CINEMA

Doc sobre Rita Lee será exibido hoje, de graça, na Praça da Liberdade

Sessão prevista para começar às 20h inaugura a mostra Cine Praça, da 19ª edição do festival internacional CineBH, e será comentada pelo diretor Oswaldo Santana

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Descrever Rita Lee (1947-2023) é como chover no molhado. Irreverente, irônica, cantora e compositora de excelência, Rainha do Rock brasileira, além de defensora ferrenha dos direitos das mulheres, da comunidade LGBTQIA+ e dos animais.


Há, contudo, o lado pessoal pouco conhecido: a Rita mãe, esposa e avó. Essa perspectiva é a base do documentário “Ritas”, de Oswaldo Santana e Karen Harley, que será exibido gratuitamente nesta quinta-feira (25/9), às 20h, na Praça da Liberdade, abrindo a programação da seção Cine Praça da 19ª CineBH. Após o filme, haverá bate-papo com o codiretor. Até o final da mostra, no próximo dia 28, serão exibidos mais nove títulos no Cine Praça, entre longas e curtas-metragens.


Caracterizado na ficha técnica como “arqueologia pessoal” da cantora, “Ritas” mostra o íntimo da artista, por meio de entrevistas que ela concedeu ao longo da carreira e depoimentos inéditos, fazendo com que a própria cantora conduza a narrativa.


Fila gigante

A CineBH teve início na última terça-feira (23/9), com a exibição de “O agente secreto”, do pernambucano Kleber Mendonça Filho, no Cine Theatro Brasil. A sessão, marcada para as 20h, foi aberta ao público. Interessados em assistir ao filme poderiam retirar os ingressos gratuitos a partir das 19h. A fila contornou o quarteirão – desceu a Av. Amazonas, virou a Rua Espírito Santo e depois a Av. Afonso Pena.


Quem garantiu os primeiros lugares chegou por volta das 15h30. “Mas a movimentação maior só foi acontecer mesmo por volta das cinco e meia da tarde”, contou o estudante de cinema e audiovisual João Fonseca. Ele e mais cinco amigos foram os primeiros a chegar para garantir entrada no que já é considerado o lançamento mais aguardado do ano no Brasil.


Segundo a revista norte-americana Variety, o filme de Kleber Mendonça Filho tem potencial para superar o impacto de “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, que venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional e deu o Globo de Ouro a Fernanda Torres. A publicação aposta que “O agente secreto” concorra ao Oscar em categorias como atuação, direção, roteiro original e melhor filme. No ano passado, a mesma Variety havia apostado na vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro – previsão que se confirmou.

“É um filme que conversa muito com o nosso momento atual”, disse o estudante João Fonseca. “Ele volta o olhar ao passado para analisar o presente de forma mais crítica”, afirmou.

Público sentado nas cadeiras do Cine Theatro Brasil assiste ao filme ‘O agente secreto’, exibido na abertura da CineBH, na noite de terça-feira (23/9)
Sessão de abertura da CineBH, na noite de terça, exibiu “O agente secreto”. Fila para ingressos gratuitos começou mais de quatro horas antes da exibição Marcos Vieira/EM/D.A.Press

 

CONEXÃO BH-SP

O paulistano Imad Nasser não chegou tão cedo como João e o grupo de amigos, mas desembarcou em Confins no início da tarde de terça, apenas para assistir ao filme. “Volto para São Paulo amanhã (quarta-feira) de manhã”, disse. “Resolvi vir porque não aguentaria esperar até novembro”, completou, em referência à data de estreia do longa nos cinemas (6/11).


A exibição em Belo Horizonte fez parte da trajetória de “O agente secreto” iniciada em maio, no Festival de Cannes. Lá, o longa conquistou a Palma de Ouro de Melhor Ator (Wagner Moura) e de Direção, além de dois prêmios paralelos: o da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) e o Prix des Cinémas Art et Essai, concedido por exibidores independentes franceses.


Em entrevista recente ao Estado de Minas, Kleber Mendonça Filho ressaltou que “toda vez que se faz um filme, você está contribuindo para o arquivo da cultura e esse novo filme vai ser também material de arquivo”. Em comparação com “Ainda estou aqui”, o cineasta pernambucano afirmou: “São filmes sobre esquecimento. E, talvez, ‘Ainda estou aqui’ tenha uma visão um pouco mais otimista do que ‘O agente secreto’. Não que ‘O agente’ seja pessimista, mas talvez um pouco mais cético. A história de Eunice (Paiva) é muito linda e acho que ‘O agente secreto’ é a constatação de um estado de amnésia. Acho muito importante que esses filmes se somem”.


CINE PRAÇA
Exibição do documentário “Ritas”, de Oswaldo Santana e Karen Harley, às 20h desta quinta-feira (25/9), na Praça da Liberdade. Programação completa da 19ª CineBH disponível no site do festival

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