A Operação “Do Luxo ao Lixo”, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e da Receita Estadual, utilizou denúncias e queixas de consumidores, inclusive registradas em plataformas como o “Reclame Aqui”, para revelar um esquema de comércio ilegal de produtos de luxo em uma loja em BH.
Nessa quarta-feira (16/7), o estabelecimento foi alvo da operação. Segundo as autoridades, o local atuava sem cadastro fiscal e comercializava itens de grife com fortes indícios de falsificação e descaminho. A loja, fechada por tempo indeterminado, fica em um dos principais shoppings da capital mineira.
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O estabelecimento, que vendia roupas, tênis e perfumes, acumula 18 denúncias anônimas na plataforma “Reclame Aqui”. A maior parte dos comentários questiona a originalidade dos artigos.
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A reclamação mais antiga foi publicada em agosto de 2022. Um cliente relata que adquiriu uma camiseta da marca Lacoste, com a garantia de que era original, por R$ 280. No dia seguinte, ele levou a blusa em uma loja oficial da marca, e, segundo ele, os vendedores informaram que era uma réplica. Seis dias após a compra, retornou ao estabelecimento, que negou a devolução do produto.
“Além de me vender um produto falsificado como original, negaram a devolução e não me deram o dinheiro de volta. Um absurdo total”, comentou.
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Outro cliente viveu uma situação parecida ao comprar outro produto falso, de acordo com o comentário na plataforma. “Caso não consiga meu dinheiro de volta, entrarei com processos contra a loja, por venda de produtos falsificados como originais e qualquer outra categoria que se encaixe, e o shopping, por permitir esse tipo de loja em seu ambiente.”
Dentre as 18 reclamações no portal, somente uma foi respondida, a respeito de um perfume supostamente falsificado. O estabelecimento disse que a compra "não foi feita na loja".
Operação 'Do Luxo ao Lixo'
De acordo com a investigação, a loja funcionava sem qualquer registro ativo da Secretaria de Estado de Fazenda, configurando a atividade como algo totalmente irregular. No local, diversos produtos com características típicas de réplicas de marcas de grife foram apreendidos. Segundo as autoridades, algumas falsificações são tão sofisticadas que vão exigir perícia das próprias marcas originais para comprovação.
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Além da possível falsificação, o estabelecimento está sendo investigado pela origem ilegal das mercadorias, que podem ter chegado ao país sem pagamento de tributos. Caso confirme a irregularidade, os produtos serão destruídos, conforme determina a legislação brasileira.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata