Um carro roubado em plena festa de aniversário. O imprevisto que marcou a comemoração de Patricia Abravanel em Orlando, nos Estados Unidos, serve de alerta para qualquer viajante. Situações inesperadas não escolhem hora nem lugar e podem transformar férias dos sonhos em um verdadeiro pesadelo financeiro e logístico.
Embora o caso da apresentadora tenha sido um furto de veículo, a lição é universal: planejar uma viagem vai muito além de comprar passagens e reservar hotéis. A contratação de um seguro viagem é a etapa que garante tranquilidade para lidar com os mais diversos perrengues, de uma simples dor de dente a problemas mais sérios, como a perda de documentos ou a necessidade de uma internação de emergência.
O seguro funciona como uma rede de segurança. Ele oferece assistência e cobertura para uma série de eventos que podem ocorrer longe de casa. Ignorar essa proteção, especialmente em destinos internacionais, é uma aposta arriscada. Os custos de despesas médicas no exterior, por exemplo, podem facilmente ultrapassar o valor total da viagem, gerando dívidas enormes.
Entender como essa proteção funciona e o que ela realmente cobre é o primeiro passo para fazer uma escolha inteligente e garantir que suas únicas preocupações durante o descanso sejam qual praia visitar ou qual restaurante experimentar.
O que o seguro viagem realmente cobre?
Muitas pessoas associam o seguro viagem apenas a emergências médicas, mas sua cobertura é bem mais ampla. Um bom plano é pensado para amparar o viajante em múltiplas frentes, minimizando prejuízos e oferecendo suporte prático quando mais se precisa.
As apólices variam, mas a maioria dos planos básicos e intermediários inclui proteções essenciais. Conhecer as principais coberturas ajuda a dimensionar a importância de cada uma delas para o seu perfil de viagem.
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Despesas médicas e hospitalares (DMH): essa é a cobertura mais importante. Ela cobre custos com consultas, internações, cirurgias e medicamentos em caso de acidente ou doença súbita durante a viagem. Para destinos, como os Estados Unidos, onde a saúde é privada e cara, um valor de cobertura baixo pode ser insuficiente.
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Extravio de bagagem: se a companhia aérea perder sua mala, o seguro oferece uma compensação financeira. Existe a cobertura complementar, para casos de perda definitiva, e a suplementar, que libera um valor para compras de itens de primeira necessidade enquanto a bagagem não é localizada.
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Cancelamento ou interrupção de viagem: caso você precise cancelar a viagem por motivos de força maior (como um problema de saúde grave na família ou uma intimação judicial), o seguro pode reembolsar as multas e taxas de cancelamento de voos e hotéis que não são reembolsáveis.
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Assistência odontológica: cobre despesas urgentes com dentistas, como o tratamento de uma dor de dente aguda, quebra de um dente ou uma infecção.
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Traslado de corpo e repatriação sanitária: são coberturas mais sensíveis, mas fundamentais. A repatriação garante o retorno do viajante ao seu país de origem caso ele não tenha condições de voltar em um voo regular por motivos médicos. O traslado de corpo cobre os custos de transporte em caso de falecimento.
Como escolher o seguro viagem ideal em 5 passos
Com tantas opções no mercado, a escolha do plano certo pode parecer confusa. No entanto, seguir um roteiro simples ajuda a filtrar as melhores apólices para suas necessidades, garantindo uma contratação sem arrependimentos.
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Avalie as exigências do destino: o primeiro passo é verificar se o seu destino tem alguma regra específica. Países que fazem parte do Tratado de Schengen, na Europa, por exemplo, exigem que os turistas tenham um seguro com cobertura mínima de 30 mil euros para despesas médicas e hospitalares.
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Defina o perfil dos viajantes e da viagem: o plano ideal muda conforme o roteiro. Viagens com práticas de esportes radicais exigem uma cobertura específica. Gestantes e idosos também precisam de planos com limites de idade e coberturas adequadas às suas condições.
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Compare as coberturas, não apenas o preço: o seguro mais barato nem sempre é a melhor opção. Analise os valores de cada cobertura, principalmente a de Despesas Médicas e Hospitalares (DMH). Verifique também os limites para extravio de bagagem e outras assistências que você julga importantes.
