Com cartazes com a frase “cultura não é crime”, diversas pessoas contrárias à criminalização do funk e do rap se reuniram na tarde deste sábado (12/7) durante o ato “BH vai virar baile”. A manifestação, organizada por movimentos sociais e partidos políticos da capital, aconteceu na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte.
Em 27 de maio, a Câmara Municipal de BH reuniu artistas, representantes de movimentos sociais e autoridades para discutir dois projetos de lei que, na avaliação de parte dos parlamentares e produtores culturais, representam uma tentativa de criminalizar manifestações artísticas das periferias, especialmente o funk e o rap. O debate girou em torno do PL 25/2025 e do PL 89/2025, ambos de autoria do vereador Vile (PL), sendo este último também assinado por Flávia Borja (DC).
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As propostas preveem, respectivamente, a proibição do uso de recursos públicos para a contratação de shows que, segundo o texto, façam apologia ao crime, ao uso de drogas ou contenham conteúdo sexual explícito; e a restrição da execução de músicas com esses mesmos conteúdos em instituições de ensino, citando expressamente o funk.
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Pelas redes sociais, o rapper Djonga convocou seus seguidores e fãs a estarem presentes no ato da Praça da Estação. Para ele, os projetos de lei são um “retrocesso” para a música e para a cultura. “Retrocesso para o povo periférico que tanto lutou para estar onde está. E não que esse ‘onde está’ que a gente tá falando seja um grande ‘onde está”, porque a verdade a gente sabe que é outra, o corre ainda é muito longo”.
Pelas redes sociais, o rapper Djonga convocou seus seguidores e fãs a estarem presentes no ato da Praça da Estação. Para ele, os projetos de lei são um “retrocesso” para a música e para a cultura. “Retrocesso para o povo periférico que tanto lutou para estar onde está. E não que esse ‘onde está’ que a gente tá falando seja um grande ‘onde está’, porque a verdade a gente sabe que é outra. O corre ainda é muito longo.”
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Durante a audiência pública na Câmara de BH, Djonga fez críticas às propostas e questionou quem decidiria o que é apologia e o que não é. Além dele, também participaram do debate artistas como DJ Perré, WS da Igrejinha, a coreógrafa Negona Dance, e representantes dos coletivos Família de Rua, Nação Hip-Hop, Fórum do Hip-Hop e Fórum das Juventudes.