Minas Gerais não é apenas um estado brasileiro: é quase um estado de espírito — especialmente quando o assunto é comida. Conhecida por seus preparos lentos, fogão a lenha e uma tradição que passa de geração em geração, a culinária mineira é sinônimo de afeto servido no prato.

Por isso, o Estado de Minas desafiou o ChatGPT a escolher os 10 pratos mais saborosos da gastronomia do estado, com base em critérios objetivos e subjetivos como perfil químico de sabor (umami, acidez, gordura), complexidade sensorial, textura, equilíbrio, representatividade afetiva e impacto cultural.

Para a inteligência artificial, a culinária de Minas se destaca pela forma como combina técnica simples com sabor complexo. “Cozinhar no fogão a lenha, deixar o tempo agir sobre os ingredientes e valorizar o que vem da terra são práticas que resultam em pratos que vão muito além da nutrição — são lembranças comestíveis”, escreveu a IA.

Classificando a cozinha mineira como uma mistura de memória, aconchego e verdade, o ChatGPT escolheu o feijão tropeiro como a maior delícia do estado. Veja os 10 melhores pratos: 

1. Feijão tropeiro
O maior clássico da comida mineira. Uma mistura rica de feijão, farinha, linguiça, ovos, couve e torresmo que entrega crocância, suculência e um sabor profundo. É prato, acompanhamento e identidade regional ao mesmo tempo.

2. Tutu de feijão
Feijão engrossado com farinha, servido com arroz, couve e torresmo. Cremoso, encorpado e irresistivelmente saboroso, é a definição de comida afetiva.

3. Frango com quiabo
Patrimônio afetivo de Minas. Com molho encorpado e quiabo bem tratado (sem baba!), é um prato que combina rusticidade e técnica com um sabor que aquece.

4. Frango ao molho pardo
Feito com sangue temperado e cozido lentamente, o prato é denso, aveludado e cheio de personalidade. Para muitos, representa o sabor mais ancestral da roça.

5. Leitão à pururuca
Festa à mesa. A pururuca perfeita estala, enquanto a carne permanece suculenta. Um prato que exige técnica e tempo, mas recompensa com intensidade.

6. Costelinha com ora-pro-nóbis
A carne suína ganha frescor e leve acidez com a tradicional verdura carnuda do interior mineiro. Um prato raro fora da região, mas inesquecível para quem prova.

A lista dos 100 melhores restaurantes do Brasil, publicado anualmente pela revista Exame Casual, tem como objetivo apresentar um panorama da gastronomia do país através de endereços que se destacaram nos últimos 12 meses. Nesta edição, entraram nove restaurantes mineiros, sendo oito de Belo Horizonte e um de Tiradentes Victor Schwaner/Divulgação
Em 58º lugar, a bodega moderna Gata Gorda, da chef Bruna Martins, duplamente citada na lista, une Brasil e Espanha em uma seleção criativa de tapas Victor Schwaner/Divulgação
Em atividade há 11 anos, o Birosca, casa mais de Bruna Martins, mistura clássicos mineiros com influências do mundo todo, alcançando a 42ª posição Victor Schwarner/ Divulgação
A experiência da Degustação Guiada de Queijos Mineiros é um dos diferenciais do Trintaeum, que chegou ao 57º lugar Victor Schwaner
O único restaurante mineiro que não está em Belo Horizonte é o Tragaluz, de Tiradentes, no Campo das Vertentes, que atualmente está sob o comando do chef Felipe Rameh. Passou da 34ª para a 98ª posição nesta edição Luiza Bongir/Divulgação
Um dos mais conhecidos restaurantes de comida mineira de BH, o Xapuri, de Flávio Trombino, em 67º lugar, oferece em um ambiente de fazenda mesa farta e tradição Qu4rto Studio/Divulgação
Outro restaurante de Leo Paixão que aparece na lista, em 88º lugar, o Ninita mistura Itália e Minas Gerais em uma homenagem à bisavô do chef, Ninita Rubens Kato/Divulgação
Instalado no Mercado Novo, o Cozinha Tupis, de Henrique Gilberto, serve no balcão pratos que contam a história de Belo Horizonte. Com essa gastronomia, chegou à 60ª posição Acervo Pessoal
O restaurante mais bem colocado entre os mineiros é o Glouton, de Leo Paixão, que abocanhou o 18º lugar com uma cozinha autoral contemporânea Rubens Kato/Divulgação
Na 38ª posição, o Pacato, de Caio Soter, mostra como a cozinha mineira pode se modernizar, sem deixar de lado os ingredientes mais tradicionais, como porco, milho e verduras Victor Schwaner/Divulgação

7. Vaca atolada
Costela bovina e mandioca cozidas até virarem um só corpo cremoso. Um prato encorpado, rústico e profundamente saboroso.

8. Canjiquinha com costelinha
Milho quebrado cozido até formar um creme grosso com carne suína. É comida de panela, de roça, de casa cheia — e de alma cheia também.

9. Angu com carne moída ou frango
Simples, mas poderoso. O angu sem sal equilibra perfeitamente o molho bem temperado da carne. Textura macia, sabor direto e calor humano.

10. Arroz com pequi 
Polêmico e amado. O pequi confere aroma e sabor intensos que dividem opiniões, mas representam com fidelidade o Norte de Minas e sua identidade culinária própria.

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Além do top 10, a IA também citou os “extras” de boteco e de roça como uma menção honrosa. O primeiro é o torresmo pururuca e o torresmo de barriga, queijo coalho na brasa e pé de moleque com amendoim. O café coado na hora, no pano, e a  cachaça de alambique também foram citados.

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