Virada Cultural: Festival Fragaí destaca novos talentos de BH
Em formato de mini festival dentro da programação do evento, oito atrações da nova cena mineira se apresentam no Parque Municipal, a partir das 21h de sábado
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A gíria mineira “fraga”, usada entre jovens para perguntar se alguém entende ou está por dentro de algo, dá nome ao mini festival Fragaí, que integra a programação do Palco Chico Nunes BH + Feliz na 10ª Virada Cultural de Belo Horizonte.
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O palco montado no Parque Municipal, ao lado do Teatro Francisco Nunes, recebe oito atrações da cena autoral mineira em quatro horas de programação. A ideia do festival é apresentar ao público da Virada artistas novos, mas que já desenvolvem um trabalho maduro. Todos os nomes selecionados pela curadoria são de Belo Horizonte, com exceção de Luanda, que é de Salvador, mas reside na capital mineira.
As apresentações começam às 21h de sábado, com Clara Bicho e Gabriel Campos, irmãos gêmeos que mantêm carreiras solo e se juntam para o show "Irmãos Bicho”. “Nós misturamos o indie pop e o rock alternativo, que são os principais estilos de música que fazemos, à MPB, através de arranjos mais acústicos, que misturam instrumentos como a guitarra à percussão”, explica Clara.
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No estilo Billie Eilish e Finneas, os dois aprenderam a gravar e produzir em casa. Clara conta que sempre foram parceiros na arte. Ela fez a capa da primeira música de Gabriel, “Cassiano”, lançada em 2021. No mês que vem, os irmãos iniciam a gravação do primeiro disco em dupla.
“Eu e Gabriel sempre nos apoiamos em tudo e na música não é diferente. Ele começou a gravar as músicas dele antes de mim e, depois, me ajudou a gravar e produzir as minhas duas primeiras, ‘Tarde’ e ‘Luzes da Cidade’”, conta Clara.
Formato livre para shows
A curadoria é de Octavio Cardozo, ex-curador do projeto Tranquilo, que já empresariou artistas como Graveola e Augusta Barna. “Eu queria fazer um palco em que a gente pudesse trazer alguns artistas que já estão tendo algum destaque para poderem se apresentar na Virada pela primeira vez. Pensei em trazer uma programação diversa em ritmos, pessoas, corpos e ideias”, afirma o curador, que também é artista e já se apresentou na Virada em 2015 e 2021.
O formato é livre, alguns artistas se apresentam apenas com voz e violão, enquanto outros trazem banda. “Para quem está começando uma carreira agora em Belo Horizonte, é difícil. Tem pouquíssimos espaços hoje para mostrar música”, afirma Cardozo.
“Ter a oportunidade de tocar em um evento desse tamanho é muito importante para nós que estamos no início da carreira. A gente sabe que muitas pessoas procuram por músicas e artistas novos para escutar e, pelo nosso tipo de música ser mais 'nichado', nem sempre elas nos encontram facilmente. O fato de a gente dividir a noite com vários amigos de Belo Horizonte também nos anima muito”, comenta Gabriel Campos.
Outro nome da programação é Dani Moreira, que já se apresentou na Virada em 2023, ao lado da banda liderada por ele, a Chico e o Mar. Agora, Dani estreia carreira solo. “Depois de sete anos de colaboração com a Chico, estou explorando novas sonoridades, com o violão como elemento central, assim como no início da minha carreira. Estrear este novo capítulo nesse palco é um privilégio enorme”, diz. Ele prevê lançar duas músicas ainda neste ano. Já a banda Chico e o Mar segue ativa e deve lançar um EP em breve.
Quem se apresenta
Além dos irmãos Bicho e Dani Moreira, também se apresentam no Fragaí Dereco, que acaba de lançar o single “As coisas são como podem ser; Luanda, Gustavo Vaz, Júlia Deodora, os primos Caio Tavares e Rodrigo Leão, do Duo Nó, Fernando Motta e Rafa Bicalho.
No sábado, o Palco Chico Nunes recebe ainda os shows de Loubback e Ângelo Andrade. Já no domingo, das 8h às 19h, o espaço será ocupado pelo Festejo do Tambor, com a participação de mais de 10 guardas de diferentes cidades mineiras.
Além dos dois palcos principais, o Parque Municipal também abrigará diversas atividades. No domingo, a Praça Ficus, próxima à portaria da Rua da Bahia, sedia, das 8h às 12h, uma oficina de maquiagem de efeitos especiais para o cinema. A partir das 9h, o percurso entre os dois palcos recebe duas feiras, uma com artesanato indígena e outra de economia solidária.
FESTIVAL FRAGAÍ
• 21h - Clara Bicho e Gabriel Campos
• 21h35 - Dani Moreira
• 22h10 - Luanda
• 22h45 - Dereco
• 23h20 - Gustavo Vaz
• 23h55 - Julia Deodora
• 0h30 - Nó
• 1h05 - Fernando Motta
• 1h40 - Rafa Bicalho