Anel Rodoviário: PBH recolhe quase 6 toneladas de lixo por dia
Após municipalização no início de julho, prefeitura assumiu a gestão e todo o trabalho de manutenção da via, uma das mais importantes da Região Metropolitana
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Siga noCom a recente municipalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, a prefeitura intensificou ações de limpeza e conservação nos trechos que atravessam a capital. Desde 13 de junho, mais de 40 garis e 22 equipes especializadas atuam diariamente na remoção de resíduos, recolhimento de animais mortos e manutenção da vegetação. A ação resulta na retirada de quase 6 toneladas de lixo por dia, segundo dados da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU).
O Anel Rodoviário, um dos corredores viários mais importantes da capital mineira, corta cinco regionais de BH - Barreiro, Oeste, Noroeste, Nordeste e Pampulha - e é trafegado por cerca de 100 mil veículos diariamente.
Após a assinatura da transferência de gestão, formalizada em 3 de julho, a Prefeitura de BH assumiu o controle de aproximadamente 22 km de pista, antes geridos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Lixo, mato e até carcaças
Erika Resende, chefe do Departamento de Serviços de Limpeza Urbana da SLU, diz que o trabalho no Anel vai além da simples coleta de lixo. "Estamos falando da remoção de depósitos clandestinos, capina, roçada e recolhimento de resíduos volumosos. Encontramos de tudo: carcaças de animais, sofás velhos, móveis, resíduos orgânicos, domésticos e recicláveis", detalha.
Grande parte dos materiais é fruto de descarte irregular às margens da via. A profissional alerta para o impacto negativo desse comportamento. "Mesmo o mato retirado da capina, que pode parecer inofensivo, é um resíduo sólido que precisa de destinação adequada", explica.
Todo o material recolhido é levado à Central de Tratamento de Resíduos em Macaúbas, onde recebe destinação ambientalmente correta.
Mais próxima da população, gestão promete melhorias
A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (SMOBI), por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), agora responde diretamente pelas intervenções estruturais, como a recuperação do pavimento, drenagem e manutenção de dispositivos de segurança. A expectativa é de que a nova gestão municipal garanta mais eficiência nos serviços e respostas mais rápidas às demandas da população.
Para Erika, a municipalização traz também um ganho simbólico: "O Anel Rodoviário agora está sendo tratado com o mesmo padrão de cuidado que adotamos em outras vias da cidade. Isso significa mais segurança, mais limpeza e uma melhor experiência para quem circula por ali".
Ela reforça que a limpeza urbana depende também da participação da população. "Acho importante convidar a população a se sentir pertencente a esse espaço, a entender que o Anel também é de sua responsabilidade. O descarte correto dos resíduos e a preservação do espaço são atribuições de todos nós", ressalta.
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Atualmente, Belo Horizonte conta com 36 URPVs (Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes), abertas todos os dias da semana. Esses espaços são apropriados para o descarte de móveis velhos, resíduos de construção civil e restos de poda. Além disso, a coleta de lixo domiciliar cobre praticamente toda a cidade e há também o serviço de coleta seletiva.
"Somando esforços, conseguiremos garantir que esse local esteja limpo e bem conservado", conclui a chefe da SLU.
Embora a gestão da via agora seja municipal, a conclusão das obras de recuperação do pavimento e da sinalização segue sob responsabilidade do Dnit. Estão previstos R$ 60 milhões em investimentos federais para as obras em andamento, que prometem entregar uma via mais segura e estruturada para os motoristas e para os cerca de 5 milhões de habitantes da Região Metropolitana da capital.
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Onde descartar resíduos corretamente em BH
- URPVs: 36 unidades disponíveis em todas as regionais da cidade, abertas de domingo a domingo;
- Coleta Domiciliar e Seletiva: cobertura em quase 100% dos domicílios;
- Saiba mais em: página da SLU no site da PBH.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice