ATO EM BH

Mobilização de motoristas em frente a sindicato vira caso de polícia

Cerca de oito manifestantes ocuparam a Avenida Amazonas, em Belo horizonte, com faixas pedindo transparência ao sindicato da categoria

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Motoristas se mobilizaram na manhã desta segunda-feira (7/7) em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores em Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH), na Rua Rio Negro, no bairro Barroca, Região Oeste de BH. A ação não foi organizada pelo sindicato, que acionou a Polícia Militar (PM) para se resguardar, já que greve e paralisações sem comunicado antecipado geram multas e até demissões por justa causa aos sindicalistas. Manifestantes ocuparam a Avenida Amazonas com faixas.

De acordo com o representante do Movimento dos Motoristas Unidos (MMU), Edson Carlos Pinto, a proposta era alertar os motoristas que eles têm direitos. Para ele, a categoria deve se unir e estar presente nas discussões com o STTRBH, pois alguns profissionais se sentem distantes das negociações.

“A gente quer participar junto dos sindicatos, porque muitos motoristas têm reclamado que não há reivindicações, então queremos mostrar que a gente pode participar. Assim que o sindicato chamar para uma assembleia geral para discutir as pautas, os motoristas têm que estar atentos para participarem”, diz Pinto.

No entanto, segundo o STTRBH, houve uma confusão em relação às pautas, pois as negociações para reajuste de salários tem como data-base o mês de outubro. Os oito manifestantes que estiveram presentes no ato acreditaram que as negociações já estavam sendo feitas e que não havia transparência na divulgação.

“O sindicato está conversando com os manifestantes para entender o que eles querem. A negociação da data-base ocorre em outubro. Os motoristas estão questionando porque a negociação não foi clara, mas só agora eles estão entendendo realmente o processo das coisas. Lá para outubro que iniciamos as negociações”, explica o assessor de imprensa do STTRBH, Luciano Gonçalves Coelho Calixto.

Calixto explica que existe uma diretoria que compõe o sindicato, além dos trabalhadores sindicalizados e os não sindicalizados. O sindicato negocia para todos e reforça que os manifestantes desta segunda não fazem parte da diretoria, então não têm legitimidade para fazer a mobilização.

“Qualquer manifestação, o sindicato recebe multa. Por isso, o sindicato está tomando as medidas cabíveis para não ser prejudicado. Quando a manifestação não tem respaldo legal, o trabalhador pode ser demitido por justa causa. Queremos tornar pública uma situação irresponsável para que o trabalhador perceba que não se trata do sindicato”, diz Luciano.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas em Geral de Pouso Alegre e Região (STTRPA) também esteve presente e também avalia o ato negativamente. Conforme o presidente do STTRPA, Ricardo Fernando Machado, não é possível realizar uma greve sem antes avisar órgãos públicos.

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“Vieram só três pessoas e eles mesmo já entenderam que é difícil chamar para o movimento. Em um grupo com mais de 200 manifestantes, mas a realidade é que eles não querem reunião, eles querem tumultuar. A gente entende que os trabalhadores estão com pouca informação. Eles pedem mais transparência, mas eles mesmo não sabem explicar qual transparência eles querem”, comenta Ricardo.

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