SEGURANÇA NAS FÉRIAS

BR-040 rumo ao Rio e a Brasília: fique atento aos riscos em cada sentido

Extremos da estrada que corta Minas tem diferentes perfis de risco: rumo ao Norte, há mais acidentes e feridos; em direção ao Sul, os desastres são mais letais

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A rodovia BR-040 e suas ramificações que ligam Minas Gerais a Goiás e a Brasília pelos planaltos e ao Rio de Janeiro, por entre vales e serras íngremes, têm relevos diferenciados, mas perigos comuns. Nos dois sentidos, predominam riscos como as travessias de áreas urbanas, de onde veículos lentos deixam bairros como se ingressassem em avenidas, ou nas quais pedestres cruzam pistas duplas correndo, sem medo de atropelamentos. São ameaças às viagens de férias de julho, especialmente diante do histórico de aumento da violência nos últimos três anos nessa época de recesso escolar. Só entre 2023 e 2024, as mortes nas rodovias federais mineiras tiveram um salto de 28,5% no mês, enquanto os acidentes cresceram 4,5% e o número de feridos aumentou 3,9%.


É o que mostra a segunda reportagem da série que apresenta um guia de viagem para que os motoristas possam planejar suas férias com maior segurança. Com base nas ocorrências registradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no período de recesso escolar entre julho de 2024 (do dia 12 ao 31); de 2023 (de 14 a 31); e de 2022 (de 15 a 31), o Estado de Minas revela trechos recorrentes de sinistros, períodos de maior fluxo e de exposição a riscos.


Ainda que com menos mortos do que o segmento entre Minas e o Rio de Janeiro, o trecho da BR-040 que faz ligação do estado com Goiás e Brasília registra dados consistentes de violência durante as últimas três férias de julho, como mostram as estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram 171 ocorrências, que deixaram nove mortos e 231 feridos.


A rota saindo da Grande BH é marcada por extensos trechos de pista dupla em reta, com histórico de excesso de velocidade de acordo com as ocorrências da PRF. Essa característica é interrompida por travessias urbanas densas (Contagem, Ribeirão das Neves, Sete Lagoas, Paracatu, Luziânia-GO e Valparaíso de Goiás), que representam zonas de conflito e perigo. A altíssima concentração de acidentes aos domingos (43,4%) sugere um intenso fluxo de retorno para Brasília e BH, que pode ocorrer também em estradas para o Norte e Noroeste de Minas.


Acidentes frequentes


Nas áreas metropolitanas (início e fim de cada rota), predominam as colisões traseiras por falta de reação adequada do motorista e as colisões laterais por mudanças de faixa. Nos trechos rurais, destacam-se as saídas de pista por excesso de velocidade e colisões transversais em cruzamentos e frontais em ultrapassagens indevidas, em grande parte das vezes fatais.


Na saída da Grande BH (Contagem e Ribeirão das Neves) o perímetro urbano-industrial representa tráfego caótico e pesado, com pistas múltiplas operando no limite. A principal interferência demonstrada pelas ocorrências é a disputa por espaço, com mudanças de faixas agressivas e reações tardias de motoristas no fluxo congestionado, levando a acidentes com carros, motos, caminhões e ônibus, além de atropelamentos.


No planalto mineiro (de Sete Lagoas a Paracatu), onde longos trechos de reta alternam entre pista dupla e simples, atravessando áreas rurais e cidades menores, os registros expõem o excesso de velocidade, a desatenção e a sonolência de condutores, além de ultrapassagens proibidas e acesso irregular em cruzamentos como as principais causas de acidentes.


Na chegada a Brasília há situação semelhante à da saída de BH, mas com uma densidade ainda maior de cidades-satélite no Distrito Federal e um intenso fluxo pendular (pessoas que trabalham no DF e moram nos arredores). A principal interferência é o conflito do tráfego rodoviário com o trânsito local, explícito no grande número de colisões traseiras, principalmente, com registros de pedestres que atravessam a rodovia e são vítimas de atropelamentos fatais, mesmo durante o dia.


Passeio mais seguro


Para viagens, especialmente em períodos de maior movimento nas estradas, como nas férias de julho, a PRF orienta os motoristas a adotar medidas de segurança antes de pegar a estrada, como organizar o trajeto com antecedência e fazer a revisão completa do automóvel. É essencial checar os itens obrigatórios e garantir que estejam em pleno funcionamento, além de conferir toda a documentação do carro e do condutor.


É importante também obedecer aos limites de velocidade e respeitar a sinalização viária. Todos os ocupantes do veículo devem usar cinto de segurança e crianças com até 7 anos e meio precisam ser transportadas em dispositivos apropriados, como bebê-conforto, cadeirinha ou assento elevado.


Ultrapassagens devem ser feitas apenas pela esquerda, em trechos autorizados e com total segurança. Antes de iniciar a manobra, verifique a distância dos veículos à frente e no sentido contrário, assim como o movimento dos que seguem atrás, além das condições de visibilidade. Sempre sinalize com antecedência e tenha atenção redobrada ao passar por caminhões e ônibus.


Mantenha uma distância adequada do veículo à frente. Em áreas urbanas cortadas por rodovias, a atenção com pedestres deve ser intensificada. Ao notar pessoas no acostamento ou nas laterais da via, reduza a velocidade.

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É aconselhável ainda levar água potável, alimentos práticos e frutas para enfrentar possíveis imprevistos, como congestionamentos ou bloqueios de pistas. Se chover, acione os limpadores, reduza a velocidade, aumente a distância de segurança em relação aos outros veívulos e evite parar no acostamento: prefira locais afastados da pista.

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