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Leia a apólice com atenção: antes de fechar o contrato, leia as condições gerais do seguro. É nesse documento que estão detalhados todos os seus direitos e deveres, além das exclusões (o que o seguro não cobre). Fique atento a detalhes como franquias e carências.
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Verifique a reputação da seguradora: pesquise sobre a empresa que oferece o seguro. Busque avaliações de outros clientes sobre a qualidade do atendimento e a agilidade no pagamento de indenizações. Uma seguradora com boa reputação oferece mais segurança na hora do aperto.
O que fazer em caso de imprevisto durante a viagem
Contratar o seguro é apenas a primeira parte. Saber como acioná-lo corretamente é o que realmente faz a diferença em uma emergência. A agilidade na comunicação pode acelerar o atendimento e evitar problemas burocráticos.
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Tenha os contatos sempre à mão: salve o número de telefone da central de atendimento do seguro no seu celular e, se possível, ande com uma cópia impressa da apólice. Muitas seguradoras oferecem atendimento via aplicativo ou WhatsApp.
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Comunique a emergência imediatamente: antes de procurar um hospital ou arcar com qualquer despesa, entre em contato com a seguradora. A equipe de atendimento irá orientá-lo sobre como proceder e para qual hospital da rede credenciada você deve se dirigir.
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Guarde todos os documentos e recibos: se precisar pagar por algum serviço para depois pedir reembolso, guarde todos os comprovantes, laudos médicos, receitas e notas fiscais. Em caso de roubo ou extravio de bagagem, faça um boletim de ocorrência e guarde o comprovante.
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Entenda como funciona o pagamento: verifique se o atendimento médico será pago diretamente pela seguradora ao hospital ou se funcionará por sistema de reembolso. Dar preferência a planos que pagam diretamente evita que você precise desembolsar grandes quantias durante a viagem.
Seguro viagem é obrigatório?
A obrigatoriedade depende do destino. Em países do Tratado de Schengen, na Europa, ele é exigido na imigração. A cobertura mínima deve ser de 30 mil euros para despesas médicas.
Mesmo em locais onde não é obrigatório, como nos Estados Unidos ou Japão, é altamente recomendável. Os custos de saúde nesses países são elevados e um imprevisto pode gerar uma dívida expressiva.
O seguro do cartão de crédito é suficiente?
Muitos cartões de crédito, especialmente os de categorias superiores, oferecem seguro viagem como benefício. No entanto, é preciso ter atenção às regras e aos limites de cobertura, que costumam ser inferiores aos de planos contratados separadamente.
Geralmente, a proteção só é válida se a passagem aérea tiver sido comprada integralmente com o cartão. Antes de contar com essa cobertura, leia atentamente a apólice para garantir que ela atende às suas necessidades e às exigências do destino.
O que fazer se minha bagagem for extraviada?
O primeiro passo é procurar o balcão da companhia aérea no próprio aeroporto e preencher o Relatório de Irregularidade de Bagagem (RIB). O documento é fundamental para qualquer solicitação de reembolso.
Com o RIB em mãos, entre em contato com a central de atendimento do seu seguro viagem. Eles vão orientar sobre os próximos passos, como o envio de documentos e os valores da indenização, seja para despesas emergenciais ou para a perda definitiva da mala.
Como funciona a cobertura para despesas médicas?
Existem duas formas principais. A primeira é o atendimento pela rede credenciada, na qual a seguradora paga diretamente as despesas ao hospital ou clínica, sem que você precise usar seu dinheiro.
A segunda é por reembolso. Nesse caso, você paga pelos serviços e depois solicita a devolução do valor à seguradora, apresentando todos os recibos e laudos médicos. Sempre que possível, o ideal é contatar a seguradora antes para ser direcionado a um local credenciado.
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Posso contratar o seguro depois de já ter viajado?
Não. A regra geral é que o seguro viagem deve ser contratado antes do início da viagem, ainda no país de origem. As seguradoras não permitem a contratação por quem já está no exterior.
O ideal é fazer a contratação com antecedência, logo após a compra das passagens e a reserva da hospedagem. Isso garante que você também estará coberto para eventos que antecedem o embarque, como o cancelamento da viagem por motivos de força maior.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.