da Estação, viaduto Santa Tereza, vão dos edifícios Sulacap e Sulamérica, ruas Aarão Reis e Sapucaí, no Baixo Centro de BH. Acesso gratuito. Informações: www.instagram.com/festadaluz.art

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