A operação Conexão Sul de Minas, que visa coibir crimes hediondos cometidos por organizações criminosas mineiras e paulistas, foi deflagrada nesta quinta-feira (25/6), na Região Sul do estado. A ação é um trabalho conjunto entre a Polícia Federal (PF) e Polícia Militar (PMMG) e, segundo as corporações, o esquema criminoso em investigação movimentou pelo menos R$ 50 milhões em ativos ilícitos.

De acordo com  a PF, o alvo são duas organizações criminosas interligadas voltadas para a prática de crimes hediondos e equiparados, com forte atuação em Alfenas e Poços de Caldas, além de outras cidades da Região Sul do estado e noroeste de São Paulo.

Estão sendo cumpridos 18 mandados de prisão temporária, 16 de prisão preventiva, 80 de busca e apreensão, que foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Alfenas. Os mandados determinam, ainda, que haverá a colheita de DNA de quatro dos suspeitos, que serão lançados na rede Integrada de Perfis Genéticos (RIBPG), do Ministério da Justiça, pois eles são suspeitos de crimes patrimoniais contra instituições financeiras, praticados em vários estados.

Os mandados de busca e apreensão são 15 em Alfenas (MG), três em Andradas (MG), cinco em Campestre (MG), quatro em Mogi Guaçu (SP), 47 em Poços de Caldas (MG), quatro em Ribeirão Preto (SP) e dois em São João da Boa Vista (SP).

Investigações 

O caso começou a ser investigado há um ano e revelou um esquema criminoso altamente estruturado, responsável por crimes como tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, extorsão, receptação, roubo a bancos, furto qualificado e adulteração de veículos.

Antes desta quinta-feira (26/6), foram feitas prisões em flagrante em Alfenas, com a apreensão de 67 tabletes de maconha, além de tabletes de crack e cocaína e cinco veículos. Em Três Pontas houve a também apreensão de diversos tabletes de crack e cocaína.Já em Campestre a investigação levou à apreensão de uma pistola 9mm, carregadores e  diversas munições sem registro.

No estado de São Paulo, houve a apreensão de dois veículos com identificadores adulterados, em Ribeirão Preto. Na zona rural de Altinópolis, a polícia descobriu um robusto laboratório de processamento de drogas, apreendendo insumos e equipamentos utilizados no preparo de cocaína para comercialização. No local, ainda foram apreendidos prensa, moldes, marcadores e grande quantidade de produtos químicos.

Estudos desencadeados após cada ação policial demonstram um potencial criminoso dotado de uma capilaridade em constante adaptação e com rápida expansão tanto de suas atividades quanto de seu aparelhamento e do patrimônio de seus principais membros.

Segundo a PF, o cálculo é de que as organizações criminosas investigadas movimentaram pelo menos R$ 50 milhões em ativos ilícitos, que eram dissimulados especialmente por meio de transações de compra e venda de automóveis usados. Os criminosos também usam empresas de fachada e laranjas, além de depositarem valores em contas bancárias que estão sendo apreendidos e sequestrados. Outras estratégia é o investimento em imóveis, veículos, vários deles de luxo, embarcações e outros bens de alto valor, todos utilizados para ocultação de patrimônio.

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Segundo a assessoria de imprensa da PF, a operação visa não apenas a prisão dos envolvidos, mas também o sufocamento econômico-financeiro da atividade ilícita, objetivando assim desestruturar a criminalidade da região.

Resultados parciais da operação, ainda em apuração

- 31 presos;
- 4 prisões em flagrante;
- Aproximadamente 120 veículos apreendidos;
- Cerca de R$ 200 mil apreendidos;
- 6 armas de fogo apreendidas;
- Porções de cocaína e maconha apreendidas.

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