Uma operação da Polícia Civil de São Paulo contra uma quadrilha especializada em aplicar golpes em vendedores que atuavam na internet prendeu um homem em Uberlândia. De acordo com as investigações, a organização criminosa tem sede na cidade do Triângulo Mineiro, mas agia em todo o estado de São Paulo. Os prejuízos causados pelos golpistas passam de R$ 200 mil, segundo as investigações.


Foram cumpridos quatro mandados de busca domiciliar em Uberlândia, expedidos pela Justiça paulista. O suspeito detido tem 19 anos e confessou a participação no estelionato, mas não informou quem são os seus comparsas, de acordo com a polícia. Celulares, notebook, videogames e um caderno de anotações relacionadas aos crimes em apuração também foram apreendidos. 


De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha utilizava o MarketPlace do Facebook como principal ferramenta para aplicar os golpes, negociando a compra de bens móveis como eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, artigos de informática e até motores de popa com vendedores residentes em diversas cidades paulistas, inclusive em Fernandópolis, de onde partiu a investigação.


No entanto, a suposta compra não era finalizada com o pagamento. Em vez disso, os criminosos enviavam motoristas de aplicativo para buscar os itens diretamente com as vítimas, muitas vezes utilizando comprovantes de transferência falsificados como forma de enganar os vendedores.


Segundo o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais de Fernandópolis, Rafael Prado Buosi, pelo menos 20 boletins de ocorrência registrados em diferentes cidades do Estado de São Paulo registram vítimas do esquema do grupo. "É uma quadrilha bem estruturada, que agia com frieza e planejamento, explorando a confiança das vítimas e as facilidades do ambiente digital", afirmou.

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Não está descartada a possibilidade do número de vítimas pode ser ainda maior. "Muitos casos não foram registrados ou ainda estão sendo levantados. Acreditamos que esse valor pode subir consideravelmente nos próximos dias, à medida que novas vítimas forem identificadas", explicou o delegado.


A investigação também revelou o uso de chips de telefone cadastrados com dados falsos, contas bancárias de terceiros e perfis falsos no Facebook.

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