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Jennifer Aniston e Reese Witherspoon avaliam novo ano de ‘The Morning Show’

Quarta temporada da série do Apple TV+, que estreia nesta quarta (17/9), traz mulheres conquistando posições de poder e debate ético sobre o uso da IA

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“Bilionários e foguetes, quem diria que isso aconteceria?” A fala de Jennifer Aniston é carregada de ironia, pois, além do mais, isso é notícia velha. Na vida real e na ficção. “The Morning Show”, o drama sobre os bastidores de um popular programa de TV, retorna hoje (17/9), para sua quarta temporada, no Apple TV+.


A série protagonizada e produzida por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon estreou em 2019, na esteira do #MeToo. Cada temporada se pauta por temas do debate público, nos Estados Unidos e no mundo. Chegou ao espaço na temporada anterior, lançada há dois anos.


Agora, a Inteligência Artificial está no cerne dos 10 novos episódios. “É o único programa de que participei que é tão atual. É muito emocionante o que os roteiristas enxergam em suas bolas de cristal”, afirma Aniston, em entrevista coletiva virtual. “A série lida com coisas sobre as quais as pessoas estão falando agora. Estamos falando de IA, de ambiente de trabalho, de deep fakes”, acrescenta Reese.


A trama tem início dois anos após os acontecimentos do terceiro ano. As âncoras Alex Levy (Jennifer) e Bradley Jackson (Reese) estão distantes no início da temporada. Em Nova York, Alex finalmente deixou de ser “apenas” uma apresentadora. Ao arquitetar a fusão entre as redes UBA e a NBN (que passa a se chamar UBN), ela conquistou um posto na mesa de decisões.


Bradley ficou em maus lençóis depois que editou as imagens que mostravam seu irmão participando do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Entregou as fitas ao FBI, deixou o canal e voltou para casa, na Virginia, onde dá aulas. Vai retornar à UBN para novo posto, movida por uma investigação. Chama Chip Black (Mark Duplass) para trabalhar com ela. O jornalista é reticente no início, pois deixou a rede para atuar como documentarista.


Amor entre amigos

“Mas acho que realmente nos amamos”, comenta Jennifer, a respeito da relação entre Alex e Bradley. “No fim das contas, a série é uma história de amor entre amigos”. Reese acrescenta: “Essa temporada realmente mostra mulheres em cargos de liderança nos bastidores, com o controle da emissora.”


Vencedor de quatro Emmys (dois deles para Billy Crudup, que interpreta Cory Ellison), “The Morning Show” também traz um elenco estelar, com novidades a cada temporada. Dessa vez, dois vencedores do Oscar – o britânico Jeremy Irons e a francesa Marion Cotillard – têm papéis relevantes.


Ele será Martin Levy, o pai de Alex, um brilhante professor de direito que mantém uma relação distante com a filha – o acadêmico nunca aceitou que ela tenha virado uma celebridade da TV. Já Marion vai interpretar Celine Dumont, a herdeira da família bilionária francesa dona da emissora que se tornou presidente do conselho da UBN.


A história tem início em 2024, na preparação para os Jogos Olímpicos de Paris. O primeiro episódio traz uma sequência tensa, quando Alex mete os pés pelas mãos durante uma entrevista com uma atleta iraniana. O acontecimento terá graves consequências para sua carreira. “Alex está em uma posição de maior poder e vai perceber como essa experiência é cruel”, comenta Jennifer.


Manipulação contínua

Neste incrível mundo das mulheres, os homens terão que correr atrás. “Nessa temporada, ele vai ser manipulado repetidamente”, comenta Crudup a respeito de Cory Ellison. No primeiro episódio, o vemos passando maus bocados em Los Angeles. Longe da emissora que chefiou por muito tempo, Cory se tornou produtor de cinema – e a experiência é superproblemática.


Assim como Jennifer e Reese, Crudup e Duplass estão na série desde o início, em 2019. “É difícil imaginar o que vai acontecer na indústria [do audiovisual], pois as coisas estão mudando. Acho que, no futuro, não teremos programas brilhantes como ‘The Morning Show’, onde são abordados temas polêmicos, questões mundiais como a IA. Para mim, ele é uma espécie de unicórnio”, comenta Duplass.


Sobre a parceria que seu personagem, Chip Black, terá com Bradley Jackson nos novos episódios, com a dupla investigando uma conspiração, Duplass os vê “quase como Woodward e Bernstein”, referindo-se aos célebres jornalistas do “The Washington Post” que deram o furo do escândalo Watergate, em 1972.


“Os roteiristas de ‘The Morning Show’ têm a enorme tarefa de lidar com questões globais e se manterem atualizados. Agora estão lidando com os perigos da IA, espionagem corporativa e má conduta [no trabalho]. Os roteiristas adiam o processo de escrita o máximo que podem, escrevem muito perto de quando os eventos estão acontecendo. É muito estressante para eles, mas vale a pena”, diz Duplass.


Participar da série na atual conjuntura dos EUA é uma “espécie de presente”, diz Crudup: “Acho que muitos americanos, diante desse momento de mudança e confusão, querem participar do debate. O melhor que nós, artistas, podemos fazer agora é participar de uma produção que tente discutir um pouco disso”.


“Cativante e adorável”

Ser “filha” de Jeremy Irons foi um grande prazer para Jennifer Aniston. “Eu estava nervosa para conhecer o todo-poderoso Jeremy Irons. E ele é tão cativante e adorável, um grande garoto, brincalhão. Terminava uma tomada e perguntava: ‘Foi bem? Devemos fazer de novo?’ Foi simplesmente divino.”

Para a atriz, a presença de Martin Levy, pai de Alex, na trama, vai trazer algumas respostas. “Vamos entender por que ela é tão workaholic e solitária e também a razão dos relacionamentos dela não funcionarem.”


“THE MORNING SHOW”
• A quarta temporada, com 10 episódios, estreia nesta quarta-feira (17/8), no Apple TV+. Novos episódios às quartas, até 19 de novembro.

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