Dia E: Macaé Evaristo participa de mutirão de cirurgias e exames no HC-UFMG
Ao todo, são 45 redes que promovem, neste sábado (5/7), a ação com foco em atendimentos especializados e redução de filas
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Siga noProcedimentos cirúrgicos e exames de diagnóstico integram o Dia E - Ebserh em Ação -, mutirão do programa "Agora Tem Especialistas", realizado de forma simultânea em todos os hospitais universitários federais, que são 100% SUS, neste sábado (5/7). Ao todo, 45 redes federais da Ebserh, em mais de 20 estados, buscam ampliar a capacidade de atendimento da rede pública e reduzir o tempo de espera por serviços especializados.
Na capital mineira, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, e o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta, acompanharam os atendimentos no Hospital das Clínicas da UFMG. “A iniciativa vem responder a uma demanda muito forte, que é o atendimento das especialidades, e teremos mais de 8 mil procedimentos realizados dentro deste mutirão, que inclui cirurgias eletivas, consultas e exames. É para a gente entender a força do nosso SUS”, disse Macaé.
No Hospital das Clínicas da UFMG, dois mutirões foram realizados de forma simultânea: um para cirurgias, como ortopédicas de próteses de joelho, e outro para exames de diagnóstico por imagem e de cardiologia, incluindo 100 exames de ressonância magnética e tomografias, além de 1.400 eletrocardiogramas via telessaúde.
Os procedimentos atenderam pacientes previamente regulados pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. “Esse mutirão marca um esforço cotidiano no intuito de reduzir as filas, só neste dia, nos 45 hospitais da rede Ebserh. Haverá outros mutirões ao longo do ano, em setembro e dezembro”, afirmou o gerente de Atenção à Saúde do HC-UFMG, Vandack Alencar Nobre Junior.
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Julho Verde
Segundo Vandack, o foco do mutirão está em cirurgias eletivas e exames especializados, com prioridade para casos oncológicos. Ele explicou que as cirurgias eletivas são programadas e diferem das urgências, pois permitem a preparação prévia do paciente. “É um esforço muito concentrado nas situações em que a espera impacta na qualidade de vida do paciente. É o caso, por exemplo, de quem aguarda uma prótese de joelho por meses ou anos”, disse.
A ação envolve também cirurgias de cabeça e pescoço, em alusão ao Julho Verde, período de conscientização, prevenção e combate ao câncer de cabeça e pescoço. No Brasil, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer, entre 2023 e 2025, há previsão de 7.790 novos casos deste tipo câncer, além disso, 80% destes diagnósticos são tardios, dificultado o tratamento e as chances de cura.
Para a ministra Macaé Evaristo, a articulação entre os entes federativos e o fortalecimento da formação de especialistas são fundamentais para garantir o direito à saúde. Ela destacou que o atendimento começa na atenção básica e passa pela regulação até chegar aos hospitais. “Se você ataca as universidades federais, como ocorreu no governo passado com congelamento de vagas e redução do financiamento estudantil, isso prejudica lá na frente quem está na fila por uma cirurgia”, disse.
A coordenadora de Gestão do Ensino da Ebserh, Rosuita Fratari, destacou que o mutirão também tem função educativa. “Estamos atendendo pessoas que aguardavam suas cirurgias e seus exames e e ao mesmo tempo oferecendo aos estudantes e residentes a oportunidade de aprender na prática os procedimentos realizados”, afirmou.
Iniciativa
Desde que começaram os mutirões Ebserh em Ação, entre novembro de 2024 a março de 2025, o HC-UFMG já realizou mais de 240 atendimentos, incluindo exames oftalmológicos e de diagnóstico por imagem, rastreamento de câncer colorretal e cirurgias diversas com atenção especial à saúde da mulher.
O "Agora Tem Especialistas" é um programa federal lançado em maio de 2025 que visa reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados no SUS por meio da ampliação da oferta de consultas, exames, cirurgias e tratamentos oncológicos. Instituído pela Medida Provisória nº1.301, ele permite ao Governo Federal acionar redes públicas e privadas, clínicas, hospitais filantrópicos e unidades móveis, para ampliar os turnos de atendimento, mutirões, uso de carretas e telessaúde e integrar a infraestrutura existente ao SUS, com foco em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
O programa também prevê mecanismos de crédito financeiro e compensação fiscal para instituições parceiras, reforça o treinamento e a formação de especialistas (com oferta de cerca de 3,500 bolsas), implanta monitoramento via SUS-Digital e estabelece governança compartilhada entre União, estados, municípios e sociedade civil por meio de comitê de acompanhamento.
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