A mulher acusada de matar o marido, Marcos Antônio Soares, e concretar o corpo embaixo da cama do casal, na Rua Zumbi dos Palmares, na Ocupação Rosa Leão, na Região Norte de Belo Horizonte, será julgada na manhã desta sexta-feira (8/8). A ocultação do corpo com concreto ocorreu logo após ela voltar da igreja. 

O crime aconteceu na noite de 29 para 30 de outubro de 2022. O corpo foi encontrado em 6 de novembro. Ela confessou o assassinato ao ser presa em 25 de janeiro do ano seguinte.

A Polícia Civil apurou, na ocasião, que a vítima sofria violências frequentes no relacionamento. Marcos tinha um porte físico mais franzino, enquanto a companheira era mais forte e se valia disso para agredi-lo. O casal estava junto há cerca de 18 anos e tinha três filhos que, à época, tinham 9, 13 e 17 anos.

Motivação

A investigação revelou que o motivo das agressões frequentes era, principalmente, ciúmes, e que a mulher sempre ia atrás de informações sobre possíveis traições do marido. Familiares da vítima classificaram como “perseguição” a forma com que a suspeita agia.

No dia do crime, a suspeita teria conseguido acessar o celular do marido e não teria gostado do conteúdo de algumas mensagens. Ela então questionou a vítima sobre a situação, o que deu início a uma discussão.

Com o homem sentado na cama, a mulher partiu para cima dele e começou a estrangulá-lo até ele perder a consciência. Primeiro, ela usou as mãos e, depois, um fio de carregador de telefone celular. Ao ver que o objeto utilizado não surtia mais efeito, ela passou a utilizar um pedaço de pano para impedir que a vítima voltasse a respirar.

Mulher foi à igreja após o crime

Segundo a PC, logo após o homicídio, a mulher colocou o corpo do marido debaixo da cama do casal e foi para uma igreja. Voltando para casa e sentindo-se perdoada, decidiu concretar o cadáver a fim de acobertar o crime.

Ela continuou dormindo no local por cerca de uma semana. Um dos filhos começou, então, a questionar o paradeiro do pai. A mulher, então, fugiu.

O corpo foi encontrado pelo pai da suspeita após ele ir até a casa da mulher para buscar roupas para os filhos, deixados às pressas aos seus cuidados.

Conforme o estado de decomposição do corpo foi avançando, o cadáver começou a inchar, causando a ruptura da estrutura de concreto e, consequentemente, mau cheiro. Com isso, o pai da mulher acabou encontrando a vítima.

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