Morte de Odete Roitman: versão original tinha seis finais alternativos
Nos anos 1980, bastava um furo de imprensa para mudar o final da novela mais famosa do Brasil.
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A nova versão da icônica morte de Odete Roitman voltou a movimentar o país na noite da última segunda-feira (6/10), no remake de “Vale tudo”, escrito por Manuela Dias e exibido pela Globo. O capítulo marcou a maior audiência desde a estreia da novela, alcançando recorde de 38 pontos no Rio de Janeiro.
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Segundo reportagem publicada pelo Diário da Tarde em 22 de dezembro de 1988, véspera da exibição da cena original, nem mesmo os três autores - Aguinaldo Silva, Leonor Bassères e Gilberto Braga - sabiam ao certo quem seria o assassino de Odete, interpretada por Beatriz Segall.
O texto revela que os autores haviam escrito seis finais diferentes, cada um com um possível assassino. Caso a imprensa divulgasse o nome do criminoso antes da exibição, eles poderiam alterar o desfecho nas cenas decisivas do último capítulo de “Vale tudo”, levado ao ar em 6 de janeiro de 1989.
Na época, Aguinaldo Silva chegou a dar pistas sobre quem, em sua opinião, “merecia” matar Odete Roitman: Heleninha (Renata Sorrah) ou Tiago (Fábio Villa Verde). “A Heleninha carregou por muitos anos a culpa pela morte do irmão, quando na verdade a mãe era a verdadeira culpada. Já o Tiago é um rapaz problemático, que sempre sofreu muito com o alcoolismo da mãe, causado pela avó”, disse o autor.
Entre o público, os principais suspeitos eram Marco Aurélio (Reginaldo Faria) e Maria de Fátima (Glória Pires). Mas a assassina acabou sendo Leila, personagem de Cássia Kis, que matou Odete por engano. Após descobrir o caso do marido com Maria de Fátima, ela atira acreditando estar diante da amante.
No remake, Manuela Dias manteve a tradição do suspense e escreveu cinco suspeitos e dez finais diferentes. Foram gravadas dez versões, mostrando os cinco personagens tanto cometendo quanto não cometendo o crime.