HOMICÍDIO

Caseiro foi morto por 'espalhar' que tinha caso com o assassino

Crime ocorreu em maio. Suspeito chegou a se entregar e confessar o crime, mas só foi preso no fim de junho

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Um homem de 38 anos, identificado pelo prenome Ademir, está preso e foi indiciado, como sendo o autor do assassinato de um caseiro, num condomínio de Jaboticatubas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, a vítima, Agostinho Dias de Assis, de 66 anos, foi assassinado por estrangulamento, em 10 de maio, e enterrado em cova rasa, numa casa em construção, ao lado de onde morava.

O crime ocorreu em função de uma relação homoafetiva que tinha 19 anos, sendo que há 10anos, os dois homens viviam juntos. As investigações foram feitas pela Delegacia de Polícia em Jaboticatubas.

Segundo o delegado José Thomaz de Souza Júnior, a última mensagem enviada pelo caseiro foi em 9 de maio, e o corpo foi localizado no dia 30 do mesmo mês, em um imóvel em obras ao lado do condomínio no qual a vítima trabalhou por dez anos.

“Segundo a perícia, a cova foi de 30 centímetros, onde seria feito o contrapiso, no interior da residência. Com o passar do tempo, veio o mau-cheiro, em função do estágio de decomposição do corpo da vítima. Quando a Polícia Militar foi acionada, o corpo encontrado”, diz o delegado.

O autor chegou a se entregar, numa delegacia da capital mineira, mas por ter passado o tempo de flagrante, ficou em liberdade. Ele, no entanto, chamou a atenção de funcionários do condomínio, primeiro, por ter desaparecido de lá por algum tempo.

Depois, em 18 de maio, retornou, tendo chegado de chinelo e saído de botas. Isso chamou a atenção dos porteiros do condomínio, segundo o delegado Souza Júnior.

Motivação

O policial conta que depois que o corpo do caseiro ter sido encontrado, o suspeito procurou uma delegacia em Belo Horizonte e confessou os fatos.

Em sua confissão, Ademir contou que o crime ocorreu após um desentendimento, motivado pelo fato de a vítima estar dizendo na região que mantinha uma relação com ele.

“Em função disso, foi tomar satisfação e daí desencadeou uma discussão que teve como consequência a morte”, afirma o delegado.

No entanto, as apurações indicam outra motivação para a briga, segundo o policial. “Possivelmente, o que mais evidencia os fatos é que o suspeito, usuário de droga, estava cometendo alguns furtos contra a vítima, que foi questioná-lo no dia dos fatos, ocasionando a discussão. Nessa briga, o investigado estrangulou a vítima, segundo ele, com as próprias mãos, a arrastou nas proximidades e enterrou o corpo numa casa em construção ao lado", explica o delegado Souza Júnior. 

Prisão

Em 25 de junho, o delegado José Thomaz Souza Júnior pediu a prisão preventiva do suspeito, medida deferida pela Justiça. Quatro dias após, Ademir foi detido pela Polícia Militar após ser internado em uma unidade de saúde na Região Nordeste de Belo Horizonte.

Atualmente, o suspeito encontra-se no sistema prisional. O investigado foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com remessa do procedimento policial à Justiça.


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