MINERAÇÃO

MG: nível de emergência da barragem Xingu, em Mariana, é reduzido; entenda

Grau de emergência foi rebaixado após investigações geotécnicas e ampliação do monitoramento. A barragem deve ser descomissionada até 2034

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barragem de Xingu, na Mina Alegria, em Mariana, Região Central de Minas Gerais, teve seu nível de emergência reduzido para um, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM). Em 2019, o nível era dois. De acordo com a Vale, não há moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS), área onde se considera não haver tempo suficiente para uma intervenção eficaz das autoridades em caso de emergência.

A redução ocorreu a partir de investigações geotécnicas, ampliação dos instrumentos de monitoramento e avanços em estudos técnicos que permitiram avaliar a real condição de estabilidade da estrutura. 


Desmanche da barragem 

O volume de rejeitos da barragem é de 6,1 milhões de m³, cerca de metade da capacidade da barragem da Mina Córrego do Feijão, que se rompeu em Brumadinho, em 2019, com 12 milhões de m³, causando a morte de 270 pessoas.

De acordo com a Vale, responsável pela estrutura, a previsão é de que o descomissionamento — ou seja, o processo de remoção — iniciado em 23 de junho deste ano seja concluído em 2034.

Adequação de acessos, drenagem superficial, instalação de instrumentos adicionais para o monitoramento da barragem e obras de proteção ambiental marcaram a primeira etapa do processo. 

No Programa de Descaracterização de Barragens da Vale, o objetivo é eliminar todas as barragens com alteamento a montante no Brasil. Essas estruturas estão inativas e são monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana, pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa.

Atualmente, a barragem Xingu é uma das 13 estruturas que ainda serão descaracterizadas pela empresa. Dezessete já foram eliminadas.

Relembre a tragédia de Mariana 

Em cinco de novembro, a tragédia causada pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, completará dez anos. Foram quase 40 milhões de metros cúbicos de resíduos altamente contaminantes, que apagaram do mapa as localidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo.

Em Bento Rodrigues, 19 pessoas morreram e, segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), três nunca foram encontradas. 

Entre as consequências do rompimento, 600 pessoas ficaram desabrigadas e 1,2 milhão ficaram sem acesso à água potável. Quarenta e nove municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo foram prejudicados, e a lama percorreu 663 km até atingir o mar.

A lama também chegou ao rio Carmo e ao oceano, formando uma imensa mancha no litoral do Espírito Santo. 

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