Um homem de 34 anos, apontado como uma das principais lideranças de uma facção criminosa paulista com atuação em todo o território nacional, foi preso nesta sexta-feira (18/07) em um condomínio à beira-mar na cidade de Praia Grande, litoral de São Paulo. Ele é investigado por ordenar atentados contra policiais penais em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, em 2020, e estava foragido desde então.

A prisão foi resultado de uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio do 9º Departamento de Polícia Civil, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, da Diretoria de Inteligência (DSI) e do Centro de Operações de Inteligência (COI) dos dois estados. Três mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em locais ligados ao investigado, com o objetivo de reunir novas provas e mapear possíveis ramificações da facção na região.

“O mandado de prisão preventiva e os três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em desfavor de uma importante liderança de uma organização criminosa com atuação em Minas Gerais e em todo o território nacional”, afirmou o delegado Carlos Antônio Fernandes. “Esse indivíduo é investigado na cidade de Uberlândia por ordenar homicídios tentados contra policiais penais no ano de 2020, encontrando-se foragido desde então.”

Segundo o delegado, a localização do suspeito foi possível a partir da troca de informações entre as equipes de inteligência da PCMG em Uberlândia e do COI de Belo Horizonte. “Identificou-se que esse indivíduo estaria residindo no litoral paulista. Com apoio da Polícia Civil de São Paulo, através da DSI e do COI, na data de hoje foi dado cumprimento a essas ordens judiciais”, completou.

No momento da abordagem, o homem apresentou um nome falso e acabou sendo autuado também em flagrante por uso de documento falso. “Ele recebeu voz de prisão em flagrante e também pelo cumprimento do mandado de prisão. Foi encaminhado para a Polícia Civil de São Paulo e encontra-se à disposição da Justiça”, informou Fernandes.

As investigações indicam que os atentados contra os policiais penais foram autorizados por um setor da organização criminosa responsável por ordenar ataques contra agentes públicos e punir membros que descumprem as regras internas. A ofensiva teve, segundo a apuração, aval da cúpula da facção.

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A Polícia Civil destacou que a prisão representa um avanço significativo no enfrentamento à criminalidade organizada em Minas Gerais, especialmente na contenção da atuação de facções no estado, e reforçou seu compromisso com a segurança pública e com a atuação estratégica e integrada contra o crime.

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