Os sócios de um bar em Espera Feliz (MG), na Zona da Mata, foram condenados pela morte de um cliente do estabelecimento. O crime ocorreu na madrugada de 8 de fevereiro de 2024, depois de uma discussão. Mário Miranda Netto foi morto a facadas desferidas por Edmilson Novato de Oliveira, que pegou 23 anos de cadeia. O segundo réu, Willian dos Santos de Araújo, foi condenado a seis meses de detenção em regime semiaberto.
O julgamento, que durou mais de 17 horas, foi realizado pelo Tribunal do Júri local a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), representado pelos promotores de Justiça Vinicius Bigonha Cancela Moraes de Melo e Felipe Fauri. Durante o julgamento, os réus responderam apenas as perguntas dos seus advogados e dos jurados.
Segundo a denúncia, o assassinato ocorreu por volta da 1h35 da madrugada de 8 de fevereiro de 2024. Na ocasião, após uma discussão iniciada no bar, Mário, que era conhecido como “Netinho”, foi morto com quatro golpes de facas efetuadas pelo réu Edmilson (conhecido como “Dino”).
A briga começou depois que o amigo da vítima fez uma brincadeira com a companheira de Willian, chamando-a de “gordinha”. Ele se irritou com a fala e foi tirar satisfação. Nesse momento, Netinho não gostou de ouvir o amigo pedir desculpas e entrou na discussão.
Em seguida, mesmo não estando ligado diretamente à confusão, Edmilson teria se irritado com a situação e, durante a briga, pegou uma faca de churrasco e começou a golpear a vítima, perfurando os pulmões. Mesmo com o Mário ferido e caído no chão, William o agrediu com socos e chutes. Depois ameaçou o amigo da vítima, afirmando que tudo era culpa dele, que ele era um “bosta” e que seria o próximo a morrer.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada e encontrou a vítima já sem vida no chão. Após o crime, Edmilson fugiu, mas se apresentou posteriormente à Delegacia de Polícia Civil em Manhumirim (MG), na Zona da Mata.
A PM analisou as câmeras de segurança e viu toda a ação. Foi possível visualizar que Willian e um funcionário limparam o local onde a vítima foi esfaqueada, na tentativa de atrapalhar a perícia.
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Os jurados entenderam que o crime foi cometido por motivo fútil e de forma que impediu qualquer reação da vítima. Edmilson foi condenado a 23 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio qualificado. Já Willian dos Santos de Araújo recebeu a sentença de seis meses de detenção em regime semiaberto pelo crime de ameaça contra o amigo da vítima que estava no local do crime.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino