Violência

Psicanalista Mônica Januzzi participa de debate sobre feminicídio na AML

Professora da PUC Minas fala da relação entre assassinato de mulheres e romantização do amor, nesta sexta (21/11), na Academia Mineira de Letras

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Excepcionalmente neste mês de novembro, a edição do projeto Sábados Feministas, na Academia Mineira de Letras (AML), será realizada nesta sexta-feira (21/11). Criado em março do ano passado, o ciclo promove reflexões sobre questões ligadas às mulheres. Inicialmente pensada como um conjunto de oito palestras, a iniciativa se tornou parte fixa da programação da AML. A coordenação é de Mirian Chrystus, integrante do movimento feminista Quem Ama Não Mata.

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A edição de hoje (21/11), no auditório da AML, recebe a pesquisadora, psicanalista Mônica Januzzi, professora da PUC Minas, para abordar o tema “Romantismo e feminicídio à brasileira: quem ama mata?”.

Mônica vai apresentar o trabalho coordenado por ela, desenvolvido por um grupo de pesquisa da pós-graduação da PUC Minas. Em suas investigações, a psicanalista ouviu mulheres sobreviventes de tentativas de feminicídio. A ideia, explica, “é discutir a presença constante do amor romântico na cena da violência de gênero”.

O Brasil é o quinto país com o maior número de feminicídios no mundo, e o discurso amoroso frequentemente surge como justificativa para o crime.

Mônica Januzzi lembra que o maior índice de violência ocorre nas relações íntimas, “através de pessoas próximas, afetuosamente próximas da mulher, da menina, da adolescente”. Segundo ela, essas relações são muitas vezes confundidas com amor, cuidado e proteção.

Mesmo quando reconhecem a violência, muitas vítimas incorporam a ideia de que precisam suportá-la “por serem mulheres”, enquanto os agressores frequentemente afirmam agir “por amor”. “Quem está sendo amado aí, na verdade? É a mulher ou ele próprio?”, questiona a psicanalista.

Freud e Lacan

No encontro de hoje, Mônica explicará como a psicanálise lida com a relação amorosa. “Vou tentar mostrar um pouco como a psicanálise pensa o amor, o que é o amor para a psicanálise”, afirma. Nesse contexto, explica, trata-se do “amor mais narcísico, muito egóico, sustentado por um ideal masculino normativo”. A pesquisadora recorrerá a Freud e Lacan para aprofundar essa reflexão.

O grupo coordenado pela professora publicou dois artigos e trabalha agora na finalização de um livro. Para a pesquisadora da PUC, participar do debate na AML é uma forma de fazer o conhecimento acadêmico circular.

Mulheres fazem protesto na Praça Sete, em Belo Horizonte, contra a cultura do estupro
Mulheres fazem protesto na Praça Sete, em Belo Horizonte, contra a cultura do estupro Túlio Santos/EM/D.A Press

Além da produção intelectual, o grupo identificou a importância de atuar de forma direta com as mulheres. Ou seja, não apenas escutá-las, mas também intervir de alguma maneira, eixo que orienta a presença de Mônica Januzzi no projeto Sábados Feministas.

SÁBADOS FEMINISTAS


Debate com a psicanalista Mônica Januzzi. Excepcionalmente nesta sexta-feira (21/11), às 19h, na Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1.466, Lourdes). Entrada franca.

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