Telo Borges, irmão e um dos principais parceiros musicais de Lô Borges, compartilhou pela primeira vez detalhes sobre a internação do irmão, morto aos 73 anos no último dia 2 de novembro.
Lô foi encontrado desacordado em sua casa no dia 17 de outubro, após sofrer uma intoxicação medicamentosa. Durante a hospitalização, o cantor e compositor passou por diversos procedimentos médicos.
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No dia 25 de outubro, foi submetido a uma traqueostomia para facilitar a ventilação mecânica. Apesar de uma leve melhora nos dias seguintes, ele precisou iniciar sessões de hemodiálise em 27 de outubro para apoiar a função renal. Lô Borges permaneceu traqueostomizado até o falecimento.
“Tudo começou naquele fatídico domingo à noite, quando meu irmão Yé me ligou dizendo que o Lô estava internado e entubado no CTI. Na hora, uma dor no peito e um choro desesperado tomaram conta de mim. E ali começou uma dolorosa maratona”, escreveu Telo em uma publicação feita ontem (10/11), no Instagram.
A rotina de cuidados se estendeu por 17 dias. “Foram dias de pequenas vitórias e passos à frente, mas também muitos retrocessos. Orações, súplicas, choros, boletins médicos otimistas, sempre nos preparando para o pior”, relatou Telo.
Telo descreveu a angústia do domingo em que Lô faleceu, quando, pela manhã, a família foi barrada na entrada do CTI. “Ficamos observando, impotentes, através do vidro. Foi então que uma atendente nos disse que a psicóloga viria falar conosco. Minhas pernas fraquejaram e senti o coração sair pela boca”, relembrou.
Em meio à tensão crescente, Telo rejeitou um calmante oferecido por Yé e saiu para caminhar sozinho na Praça Floriano Peixoto, em frente ao hospital Unimed Contorno. Depois, voltou para falar com os médicos e, ao saber que a situação de Lô havia se agravado, seguiu para Santa Tereza para comunicar a notícia aos outros irmãos.
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Lô Borges faleceu naquela mesma noite, aos 73 anos. “Hoje, me sinto como um soldado ferido em uma batalha perdida, mas sei em quem tenho crido. A vida, a morte e tudo o que há de vir só tem um vencedor absoluto: Cristo Jesus, meu Senhor e Salvador. A Ele entrego meu irmão, minha família, minha vida, meu luto, minha dor e toda a minha emoção.”
