EM INVESTIGAÇÃO

Morte de gari: Justiça derruba sigilo de prisão de empresário

Audiência que vai decidir se Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, vai continuar preso ou responder inquérito em liberdade será nesta quarta-feira (13/8)

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O segredo de Justiça colocado no auto de prisão em flagrante do suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fagundes, de 44 anos, foi derrubado na noite desta terça-feira (12/8). A decisão partiu do juiz Leonardo Damasceno, da Central de Audiência de Custódia (CEAC-BH). A audiência que vai decidir se Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, terá a prisão convertida em preventiva está marcada para esta quarta-feira (13/8), às 8h30. 

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a audiência de custódia é um procedimento obrigatório em casos de prisão em flagrante. Nela, o suspeito é apresentado a um juiz, que avalia a legalidade da prisão e decide se ele deve permanecer preso preventivamente, ser solto ou receber alguma medida cautelar.

O auto de prisão do caso de Renê, conforme informou o TJMG nesta tarde, iria correr em sigilo. Após a queda do pedido para manter as informações confidenciais, o Fórum Lafayette informou que a medida foi solicitada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

Após a prisão do principal suspeito, foi informado que o homem é marido de uma delegada da corporação. A suspeita é que ele tenha usado uma arma de uso pessoal da servidora para efetuar o disparo que atingiu e matou a vítima. O artefato foi apreendido e será periciado para identificar uma possível compatibilidade com duas munições encontradas no local do crime. 

Como ocorreu o crime?

O crime ocorreu na manhã desta segunda. Segundo o boletim de ocorrência, Laudemir trabalhava na coleta de lixo com outros colegas quando a motorista do caminhão parou e encostou o veículo para permitir a passagem de um carro, da marca BYD.

Nesse momento, o suspeito teria abaixado a janela e gritado para a condutora que, se alguém encostasse em seu veículo, ele iria matar a pessoa. Diante das ameaças, os garis, incluindo a vítima, pediram que Renê se acalmasse e o orientaram a seguir o caminho.

Mesmo assim, conforme as testemunhas, o homem desceu do carro visivelmente alterado e atirou contra o grupo, atingindo Laudemir. 

A arma que teria sido utilizada no crime seria da esposa do suspeito. O artefato foi apreendido pela Polícia Militar de Minas Gerais. Em nota divulgada por volta das 18h20 desta segunda-feira, a PCMG informou que aguardava a finalização do boletim de ocorrência pela PMMG para iniciar o procedimento investigativo. A reportagem perguntou à corporação se o suspeito possui porte de arma, mas não obteve resposta.

O suspeito foi preso horas depois do crime pela Polícia Militar (PM) no estacionamento de uma academia na Avenida Raja Gabaglia. Ele foi localizado por meio de informações de uma testemunha, que se lembrou de parte da placa no carro. Pela consulta de câmeras de segurança, cujas imagens capturaram outros caracteres da placa, foi confirmado que o carro era um BYD Song Plus. 

Como ocorreu a prisão do suspeito?

Renê foi preso pela PMMG no estacionamento de uma academia na Avenida Raja Gabaglia, horas depois do crime. Procurada pela reportagem, a PM informou que a prisão não foi feita em flagrante e se deu por meio de informações de uma testemunha, que lembrou de parte da placa no carro e pela consulta de câmeras de segurança, cujas imagens capturaram outros caracteres da placa e mostraram que o carro era um BYD Song Plus.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, ao ser abordado entrando na academia, o suspeito disse à polícia que "não participou do episódio, que sua esposa é delegada da Polícia Civil de Minas Gerais, e que o veículo abordado estaria em nome da servidora." Ainda segundo o registro policial, ele informou que "a policial teria uma arma de fogo do mesmo calibre da que foi utilizada no homicídio".

Quem é o suspeito?

Renê da Silva Nogueira Júnior é descrito em seu currículo lattes como um profissional com “excelente capacidade de negociação e de construir relacionamento por meio de engajamento, resolução de problemas e comunicação eficaz”.  Ele informa que é vice-presidente de uma empresa de alimentos e já ocupou cargos de liderança em diversas multinacionais como a Redbull, BRF, Ypê, Kraft Heinz, J Macêdo e Ambev.

Ainda segundo as informações registradas na plataforma Lattes, Renê da Silva Nogueira Júnior tem graduações em administração e marketing pela PUC-Rio e Universidade Estácio de Sá, além de títulos de MBA em Gestão de Projetos pelo Ibmec e Bens de Varejo e Consumo pela USP. 

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O suspeito do crime se descreve como “líder, com boa capacidade de comunicação e motivação de equipes diretas e indiretas, com prática no acompanhamento e desenvolvimento de profissionais”.

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