A violência nas rodovias federais apresentou leve queda no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, mas em estados como Minas Gerais, o número de pessoas que perderam suas vidas chegou a ser ampliado em 8% no mesmo período. É o que mostra levantamento da reportagem do Estado de Minas sobre dados recém publicados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).



Os dados de 2025 em comparação com 2024 indicam uma leve, mas positiva, desaceleração nos índices de acidentes (-1,5%), mortos (-0,8%) e feridos (-1,4%) nas rodovias federais do Brasil. (Confira a tabela)



Mas ainda são patamares elevados se considerado que desde 2022 (primeiro ano após a pandemia do novo coronavírus), o Brasil registrou um aumento de 12,1% no total de acidentes, o quantitativo de mortos cresceu 11,9% e o total de feridos foi ampliado em 15,5%.

Embora em Minas Gerais haja uma recente estabilização e leve queda no número total de acidentes (-0,4%) e feridos (-1,5%) de 2024 para 2025, a tendência geral desde 2022 mostra um crescimento tanto nos acidentes quanto nas vítimas - feridos e, especialmente, mortos.



O aumento de 8% no número de mortos entre 2024 e 2025, mesmo com uma leve redução nas ocorrências pode ser um indicador de que os acidentes estão se tornando mais graves.

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram os registros de acidentes nas BR's do país e de Minas

Soraia Piva/EM/D.A Press



Há um crescimento contínuo de acidentes de 2022 para 2024, com um pico neste último ano, seguido por uma leve redução em 2025. No período total, de 2022 a 2025, houve um aumento geral de 14,1% no número de acidentes, o volume de mortos cresceu 12,1% e os feridos foram ampliados em 18,2%.



Minas Gerais ocupa o 8º lugar no ranking de aumento de mortos, com uma alta de 8% (de 360 para 389 mortos), no comparativo entre os primeiros semestres de 2024 e 2025. Minas Gerais ficou em 11º entre os estados mais críticos em termos de evolução de acidentes no período de 2024 a 2025, com uma redução de -0,49% (de 4.469 para 4.447). Minas ficou na 13ª posição entre os estados mais críticos entre o controle ou descontrole percentual do número de feridos, com uma redução de -1,52% (5.640 para 5.554).




A Paraíba apresentou o maior crescimento de acidentes, com 14,92% mais em 2025 (1.032 acidentes) do que em 2024 (898 acidentes). Em seguida, destacam-se Roraima (12,12%, de 66 para 74 acidentes), Pará (9,20%, de 435 para 475 acidentes), Espírito Santo (8,28%, de 1.184 para 1.282 acidentes) e Mato Grosso (4,36%, de 1.239 para 1.293 acidentes).



Já as reduções mais expressivas de acidentes foram lideradas pelo Acre (-14,29%, de 140 para 120 acidentes), seguido por Tocantins (-13,14%, de 373 para 324 acidentes), Pernambuco (-11,69%, de 1.583 para 1.398 acidentes), Goiás (-9,06%, de 1.644 para 1.495 acidentes) e Distrito Federal (-6,99%, de 515 para 479 acidentes).



No que se refere ao número de mortos, Amapá e Distrito Federal tiveram as maiores altas percentuais, ambos com 166,67% de aumento (Amapá de 3 para 8 mortos; Distrito Federal de 9 para 24 mortos) de 2024 para 2025. Em seguida, aparecem Piauí (30,77%, de 65 para 85 mortos), Santa Catarina (12,81%, de 203 para 229 mortos) e Alagoas (11,63%, de 43 para 48 mortos).

Minas Gerais



As diminuições mais significativas no número de mortos foram observadas em Roraima (-26,67%, de 15 para 11 mortos), Amazonas (-23,08%, de 13 para 10 mortos), Rio Grande do Sul (-18,39%, de 174 para 142 mortos), Bahia (-14,71%, de 333 para 284 mortos) e Maranhão (-14,40%, de 125 para 107 mortos).



Quanto ao número de feridos, o Amapá apresentou o maior crescimento percentual, com 40,58% a mais em 2025 (97 feridos) em comparação com 2024 (69 feridos). Em seguida, destacam-se Paraíba (20,80%, de 1.000 para 1.208 feridos), Alagoas (9,86%, de 345 para 379 feridos), Espírito Santo (8,41%, de 1.498 para 1.624 feridos) e Piauí (5,45%, de 752 para 793 feridos).

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As maiores reduções percentuais de feridos foram em Amazonas (-46,72%, de 122 para 65 feridos), Acre (-21,34%, de 164 para 129 feridos), Distrito Federal (-18,31%, de 568 para 464 feridos), Roraima (-14,17%, de 120 para 103 feridos) e Tocantins (-10,50%, de 419 para 375 feridos).

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