A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) anunciou a ampliação e modernização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Onça, em Belo Horizonte. O lançamento do edital ocorreu em cerimônia realizada nesta segunda-feira (23/6), com a presença do vice-governador Mateus Simões. O investimento, estimado em R$ 1 bilhão, promete transformar a unidade na mais moderna do país, ampliar a capacidade de tratamento e melhorar a qualidade das águas do ribeirão do Onça e do rio das Velhas.

Segundo a Copasa, a estimativa é que as obras tenham início ainda este ano, com previsão de conclusão para o final de 2028. Mesmo durante a ampliação, a estação de tratamento continuará funcionando. Atualmente, a empresa tem capacidade para tratar 1,8 mil litros de esgoto por segundo; com a ampliação, serão 2,7 mil litros por segundo.

Com a modernização, haverá o tratamento terciário, uma etapa avançada que remove nutrientes como nitrogênio e fósforo, além da desinfecção por ultravioleta. Com isso, a empresa promete melhorar a qualidade da água no ribeirão do Onça e no rio das Velhas. 

Ainda segundo a Copasa, as intervenções devem gerar cerca de 1,2 mil empregos diretos e indiretos, incluir unidades de tratamento de odor para minimizar incômodos à vizinhança e prever o reúso do esgoto tratado na própria estação, com possibilidade de ampliação para outros fins, como usos urbanos e industriais. 

 

"Estamos falando do maior investimento das últimas décadas a ser feito pela Copasa. Investimento que deve se aproximar da casa de R$1bilhão na ampliação da ETE Onça, que hoje é responsável pelo atendimento de 50% da população de Belo Horizonte e pouco mais de 50% da população de Contagem”, afirmou o vice-governador, Mateus Simões.  

Ele destaca que, além de se tornar a maior estação do estado, a estação de tratamento também passará a ser a mais moderna do país. “A única, nesse porte, a contar com o tratamento terciário, responsável pela remoção de nutrientes e eliminação de material orgânico vivo, pela aplicação de luz ultravioleta. Essa expansão tem efeito importantíssimo para Belo Horizonte e Contagem porque são cidades que continuam crescendo e estamos no limite da capacidade de tratamento de efluente (esgoto)”. 

“Isso mostra que é uma empresa que está se preparando para a universalização do saneamento, dentro do que prevê a lei, atingindo todos os 637 municípios nos quais ela tem concessão”, afirmou o presidente da Copasa, Fernando Passalio. 

Sustentabilidade

Dentro do projeto, há previsão também para o aproveitamento dos subprodutos gerados no tratamento de esgoto, com a instalação de duas centrais de tratamento de lodo e biodigestores, visando possibilitar a utilização futura do biogás e do lodo. 

O projeto prevê também o monitoramento em tempo real do processo de tratamento, com diversos parâmetros acompanhados em uma sala de controle equipada com visão do processo, telas e supervisórios modernos, além de monitores distribuídos ao longo da estação de tratamento. 

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Inaugurada em 2006 e expandida em 2010, a ETE Onça é responsável pelo tratamento do esgoto de um total de 1,5 milhão de pessoas, incluindo 51,07% da população de Belo Horizonte e 55,34% dos moradores de Contagem.

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