Festa da Luz vai fazer Baixo Centro de BH brilhar a partir de quinta (14/8)
Evento chega à quarta edição, levando instalações gigantescas para o circuito da Praça da Estação, edifício Sulacap e Viaduto Santa Tereza
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Siga noAnunciada como a maior de suas quatro edições, a Festa da Luz, que ocupará diferentes espaços do Baixo Centro de Belo Horizonte de quinta-feira até domingo (14 a 17/8), chega com a promessa de provocar encantamento em quem circular pela Praça da Estação e arredores.
Com o tema “Culturas urbanas”, a programação propõe um mergulho na força criativa que vem das ruas, destacando manifestações como hip-hop, graffiti e funk.
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Serão 13 instalações de arte e luz – boa parte delas em grande escala –, espalhadas pelo viaduto Santa Tereza, o vão dos edifícios Sulacap e Sulamérica, as ruas Aarão Reis e Sapucaí e a Praça da Estação, que, reformada, volta a compor o circuito. Estão previstos shows, performances, projeções e edição especial do Duelo de MCs.
Um dos curadores da festa, Matheus Rocha diz que o evento já nasceu ligado às culturas urbanas. Ele é sócio da Híbrido, correalizadora do evento ao lado das produtoras Pública e Casinha e do Governo de Minas.
“É um tema que a gente sempre quis abordar, pois tem tudo a ver, já que a festa ocupa o espaço por onde passam diversas expressões que nascem das ruas”, diz Rocha, explicando que em edições pregressas outros temas acabaram se impondo.
“Agora as condições confluíram para que pudéssemos trazer à tona as culturas urbanas, reforçando o Centro de BH como espaço pulsante desse tipo de manifestação”, ressalta. O número de artistas, o tamanho das obras e a ampliação do circuito, com a retomada da Praça da Estação, fazem da quarta edição a maior já realizada, ele garante.
“Posso dizer que a Festa da Luz de BH é, se não uma das maiores, uma das mais legais do mundo”, afirma.
A curadoria é pensada a partir de viagens da equipe a vários países para conhecer cidades com eventos similares. “Visitamos a Festa da Luz de Lyon, na França, uma das maiores do mundo. Nas viagens, vamos pensando as obras e os artistas que podem conversar com o espaço urbano daquela região do Centro de Belo Horizonte, buscando as linguagens que têm a ver com ele”, diz.
Projeção gigante
O viaduto Santa Tereza será ocupado por instalação maior do que em edições anteriores. A ideia é de que o público circule mais para ver as obras.
“Um dos destaques é o tamanho das obras, a escala e o formato do que estamos apresentando nesta quarta edição. No ano passado, com a Praça da Estação em obras, o circuito ficou mais restrito. Agora teremos projeções em tamanho gigante na fachada do Museu de Artes e Ofícios”, adianta.
O curador ressalta que a programação traz nomes que vêm transformando o imaginário urbano com obras que unem arte contemporânea, arquitetura e cultura popular. A mineira Criola, por exemplo, exalta a ancestralidade negra e o sagrado feminino com cores vibrantes e símbolos de empoderamento. A grafiteira Raquel Bolinho comparece com seus personagens icônicos, abordando temas com leveza e humor.
'Foco' no Viaduto Santa Tereza
Francine de Paula (Dpaula), artista paulista radicada em Curitiba, traz ao Centro de BH a força gráfica do hip-hop. Os arcos do viaduto Santa Tereza receberão a instalação “Foco”, do artista e arquiteto Ricardo Bizafra, com 10 arcos infláveis que criam um grande túnel de luz.
O italiano Carlo Bernardini expõe, em dois andares do Museu de Artes e Ofícios, a instalação “O invisível suspenso”, que desenha no espaço formas ilusórias e mutáveis.
Completam o rol de expositores o arquiteto e artista visual Rafael Cançado, conhecido como Homem Gaiola; o Coletivo Levante, nascido no Aglomerado da Serra, em BH; o paulistano Alex Senna, cuja obra foi apresentada em primeira mão no Festival Sensacional 2025, na Pampulha; a dupla Mutabile Arquitetura e João Wilbert; o VJ Bah, que captura e projeta imagens em tempo real; a escritora, professora e ativista Amara Moira; e o poeta Francisco Mallmann.
Outras atrações
Além da edição especial do Duelo de MCs, a cultura de rua de BH estará representada pela Velha Guarda do Soul, que resgata, por meio da dança, os bailes black dos anos 1970. Outras atrações são Trovão Tropical: carrinho projetor; Na Régua, cortes na barbearia da Rua Tamoios; Arrastão Samba D'ouro e o Karaokê da Bia. O curador Matheus Rocha observa que a agenda foi refinada ao longo das edições anteriores.
“Desde que foi criada, a Festa da Luz de Belo Horizonte teve aceitação imediata pela forma como ressignifica o espaço público”, aponta.
4ª FESTA DA LUZ
De quinta-feira a domingo (14 a 17/8), na Praça da Estação, viaduto Santa Tereza, vão dos edifícios Sulacap e Sulamérica, ruas Aarão Reis e Sapucaí, no Baixo Centro de BH. Acesso gratuito. Informações: www.instagram.com/festadaluz.art