MG: vereador acusado de matar ex-noivo vai responder em liberdade
Defesa entrou com pedido de habeas corpus alegando que o réu esta passando por tratamento oncológico, psiquiátrico e imunológico
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Siga noAcusado de matar a tiros o ex-noivo em maio do ano passado, o vereador de Araújos, Lucas Coelho, de 33 anos, pode deixar o Presídio de Formiga, no Centro-Oeste de Minas. A decisão, que concede habeas corpus e converte a prisão preventiva do parlamentar em medidas cautelares, foi publicada nessa quinta-feira (17/7) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
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Lucas foi acusado de assassinar o ex-noivo, Jhonathan Silva Simões, no dia 29 de maio de 2025. O professor conhecido como Jhony, de 31 anos, foi morto a tiros quando chegava em casa após o trabalho, em Formiga.
No documento em que o Estado de Minas teve acesso, a defesa de Lucas Coelho alega que solicitou habeas corpus por conta do tratamento oncológico, psiquiátrico e imunológico que ele esta realizando.
A decisão da Turma Julgadora da 2º Câmara Criminal do TJMG impõe:
- Assinatura do Termo de Compromisso de Comparecimento aos atos de processo em que, eventualmente, figurar como réu;
- Manter o endereço atualizado junto ao juízo de origem;
- Proibição de contato e de aproximação das testemunhas e dos familiares da vítima em um raio de 100 metros;
- Recolhimento domiciliar no período noturno, entre 18h e 6h, e nos finais de semana
Relembre o caso
O crime ocorreu em 29 de maio no Bairro Sagrado Coração de Jesus. O suspeito é parlamentar de Araújos e se apresentou à polícia em 5 de junho, acompanhado de advogados, e optou por permanecer em silêncio.
Brigas e discussões
As investigações revelaram que o suspeito e a vítima tiveram um relacionamento amoroso por um ano, sempre marcado por agressões e ameaças.
Em 15 de fevereiro deste ano, a vítima chegou a procurar a PMMG para registrar um boletim de ocorrência, ocasião em que relatou ter sido agredida, além de ter seu veículo danificado pelo suspeito.
Na delegacia, a vítima contou que tinha recebido ameaças por parte do suspeito, que disse a ela: "Vou derramar seu sangue, você vai sofrer o luto em Formiga".
Segundo o delegado Ricardo Augusto de Bessas, houve um agravante no relacionamento. “Passou a ser ainda mais conturbado a partir do momento em que a vítima tomou conhecimento de que ela havia contraído o vírus HIV. A vítima se sentiu prejudicada, porque o investigado era soropositivo e não havia informado essa circunstância para a vítima quando iniciaram o relacionamento”.
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Ao analisar mensagens enviadas pelo criminoso para a vítima, por meio de aplicativos, foram confirmados um padrão de violência e a premeditação do crime por parte do suspeito, segundo o delegado.