Sete Lagoas descarta contaminação por Mpox e confirma caso de varicela
Paciente com sintomas da doença foi isolada na última sexta-feira (6/6), quando foram feitos exames clínicos. Jovem teve contato com pessoa que teve Mpox
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Foi descartado o caso suspeito de contaminação por Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade nesta quinta-feira (12/6). De acordo com a pasta, os resultados dos exames feitos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) apontaram que o quadro clínico dos pacientes era de infecção do vírus da varicela, popularmente conhecido como catapora.
Apesar do diagnóstico negativo para Mpox, a paciente, uma aluna da Escola Estadual Maurilo de Jesus Peixoto, estava em isolamento e sendo monitorada desde o início da suspeita do diagnóstico. De acordo com o executivo municipal, as condutas adotadas para casos suspeitos das duas doenças são as mesmas.
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"Continuamos realizando as ações de rotina da vigilância da varicela e monitorando a possível ocorrência de novos casos dessa doença", afirmou a Prefeitura de Sete Lagoas.
Ainda segundo a administração municipal, os pacientes que apresentaram os sintomas já se recuperaram e não demonstraram “qualquer sinal de agravamento” do quadro clínico. Além disso, todas as pessoas que tiveram contatos próximos permanecem assintomáticos até o momento.
Diante dos resultados dos exames e da evolução favorável do quadro clínico, a Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas encerrou a investigação relacionada à suspeita de Mpox. “A Secretaria de Saúde reforça seu compromisso com a saúde e bem-estar da população de Sete Lagoas, mantendo a vigilância constante e a transparência nas informações”.
A catapora (varicela) e a Mpox (também conhecida como monkeypox ou varíola dos macacos) são doenças virais que podem ter sintomas semelhantes, mas também apresentam diferenças importantes. Os vírus que provocam as duas doenças também não são os mesmo. A catapora é altamente contagiosa, geralmente causando bolhas e conceira em todo o corpo, com início mais rápido e com tendência a ser mais leve em crianças. A Mpox, por sua vez, pode causar febre alta, dores e lesões mais dolorosas, além de inchaço dos gânglios linfáticos, sendo mais grave em crianças. O isolamento dos pacientes é indicado para as duas doenças.
Mpox
A mpox, anteriormente conhecida como monkeypox ou varíola dos macacos, emergiu como uma nova preocupação de saúde pública global, principalmente em países africanos, como a República Democrática do Congo. A mpox é causada pelo vírus monkeypox, pertencente ao grupo Orthopoxvirus, o mesmo da varíola humana.
Embora a doença seja zoonótica, transmitida de animais para humanos, o atual surto demonstra que a transmissão entre pessoas é uma ameaça real, especialmente em ambientes de contato próximo.
As manifestações da mpox geralmente se iniciam após um período de incubação que varia de seis a 21 dias, com sinais e sintomas leves. Porém, algumas pessoas, especialmente aquelas com imunossupressão, podem desenvolver formas graves.
A manifestação cutânea típica é o surgimento de pápulas e vesículas, precedido ou não de febre e de linfadenopatia (inchaço dos gânglios). Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.
As erupções podem acometer regiões como face, boca, tronco, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo, incluindo as regiões genital e anal. O período de doença varia de duas a quatro semanas e, apesar de a maioria dos casos serem leves, complicações como infecções secundárias, pneumonia e encefalite podem ocorrer.
O monitoramento médico é essencial para tratar e prevenir complicações, especialmente em grupos vulneráveis como crianças, gestantes e pessoas imunocomprometidas.
De acordo com informações do site do Ministério da Saúde, a transmissão do vírus da Mpox tem se dado principalmente de forma sexual, e a detecção precoce segue sendo a chave para interromper sua disseminação. A pasta também tem se empenhado na disseminação de informações sobre prevenção e na conscientização da população, especialmente entre grupos mais vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV.
A Varicela
Popularmente conhecida como catapora, a varicela é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com maior frequência em crianças, e com incidência no fim do inverno e início da primavera. Segundo informações do site da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas (na pele) que se apresentam nas diversas formas evolutivas (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), acompanhadas de coceira (prurido). Em crianças, geralmente é benigna e autolimitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais forte.
Uma vez adquirido o vírus da varicela, a pessoa fica imune à catapora. No entanto, esse vírus permanece em nosso corpo a vida toda e pode ser reativado, causando herpes-zoster, doença conhecida também como cobreiro.
A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio do contato direto ou de secreções respiratórias, ou seja: contato com o líquido da bolha; pela tosse, espirro ou saliva, ou por objetos contaminados pelo vírus.
O período de incubação do vírus varicela, causador da catapora, é de 10 a 21 dias após o contato. A transmissão se dá entre 1 a 2 dias antes do aparecimento das lesões de pele e estende até que todas as lesões estiverem na fase de crostas.
As crianças com varicela deverão permanecer no seu domicílio até que todas as lesões tenham evoluído para crosta, portanto, não devem ir a escola ou creche nesse período. Os sintomas da catapora, em geral, começam entre 10 e 21 dias após o contágio da doença.
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Em adultos, a doença cursa de modo mais grave do que nas crianças, apesar de ser bem menos frequente. A febre é mais elevada e prolongada, o estado geral é mais comprometido, as manchas são em maior número e as complicações mais comuns podem levar a óbito. Aos primeiros sintomas é necessário procurar um serviço de saúde para que um profissional possa orientar o tratamento e avaliar a gravidade da doença.
