Polícia acha chumbinho no quarto de suspeita de envenenar marido e enteado
Os testes realizados especificamente no feijão consumido pelas vítimas apresentaram, porém, resultado negativo para a presença da substância
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Siga noA Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da delegacia de Cataguases, na Zona da Mata mineira, encontrou chumbinho armazenado no quarto da mulher, de 61 anos, suspeita de envenenar o marido, de 51, e o enteado, de 6. Morta no dia 13 de julho, ela teria atentado contra a própria vida após o crime. Na ocasião, as vítimas foram internadas em estado grave e com indícios de substâncias tóxicas no organismo.
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Apesar da corporação ter encontrado a substância, os testes realizados especificamente no feijão consumido pelas vítimas apresentaram resultado negativo para a presença de chumbinho. “Dessa forma, não é possível afirmar que o feijão tenha sido o alimento utilizado como veículo para a administração do veneno. Ainda assim, todos os elementos reunidos até o momento apontam que o chumbinho foi, de fato, o agente utilizado na tentativa de envenenamento”, informou a PCMG.
De acordo com informações cedidas pela corporação nesta sexta-feira (25/7), a criança segue internada, e o homem já recebeu alta médica. O dia em que pai foi liberado não foi informado.
Suspeita de envenenamento
Na tarde 13 de julho, o homem procurou um hospital em Cataguases após o filho sofrer uma parada cardíaca. A criança foi internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Em seguida, o pai foi levado para uma sala de espera e, pouco tempo depois, começou a ter convulsões e passou por uma lavagem estomacal. Depois da internação de ambos, em estado grave, os médicos passaram a suspeitar de envenenamento.
De acordo com a PCMG, em depoimento, o homem relatou que, no dia dos fatos, havia consumido macarrão, feijão e frango e percebeu uma substância escura no fundo do prato. Ele teria questionado a mulher, que teria alegado tratar-se de tempero.
Ainda segundo a corporação, a perícia também constatou que algumas vasilhas da residência haviam sido lavadas antes da chegada da equipe, o que pode “indicar tentativa de ocultação de vestígios.”
Segundo o delegado responsável pela investigação, Conrado Guedes, a motivação do crime estaria relacionada a conflitos anteriores da suspeita com o homem. Dentre os fatores apurados, estão a não aceitação do resultado positivo do exame de DNA que comprovou a paternidade, a insatisfação com o pagamento da pensão alimentícia e relatos de ciúmes em relação à mãe do menino.
As investigações seguem em andamento.
Morte da suspeita
No dia do suposto envenenamento, logo após o pai e a criança chegarem na Santa Casa de Misericórdia de Cataguases, a mulher também deu entrada, levada pelo filho dela, de 34 anos. A suspeita teria chegado com cortes pelo corpo e sintomas de envenenamento.
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O filho da suspeita contou aos médicos que, depois que um vizinho o avisou sobre a internação do padrasto e do irmão, ele foi até a casa da mãe verificar como ela estava e a encontrou inconsciente. Na casa dela, também teria sido encontrada uma faca com sangue.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata