No último capítulo, 'Vale tudo' revelou assassino de Odete Roitman e deboche com o povo brasileiro - (crédito: TV Globo)
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A Globo exibe, nesta sexta-feira (17/0), o capítulo final de "Vale Tudo". Com isso, a curiosidade sobre o desfecho original de 1989 volta com força total. O último capítulo da trama, exibido em 6 de janeiro daquele ano, solucionou o mistério que parou o Brasil: afinal, quem matou Odete Roitman (Beatriz Segall)?
A resposta surpreendeu o público, assim como o destino de outros personagens importantes. O final da novela se tornou memorável por uma cena de deboche que entrou para a história da televisão brasileira. Relembre a seguir os detalhes do desfecho original.
Quem matou Odete Roitman?
No capítulo final, foi revelado que Leila (Cássia Kis) assassinou Odete Roitman. O crime, no entanto, aconteceu por engano. A verdadeira intenção dela era matar Maria de Fátima (Glória Pires), que era amante de seu marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria).
Dominada pelo ciúme, Leila foi ao apartamento de Odete para confrontar Fátima. Ao ver uma sombra se aproximando no escuro, ela atirou sem hesitar, acreditando ser a rival, mas acabou matando a pessoa errada.
O destino de cada personagem no final de "Vale Tudo" ajudou a consolidar a novela como um clássico. A impunidade e as reviravoltas marcaram o desfecho. Confira:
Leila e Marco Aurélio: Mesmo após confessar o crime, Leila não foi punida. Ela fugiu do país em um jatinho particular com Marco Aurélio. A fuga gerou a cena mais icônica da trama: o empresário deu uma "banana" para o Brasil enquanto sobrevoava o Rio de Janeiro, um gesto de desprezo que se tornou um símbolo.
Maria de Fátima: A vilã ambiciosa também terminou impune e com a vida que sempre sonhou. Com a ajuda de César (Carlos Alberto Riccelli), ela conseguiu um casamento de fachada com um príncipe italiano para manter uma vida de luxo na Europa. O final sugere que os três formaram um trisal.
Ivan e Raquel: Diferente dos outros, Ivan (Antônio Fagundes) pagou por seus crimes de corrupção e foi condenado a dois anos de prisão. Ao sair, ele reencontrou Raquel (Regina Duarte), que o esperava. Ela se tornou uma empresária de sucesso e os dois terminaram a novela juntos, felizes, caminhando pela praia.
Heleninha: A filha de Odete, Heleninha (Renata Sorrah), teve um final de redenção. Ela conseguiu superar o alcoolismo, buscou tratamento e terminou a trama sóbria, bem-sucedida em sua galeria de arte e casada com William (Dennis Carvalho).
Afonso e Solange: O "bom moço" Afonso (Cássio Gabus Mendes) teve um final feliz ao lado de Solange (Lídia Brondi). No último capítulo, ele se declarou e descobriu que era o pai da filha dela. Os dois finalmente se casaram e construíram uma família.
Ela não teve filhos e chegou a comentar o assunto em entrevista à revista “Quem” em 2015. “Não tive filhos, não quis. Havia uma série de razões que não vou enumerar aqui. Adoro criança, mas um filho demanda tempo. Pensar que vai ter um para cuidar de você é uma bobagem... Outras pessoas querem uma criança como um brinquedo. Não é isso. Graças a Deus não sou mãe, porque estaria preocupada em criar alguém neste mundo que está aí”, declarou.
Reprodução do instagram @nathalia_timberg
Nathalia Timberg foi casada por 15 anos com o dramaturgo e roteirista Sylvan Paezzo, morto em 2000.
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Dois anos mais tarde, ela trabalhou em “O Outro Lado do Paraíso”, de Walcyr Carrasco, no papel de Beatriz.
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Já em 2015, Timberg integrou o elenco de “Babilônia”, onde fez um marcante par romântico com outra sumidade da TV e do teatro brasileiros, Fernanda Montenegro.
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Ela também tem um longo trabalho no cinema. O último foi o documentário dramatizado "Em Três Atos", onde atuou com Andréa Beltrão em narrações de textos de Simone de Beauvoir, com direção de Lúcia Murat.
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Timberg também esteve em “Pantanal”, de Benedito Ruy Barbosa, na antiga TV Manchete, em 1990, com a personagem Mariana, sogra de José Inocêncio - Cláudio Marzo - e avó de Joventino, vivido por Marcos Winter. Em 2011, ela fez a empresária Vitória Drummond na novela “Insensato Coração”, de Gilberto Braga. Dois anos depois, deu vida a Bernarda em “Amor à Vida”.
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Ela também marcou seu nome em papéis com outras características. Um exemplo é Cecília, da primeira versão de “Ti-Ti-Ti”, de Cassiano Gabus Mendes, em 1986,
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Em "Vale Tudo", de 1989, a versão original, ela fez a irmã da vilão Odete Roitman, Tia Celina, que ficou Malu Galli no remake atual.
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O seu primeiro trabalho de grande repercussão em telenovelas foi em “Direito de Nascer”, na extinta Tupi.
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Recentemente, ela protagonizou a peça “A Mulher da Van”, no papel de Mary Shepherd, uma senhora que vive dentro de um veículo e causa incômodos na vizinhança. Em agosto de 2024, ela foi às lágrimas no palco do Sesc Pinheiros, em São Paulo, pela emoção de retornar ao trabalho após se recuperar de um quadro de Covid-19.
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Sua estreia profissional nos palcos foi logo após volta da França. Aos 25 anos, ela atuou em uma montagem de “Senhora dos Afogados”, de Nelson Rodrigues, com direção de Bibi Ferreira.
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Ela estudou artes cênicas em Paris, no início da década de 1950. Seu trabalho no teatro é vasto e profundamente respeitado.
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Seu interesse pelas artes floresceu ainda na juventude. Ela estudou belas-artes na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ.
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Nascida no Rio de Janeiro em 5 de agosto de 1929, ela é filha de imigrantes europeus - seu pai era holandês e a mãe, belga.
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"É engraçado a emoção que estou sentido agora ao recordar esse marco importante de toda a minha vida", confessou a atriz.
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No dia 25/04, Nathalia Timberg ficou emocionada ao participar de edição especial do “Globo Repórter” temático dos 60 anos da TV Globo. Na ocasião, o programa reproduziu o cenário em que a atriz apresentou o primeiro telejornal da emissora, em 1965.
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"5 de Agosto. Hoje a Dama do Teatro faz 96 anos! Ela começou a trabalhar há 90 anos, sim, aos 6 anos de idade. Foi a primeira apresentadora de um telejornal da Globo, há 60 anos. Se casou com um jornalista", escreveu a jornalista na introdução da postagem
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