Broa Café reforça protagonismo de sabores mineiros em hotel de BH
Cafeteria é a primeira dentro de um hotel da rede Accor a não servir croissants
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O recém-inaugurado hotel Tribe, no Bairro Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, continua investindo em operações gastronômicas inovadoras, com foco em ingredientes e preparos mineiros. O que poderia ser uma simples ou conveniente cafeteria dentro do lobby de um hotel, por exemplo, tornou-se o inovador Café Broa.
A mais nova operação, inaugurada em setembro deste ano, é comandada pela chef Ana Gabi Costa, assim como o restaurante Trintaeum e o novíssimo bar Coreto, que fica no último andar do mesmo prédio. Apesar de estar no interior do hotel, todos os espaços gastronômicos são abertos ao público.
A ideia de uma cafeteria no lobby do hotel Tribe sempre existiu. “Pensamos que seria legal, no entanto, que ela tivesse identidade e nome próprios”, diz a chef, que escolheu o nome Broa. “Para mim, o melhor jeito de tomar café sempre foi com broa”.
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Não por acaso, ela é a estrela do menu, vendida em quatro diferentes formatos, a começar pela tradicional broa de tabuleiro com queijo minas artesanal (R$ 18), tostadinha de ambos os lados.
A segunda versão é uma broa de canjica redondinha, clássica (R$ 15). Ela também pode vir recheada com requeijão cremoso e goiabada (R$ 25). Fechando as opções de broas do cardápio, há a opção mais durinha, como um biscoito: a broa caxambu com goiabada na massa (R$ 15).
E não para por aí, afinal, os menus assinados pela chef Ana Gabi em todas as operações são uma ode gastronômica mineira. No Broa, a carta é dividida em bebidas quentes e geladas, e quitandas, também com variação na temperatura em que são servidas.
Em meio às quitandas quentes, além das broas, é preciso destacar o tostex de pamonha recheado com queijo minas artesanal, pasta de tomate seco (vinda de Carmópolis) e bacon (R$ 38). Essa criação da chef, uma espécie de sanduíche envolto por pamonha salgada, já havia sido servida em alguns eventos antes da abertura do Broa, e agora pode ser degustada a qualquer momento, ou melhor, entre 8h e 19h, período em que a cafeteria funciona diariamente.
Por estar dentro de um hotel, o Broa conta com um serviço em que o hóspede pode, a qualquer momento, pegar itens na geladeira do lobby. Isso acontece com as cumbucas de salada e frutas e vai acontecer com os sanduíches de assados (frango, porco ou vegetais) em breve.
Doces
Todos os doces da casa são gelados. Um dos mais clássicos brasileiros, o bolo molhado de coco (R$ 22), é doce na medida, molhado como se espera e conta ainda com a crocância do coco queimado no topo. Para os nostálgicos de plantão, o bolo de festa (R$ 26), com massa de chocolate umedecida com mate-couro, recheio de calda de morango e doce de leite, é muito especial.
Para pequenas fomes, ou para finalizar muito bem a refeição, a colherada de doce de leite e queijo minas artesanal (R$ 16) é perfeita.
Cafés e bebidas quentes
Os cafés são assunto sério para os mineiros e, por isso, também foram cuidadosamente pensados por Ana Gabi e pela barista da casa. O Broa trabalha com grãos especiais da Academia do Café, referência nesse quesito em BH.
São três grãos diferentes: um usado no espresso (R$ 12), outro no coado V60 (método de preparo de café com coador cônico com ranhuras internas, vendido a R$ 20) e outro no coado do dia (R$ 10), que fica em uma garrafa e é preparado de tempos em tempos.
“Nossa barista preparou um espresso diferente para o cappuccino, uma outra receita usando o mesmo grão”, explica Ana Gabi, chamando atenção para o cuidado com cada detalhe.
Ainda entre as bebidas quentes, destaca-se o doce de leite vaporizado (R$ 19), uma bebida aconchegante, quentinha e marcada pelo sabor e cremosidade do doce de leite.
Bebidas geladas
As bebidas geladas também são totalmente mineiras. Os drinques em lata são da Equilibrista (marca que produz o Gingibre e a Rubra, por exemplo). Os refrigerantes vendidos são Mate Couro, Pon Chic e Guarapan. Há ainda a opção de duas cervejas mineiras.
Feitos na casa, o mate gaseificado e o suco de caju gaseificado (R$ 15 cada) fazem sucesso.
Identidade
O Broa, o Trintaeum e o Coreto seguem a mesma proposta de valorização da cozinha mineira. Isso vale para os pratos, mas também para os insumos, que são todos mineiros (eles não trabalham nem mesmo com refrigerantes que não são daqui). “Vai ser a primeira cafeteria de um hotel da rede Accor que não vai vender croissant”, conta Ana Gabi.
O apreço pelo internacional é um movimento que acontece em BH e que vai na contramão do que a chef das casas busca. “A tendência do mercado é sempre ficar preso no que já tem validação. Dá mais trabalho sair disso, você tem que vender a ideia e os produtos. O que fazemos no Trintaeum, por exemplo, dá mais trabalho do que teríamos se vendêssemos risoto lá”. Exemplo concreto disso é o prato de sobrecoxa de frango grelhada com caldo de galinha, angu de milho verde, quiabo e gema (R$ 100).
Aniversário
Enquanto o Broa celebra seus primeiros meses, seu irmão mais velho, o Trintaeum, já comemora seu primeiro ano. Para a ocasião especial, amanhã (2/12), o restaurante vai servir um jantar a quatro mãos, harmonizado com vinhos mineiros. E os responsáveis pelo menu são Ana Gabi Costa, chef da casa, e Flávio Trombino, à frente do icônico Xapuri. Os ingressos para o jantar estão sendo vendidos pelo Sympla.
Serviço
Broa Café (@broa.cafe)
Rua da Bahia, 2200, Lourdes
Todos os dias, das 8h às 19h