Um homem de 20 anos foi condenado duas vezes por uma série de crimes cometidos contra a ex-companheira e o próprio filho. As penas, que somam 90 anos de detenção, envolvem agressão, cárcere privado e estupro contra a então parceira, além de homicídio qualificado e ocultação de cadáver contra a criança, que tinha apenas 1 mês de vida.

Os crimes, que ocorreram em Ouro Verde, na Região do Vale do Mucuri, tiveram início em 2022, quando o homem passou a agredir fisicamente a namorada, então com 16 anos. Os maus-tratos incluíam ameaças, humilhações e ataques, sendo que alguns ocorreram na frente de familiares da vítima.

O homem se tornou ainda mais violento quando a jovem engravidou. O casal passou a residir na zona rural do município, em local remoto, onde o agressor, por vezes, mantinha a casa trancada por dentro, com as chaves escondidas. O homem ainda forçava a companheira a manter relações sexuais com ele. 

Após o parto, em abril de 2023, o filho do agressor também se tornou vítima. A criança era privada de alimentação, higiene e cuidados médicos. As más condições levaram o bebê, então com um mês de idade, à morte. O cadáver foi enterrado em uma cova rasa, em uma mata próxima à casa, sem que o óbito fosse comunicado às autoridades ou a parentes.

Em virtude da morte do filho, o homem fugiu em uma motocicleta roubada, levando a companheira sob ameaças. No entanto, acabou preso em flagrante no Espírito Santo, em uma ação articulada por autoridades mineiras e capixabas.

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Após a atuação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Justiça desmembrou o caso, resultando em duas condenações em processos distintos, conduzidos pela 2ª Promotoria de Justiça de Teófilo Otoni.

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