PAPAI NOEL VERDE-AMARELO

"Quermesse da Mary" aposta em Natal brasileiro da gema

Neste fim de semana, bazar promovido pela designer Mary Arantes oferece produtos que valorizam a natureza, as tradições e a criatividade do Brasil

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Contraponto ao mundo cada vez mais digital e acelerado, em que o novo é descartado em favor do mais recente e a tecnologia dita a velocidade das tendências, a pequena escala de produtos de moda, arte, artesanato e gastronomia representa uma âncora para o autêntico. Esse é o norte do evento “Quermesse da Mary”, cuja primeira edição de Natal será realizada desta sexta-feira a domingo (7 a 9/11), no antigo showroom da designer Mary Arantes, no Bairro da Serra.

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“Cada vez mais, percebo o significado da 'Quermesse' e do que temos vivido em tempos de tecnologia de ponta. Na verdade, ponta fria, pois nos perdemos em milhares de sites e instagrans, com ofertas imperdíveis e descartáveis. Produtos que não sustentam nossos sonhos. Para sustentar venda e sonhos, precisamos de produtos com histórias verdadeiras”, diz Mary Arantes.

“De natureza natural” é o tema desta edição. “O natural e a natureza ganham foco na grande maioria dos produtos”, conta a designer.

O bazar terá 42 expositores, tanto nomes conhecidos quando estreantes na “Quermesse”. Eles vão oferecer joias, bijuterias, acessórios, roupas, itens de design, cerâmicas, arranjos florais, almofadas, arte têxtil, bonecos em tecido, marcenaria, produtos de bem-estar, saboaria e artigos para casa.

Mary Arantes se incomoda com as referências natalinas importadas dos Estados Unidos e da Europa, com seus tons vermelhos e verdes, além do Papai Noel nórdico. “Temos uma cultura tão forte, precisamos olhar para ela, sem estereótipos. Mostrar produtos que podem ser usados o ano todo, não apenas uma única vez.”

A designer destaca o encontro de gerações tanto de criadores (com estreantes e mestres veteranos) quanto da clientela. “A 'Quermesse' acolhe a todos como se estivessem em casa”, diz.

Mulheres negras e criança de roupas coloridas pintadas em papelão pelo artista Petchó Silveira
O paraense Petchó Silveira apresenta pinturas em papelão de cidadãos negros do Brasil Reprodução

As guirlandas de Liciana Bayer, que estreia no evento, têm flores, folhas e frutos preservados, combinados harmonicamente. O Ateliê Omaia, de Marcelo Maia, de São Gonçalo do Rio das Pedras (Alto Jequitinhonha), traz a coleção de flores, cactos e frutos do cerrado feitos em bambu.

De Caraí, no Vale do Jequitinhonha, Gregory Martins participa com objetos sonoros e percussivos confeccionados com sementes, que também podem ser usados como elementos decorativos ou escultóricos.

A Comflô leva à “Quermesse” seres mágicos, como fadas, elfos e bonecas artesanais em tecido, criados por Andrea Batista, moradora da Floresta Uaimí, unidade de conservação de São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto.

A associação de mulheres da cidade de Antônio Dias vai expor pássaros, tatus, almofadas, chapéus, bolsas, cestos e bonecas produzidos com fibra da palmeira Indaiá. A alagoana Tassila Guimarães, da marca Guimeiros, apresenta bolsas de palha revestidas de crochê.

Prata reciclada

A ourives Ana Queiroz cria peças com retalhos de madeiras nobres. Luciana Figueiredo, da Raiz Ateliê Botânico, une sementes, frutos e madeiras à prata reciclada. As duas são de Sabará e trabalham a ourivesaria com pequenos fragmentos que seriam descartados por marcenarias.


As roupas prezam pelo uso de tecidos sustentáveis, como linho e algodão, e tingimentos naturais. Sem falar do reuso, presente nos “garimpos” de Laura Alves Lima, a Laura Cafona.


De São Paulo, Beth Tokitaca traz joias com penas de pássaros e pedras. Petchó Silveira, de Belém do Pará, pinta personagens negros, a gente simples do Brasil, em papelão.


Na cerâmica, os novos nomes são a chilena Maru Rivera, que imprime nos trabalhos a identidade do seu povo, e Ancestral Ateliê, que leva para a argila entidades do candomblé e signos da identidade mineira.

“QUERMESSE DA MARY”

Edição de Natal. Nesta sexta e sábado (7 e 8/11), das 10h às 19h; domingo (9/11), das 10h às 17h. Rua Ivaí, 25, Serra. Entrada franca.

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