Banda de rock "estripa" Trump e mata Musk em show
Apresentação no Riot Fest, em Chicago, gerou revolta nos apoiadores do presidente americano. Grupo já fez encenações semelhantes com outros líderes, como Obama
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Siga noA banda de heavy metal GWAR, conhecida por suas performances teatrais violentas, voltou a provocar polêmica após o show no Riot Fest, em Chicago, nos Estados Unidos, no último final de semana. Durante a apresentação, os músicos encenaram a decapitação de um manequim de Elon Musk e abriram a barriga de um boneco representando Donald Trump, em meio a sangue falso e aplausos da plateia.
Em vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver um integrante da banda, usando uma fantasia de monstro grotesca, decepando a cabeça do manequim de Musk, caracterizado com óculos escuros, boné e uma camiseta com a inscrição “D.O.G.E.”, sigla para Departamento de Eficiência Governamental, pasta que era comandada pelo dono da Starlink no início do governo Trump. O personagem empunhava uma motosserra quando foi atacado, em referência à cena em que o bilionário anunciou medidas de cortes de gastos ao lado do presidente da Argentina, Javier Milei. Ao mesmo tempo, jatos de sangue cenográfico foram lançados sobre o público.
@nicoles_garbage_goblins Mother fukn Gwar again lol #gwar #helmet #cleveland #elonmusk ? original sound - nicoles_garbage_goblins
Na mesma apresentação, um personagem vestido de Donald Trump, usando uma barriga falsa, é puxado por um dos membros da banda, que segura uma espada gigante. Com a arma, ele abriu o abdômen de Trump. O boneco então retirou uma tripa, sangrando sobre a plateia. O momento foi o ponto alto da apresentação.
As encenações estão sendo usadas por apoiadores de Trump para dizer que houve uma normalização da violência contra o presidente dos Estados Unidos. “Isso não é ousado, é grotesco e imprudente. O Riot Fest e o GWAR cruzaram um limite importante”, escreveu um perfil do X.
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“Isso é incitação. Eles sabem exatamente o que estão fazendo. Os democratas não conseguem se controlar. Eles adoram promover a violência”, disse outro post.
Por outro lado, fãs do grupo de Heavy Metal defenderam a apresentação, dizendo que não é a primeira vez que a banda “mata” pessoas no palco. “Isso é GWAR. Eles fazem isso desde os anos 80. Já ‘mataram’ todos os presidentes modernos e até figuras da cultura pop. É parte do show”, comentou uma pessoa.
De fato, há registros de outras encenações, como os ex-presidentes Barack Obama e Joe Biden e a ex-vice-presidente Kamala Harris. Em nota ao New York Post, um representante do GWAR explicou que a banda cria uma atmosfera do absurdo no palco.
“Não há nada de normal na violência estilo Looney Toon encenada em um palco do GWAR. É um espetáculo absurdo. O GWAR é para a violência o que o New York Post é para o jornalismo — ridículo”, disse em nota.
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O Riot Fest também ironizou as críticas, dizendo que considerar que a banda “cruzou um limite” era uma das coisas “mais engraçadas já ouvidas”.
Quem é o GWAR?
- Formado em 1984, na Virgínia (EUA), o grupo de Heavy Metal GWAR se tornou conhecido por figurinos grotescos, sangue falso e acrobacias bizarras;
- Ao longo de quatro décadas, a banda já encenou a morte de figuras como Obama, Biden, Hillary Clinton, Michael Jackson, Mike Tyson e até Jesus Cristo;
- Em 2021, a banda viralizou ao interromper uma apresentação para que um fã pudesse recuperar uma prótese de perna. “Se alguém tem uma perna falsa aí ou tem uma perna falsa extra, mande para cá porque esse cara precisa da p*rra da perna dele”, anunciou um dos músicos durante a apresentação;
- Depois que o membro foi encontrado, a banda celebrou. “Não é a primeira (ou última) vez que alguém perde uma parte do corpo em um show do GWAR. Desta vez, aconteceu de estarem filmando”, brincou;
- O Riot Fest é um tradicional festival de punk rock, realizado todos os anos em Illinois. Neste ano, a programação reuniu nomes como Blink-182, Weezer e Green Day.