PBH assina contrato de quase R$ 160 mi com a Caixa para obras em Venda Nova
O valor de 159 milhões será usado para concluir o reservatório da Vilarinho e refazer a barragem da Lagoa do Nado, que se rompeu no último período chuvoso
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Siga noA Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) assinou um contrato de empréstimo com a Caixa Econômica Federal (CEF), nesta quinta-feira (17/7), no valor de R$ 159 milhões, para concluir obras de drenagem nos córregos Vilarinho, Nado e Ribeirão Isidoro, em Venda Nova. Os recursos fazem parte do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa.
Os valores serão usados para concluir o Reservatório Profundo Vilarinho II, que, segundo a PBH, está com 40% da obra concluídos e tem capacidade para armazenar mais de 100 milhões de litros de água. A estrutura subterrânea tem 30 metros de profundidade - o que equivale a um prédio de dez andares - com 140 metros de comprimento e 40 de largura.
Ainda de acordo com o Executivo Municipal, a construção enfrenta desafios técnicos, especialmente por causa da instabilidade do terreno. Isso levou a ajustes no projeto e no método construtivo. A previsão de conclusão do reservatório é para o segundo semestre de 2026.
A outra intervenção prevista é a reconstituição da barragem Lagoa do Nado, que se rompeu no último período chuvoso, em novembro do ano passado. O recurso deve ser usado ainda para melhorias socioambientais no parque e adoção de medidas pontuais de preservação. Essa obra está em fase de projeto, com licitação prevista para este ano e início das obras estimado para o primeiro semestre de 2026.
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Alagamentos e inundações
O sistema de drenagem implantado pela PBH pretende minimizar o risco de alagamentos e inundações em uma área que historicamente sofre com enchentes. Ele vai possibilitar a captação do excesso de água da chuva, evitando riscos de inundação que afetem centenas de famílias e comerciantes da Avenida Vilarinho e Rua Álvaro Camargos. Segundo a PBH, as águas absorvidas serão bombeadas gradualmente para os córregos, o que minimiza o impacto das chuvas intensas.
Após a assinatura do contrato, o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) agradeceu a Caixa Econômica Federal pela parceria. “É o recurso que colocamos na obra para que ela não precise parar e que possamos dar andamento. As obras estão sendo executadas, e esse dinheiro já entra de imediato.”
Damião ressaltou que esteve com o presidente da Caixa em Brasília para negociar o empréstimo. "Hoje a Caixa faz investimentos importantes em Belo Horizonte. Não só com empréstimos como esse, que nos ajuda a resolver problemas da cidade, sem precisar mexer especificamente no caixa da cidade, mas também em eventos culturais."
O prefeito disse ainda que outros empréstimos serão necessários para que futuras obras sejam possíveis de serem executadas. "Por exemplo, no Anel Rodoviário; não tem possibilidade nenhuma de fazermos tudo que queremos e resolvermos o problema do Anel tirando dinheiro do caixa da prefeitura. Para fazer todas as obras estruturantes que o Anel Rodoviário precisa e merece, vamos ter que fazer por meio de empréstimos.”
Ele ressalta que a primeira tentativa é recorrer ao governo federal e que dois dos viadutos do Anel Rodoviário já têm recursos garantidos. “Mas são oito, no total. E ainda há outros viadutos, outras saídas, área de escape.”
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Segundo o prefeito, o ideal é que as obras fossem concluídas antes do período chuvoso. "É por isso que não podemos deixar a obra parar. Temos que fazer o empréstimo para ter a garantia de que essa obra vai até o fim. Não gosto muito de trabalhar com previsão porque depois não conseguimos fazer e somos cobrados. Para mexer com dinheiro público, é preciso uma responsabilidade muito grande. Tem que contratar uma empresa por meio de licitação, mas não tem a certeza se essa empresa vai parar a obra no meio do caminho ou continuar”, reclama.