A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu nesta quarta-feira (5/2) um idoso, de 64 anos, e seu filho, de 27, após a dupla tentar fazer um cadastramento de biometria para saque, com documento falso, na Caixa Econômica Federal. O caso aconteceu do bairro Calafate, Região Oeste da capital.

Segundo o sargento Marcos Paulo, o filho assumiu, sem nenhuma coação, que fazia parte de um esquema de fraudes em contas bancárias por meio do aplicativo Discord, onde ele recebia documentos falsos e cadastrava a biometria do pai para a conta de outra pessoa, fazendo diversos saques.

O idoso alegou não ter conhecimento do que se tratava, e somente acompanhava o filho, que posteriormente pagaria ele pelo uso de sua biometria.



A dupla teria ido à instituição financeira para recadastrar a biometria do idoso. Durante a prática, funcionários da Caixa acionaram o 190 após suspeitarem que o documento apresentado era falso. “O documento tinha a foto do pai, porém nomes e dados diferentes. Era uma falsificação grotesca”, conta o sargento.

Após a chegada da PM, o carro dos autores foi revistado e foram encontrados outros dois documentos fraudulentos. Ambos com a foto do idoso e dados de outras pessoas.

Ainda de acordo com o sargento da PM, o suspeito explicou que descobriu o esquema no aplicativo Discord, onde em contato com pessoas do estado do Rio de Janeiro, recebia via Sedex as identidades falsas para inserir a foto do pai e o endereço de qual agência procurar. 

“Ano passado ele tentou e deu certo. Conseguiu sacar R$ 17 mil com os documentos fraudulentos.”

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O homem ainda explicou à PM que não via problema na prática, já que a falha seria do banco, que posteriormente teria de ressarcir a pessoa lesada. “Também encontramos quatro cartões de débito, de bancos variados, que o filho explicou que teria pegado emprestado com amigos. Provavelmente ele pretendia usá-los para movimentar o valor em contas diferentes, deixando ainda menos suspeitas”, explica o sargento Marcos Paulo. Os autores foram presos e levados até a delegacia.

 *Estagiária sob supervisão da subeditora Regina Werneck

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