Pouco mais de dois meses depois de passar por Belo Horizonte com o show “Tudo que canto sou”, Roberta Sá volta à cidade como convidada da Orquestra Opus, em única apresentação nesta sexta-feira (29/8), no Cine Theatro Brasil.

O repertório reúne canções que ela registrou ao longo de 20 anos de carreira, em arranjos exclusivos criados pelo maestro Leonardo Cunha, regente e diretor artístico da orquesta mineira.

Em junho, a cantora apresentou em BH, pelo projeto Uma Voz, Um Instrumento, o show comemorativo dos 20 anos de “Braseiro”, seu álbum de estreia. Estava acompanhada apenas por Alaan Monteiro (bandolim e cavaquinho) e Gabriel de Aquino (violão). Agora, subirá ao palco com mais de 20 músicos.

“O mecanismo da orquestra é muito diferente. Não tem espaço para improviso, por exemplo. O ambiente é mais formal, tem o maestro ali na frente, estão todos alinhados em um arranjo no qual você não tem a liberdade de mexer. Se estou só com dois músicos e o público canta o refrão que tenho vontade de repetir, basta um olhar e eles vão entender”, compara Roberta Sá.

Em shows orquestrais, as nuances estão na pronúncia de cada palavra, na entonação e na emoção. “Existe uma concentração diferente”, pontua. “Mas vale muito a pena, é um privilégio poder cantar com orquestra, um luxo.”

O repertório com a Opus é diferente daquele de “Tudo que canto sou”, com exceção de algumas músicas. “O lenço e o lençol”, “Samba de um minuto” e “Mais alguém” estão garantidas hoje. As escolhas foram feitas em conjunto com o maestro Leonardo Cunha.

Roberta explica que já está familiarizada com o formato. No início da carreira, cantou em projetos capitaneados por Mario Adnet, como “Ouro negro” e “Jobim sinfônico”, com versões orquestrais das obras de Moacir Santos e Tom Jobim, respectivamente.

“Nunca disse não para um convite de orquestra”, ela comenta.

Dividir o palco com a Orquestra Petrobras, sob regência de Felipe Prazeres, e cantar com a Orquestra de Luxemburgo, a convite de Marcello Gonçalves e Anat Cohen, foram outras experiências dela.

Roberta diz admirar maestros com trânsito fluido entre o erudito e o popular.

“Estou muito feliz com o convite da Orquestra Opus. A roupa já está até separada. De gala, claro”, graceja a cantora.

PIQUE TOTAL

Com agenda lotada de shows e a filha de 3 anos para cuidar, Roberta Sá já está com o novo álbum “na cabeça”, como diz. “Como não tenho gravadora nem ninguém me pressionando, a única pressão é o desejo de fazer este trabalho. Estou no meu tempo, projetando com calma, o que é maravilhoso.” Planejando entrar em estúdio para pré-produção em novembro, antes disso ela vai lançar o registro audiovisual de “Tudo que canto sou”. Roberta lembra que sua história é pautada por produções audiovisuais bonitas e bem-acabadas. “Dá um trabalho danado, não nego, mas é algo que me leva adiante. Vou fazer o 'Tudo o que cantei sou' junto do disco novo. Estou no pique de artista jovem, que faz e lança, faz e lança.”

ORQUESTRA OPUS E ROBERTA SÁ

Nesta sexta-feira (29/8), às 21h, no Grande Teatro Unimed do Cine Theatro Brasil (Praça Sete, Centro). Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia), à venda na bilheteria e no site do teatro.

Outros shows

LEANDRO CÉSAR NO PARQUE

Nome conhecido da cena instrumental, Leandro César lança nas plataformas, nesta sexta (29/8), o álbum “Sentido”, que flerta com a canção, inspirado nas músicas caipira e de câmara. No domingo (31/8), às 15h, ele se apresenta no Parque Municipal (Av. Afonso Pena, 1.377, Centro), tendo como convidada a cantora Ceumar, uma das vozes presentes no disco. Entrada franca.

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CLÉBER ALVES EM CONTAGEM

A série “BH instrumental” chega a Contagem neste sábado (30/8), com show do saxofonista Cléber Alves e seu sexteto no Parque Ecológico do Eldorado (Rua Paineiras, 753, Eldorado). Em “Gafieira de Paulo Moura”, eles apresentam um recorte da música instrumental mineira em versão mais dançante para homenagear o clarinetista carioca, que morreu em 2010. DJ Naroca abre a programação, às 16h30. O parque ficará aberto até as 20h.

SONS DO BRASIL

O festival Os Sons do Brasil, a partir desta sexta (29/8), leva a Ouro Preto e Mariana programação gratuita. O Museu Boulieu (Rua Padre Rolim, 412, Ouro Preto) vai receber hoje a Big Band do Cefart e Sandra de Sá, a partir das19h30. Jazz de Minas, o lendário Azymuth, Sabrina Malheiros e Carlos Dafé se apresentam sábado, a partir das 15h. DigitalDubs, Russo Passapusso e Ministereo Público Soundsystem são atrações de domingo (31/8), a partir de 15h. De 5 a 7 de setembro, Manoel Cordeiro, Felipe Cordeiro, Thiago Delegado e Roberta Sá vão cantar em Mariana.

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